Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Obrigado Rui!
Pensando no jogo de ontem em Astana, que espreitei a espaços, a fotografia que encima este post deveria ser a de Bruno Fernandes, provavelmente das maiores pérolas que temos o prazer de ver brilhar no Sporting dos últimos anos. Gélson também demonstra estar a recuperar a velha forma. Por outro lado, aqueles malabarismos de Acuna que antecederam o cruzamento para o golo do nosso menino fazem-nos ter esperança que o irmão gémeo do Acuna tenha definitivamente voltado para casa dos papás, e o verdadeiro Acuna tenha regressado de vez para o seio da família leonina. Apesar de todos estes irresistíveis ingredientes a imagem escolhida foi a de Rui Patrício, que ontem completou 30 anos. O Rui que vimos crescer na nossa equipa, que vimos falhar enquanto crescia mas nunca tendo falhado a aposta nele (isto é o Sporting), o Rui que adora o seu clube e que por isso nunca o trocou pelos milhões do estrangeiro. São jogadores como o Rui que nos fazem amar um clube e idolatrar um jogador, que se tornam referências para as crianças e os jovens, que lhes mostram que nesta vida pode-se trocar tudo menos o clube do coração. Obrigado Rui.
Outra imagem que poderia ilustrar este post seria a de Bruno Carvalho a consolar Fábio Coentrão - outro sportinguista dos sete costados - a chorar no banco por ter tido uma exibição menos conseguida e com isso não ter ajudado como queria o seu clube do coração. Isto para dizer à nação, leonina e não só, que prefiro mil vezes um presidente desbocado que não hesita em cheirar a relva e partilhar o suor e as lágrimas do jogadores, do que um croqueteiro bem apessoado e melhor engravatado que não desgruda dos camarotes confortáveis e das lantejoulas ofuscantes das meninas que lhe estendem os croquetes em bandejas imaculadas. Vejam lá isso, minha gente!