Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Macau, 18 anos depois
Macau? Creio que poderei resumir a coisa ao resultado das provas de magníficos vinhos proporcionadas pelo nosso irmão do Oriente: “Epá, foi preciso regressar 18 anos depois a Macau para provar o vinho da minha vida”! Meia hora depois calo-me porque o vinho que se segue é tão bom ou melhor. Foi assim Macau. Rever os cheiros, o bulício sem fim, os recantos que o imparável progresso não apagou, beber o novo que amanhã será novamente objecto da minha nostalgia. Rever pessoas que nos marcaram, conhecer novas gentes, emocionar-nos com a toponímia bilingue das ruas, a língua lusitana imortal do outro lado do mundo, a calçada portuguesa bem cuidada e admirada. No topo de tudo, a amizade que a tudo sobrevive e continuamente se reforça, único combustível que nos permitiu dormir a correr para nada perder e tudo sorver, cravar com ferro em brasa no coração a terra, o vinho e as gentes. Até já irmãos, até já Macau!
p.s. – As fotos são da minha autoria, as dos vinhos provados surgirão em breve.