Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Da bola, da educação, da incerteza do que para aí vem
Observando este adepto do Chelsea e o seu encantador rebento (semi-final da FA Cup contra o Liverpool, em 2006), todo um tratado sobre educação e sobre como estamos a preparar a próxima gerãção que nos irá sustentar na velhice e na parca reforma (?) poderia ser edificado. Basta irmos à mercearia da esquina ou ao hipermercado mais à mão para assistirmos a inclassificáveis momentos de (des)educação, situações em que a criança é o rei ditador e os pais meras marionetas nas mãos do senhor todo poderoso. Muitas vezes, como se percebe da imagem supra, são os próprios pais que incentivam o comportamento incivilizado dos petizes. Pergunto-me se esta gente espera que a civilidade, a educação e a decência no comportamento social dos seus filhos lhes esteja marcado nos genes, permitindo-lhes assim desligarem-se de qualquer responsabilidade educativa a esse nível. Não estou ainda propriamente naquela fase decisiva da educação do meu filho (10 mesitos) que implique profundas preocupações desta índole, preocupo-me mais neste momento em fazê-lo comer, rir, resistir aos achaques que a bicheza do colégio lhe vai pegando. Mas sim, procuro já contornar-lhe os vicioszinhos de pequeno ditador que, esses sim, parece que nos vêm com os genes. Sim, seria muito melhor para todos nós sermos amigos, compinchas, os pais mais porreiros do mundo para os nossos filhos. Mas não, nenhum grande homem se fez sem choro e ranger de dentes. Vejam lá o que fazem, eu por mim vou tentar fazer alguma coisa deste diabinho.