Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Fruta podre
É triste acabar um jogo de futebol, uma final, e ninguém falar de mais nada do que de um erro decisivo do árbitro. Mas este erro que deu a Taça da Liga ao Benfica não é um erro qualquer, um daqueles lapsos que sucedem aos melhores árbitros porque são humanos, porque o jogo é muito rápido ou porque foram ludibriados por um qualquer artista do salto para a piscina.
O que se passou e toda a gente teve oportunidade de assistir foi uma inequívoca orquestração do Sr. Lucílio Baptista para beneficiar uma equipa, em detrimento da realidade que viu, que o fiscal de linha viu, que toda a gente que estava em campo comprovou. O Sr. Lucílio esteve largos momentos a discutir com o seu fiscal de linha porquê? Porque quis marcar penalty contra as indicações do seu auxiliar, que estava melhor posicionado e que, segundo o que muitos jogadores em campo comprovaram, repetiu diversas vezes ao Sr. Lucílio que não tinha visto penalty nenhum. Não tendo o Sr. Lucílio certezas, apenas as certezas do seu fiscal que eram no sentido contrário ao da marcação da falta, porque marcou então o penalty?
Porque há 4 anos o Benfica nada ganhava, porque a instituição SLB tem muito peso, porque os seus dirigentes não páram de pressionar os árbitros com declarações pré-jogo, porque, arrisco-me a dizer, o Sr. Lucílio tem o rabo preso a um qualquer apito que não quer que venha à superfície. E, pelos vistos, esta decisão contra a realidade do que viu e do que a sua equipa de arbitragem viu foi a melhor forma de assegurar que o apito não emergia robusto e justiceiro.
Paulo Bento só errou numa coisa, nas declarações de final do jogo. Quando quis ser cavalheiro para com o seu adversário e disse que o Benfica não tinha nada a ver com a vergonha. É evidente que tem, é claríssimo que o trabalhinho do Sr. Lucílio só tem um beneficiário: o Benfica.
Esta vitória do Benfica é falsa, tão falsa como o foi o abraço hipocritamente ostensivo de Quique Flores a Quim, um guarda-redes de qualidade e inegáveis méritos, que a tibiez , cobardia e falta de espinha dorsal do espanhol quase conseguiu destruir. Quim, apesar da vergonha, é o único benfiquista no meio desta história que merece os parabéns. Tudo o resto é fruta podre.