Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Tristes memórias helénicas
O autêntico baile de bola com que a Coreia do Sul presenteou a Grécia, teria, inevitavelmente, que (re)despertar-me dolorosas memórias do Euro 2004. Como foi possível perdermos a final com esta equipa banal, com jogadores medianos, com imaginação e fantasia zero? A resposta, hoje como então, mantém-se. Aquela onda de euforia , de paixão assolapada pela selecção, todo aquele contagiante optimismo foi óptimo para os adeptos mas péssimo para a equipa. Entraram em campo como campeões anunciados aos sete ventos, e o bloqueio mental prendeu-lhes as pernas, cerceou-lhes as ideias, atiçou-lhes o terrível medo de desiludir. O fenómeno de loucura colectiva criado e dinamizado por Scolari acabou por devorar os seus “mininos”.
Bom, voltando ao Coreia do Sul - Grécia. Apesar da vergonhosa exibição grega, não nos deixemos iludir. A equipa coreana apresentou-se tacticamente organizada, assentando o seu jogo num dinamismo enleante e numa velocidade difícil de travar. Os seus jogadores, sem excepção, demonstraram qualidades técnicas muito acima da média (recepção, passe, cruzamentos e remates) e arrisco dizer que acompanharão a Argentina aos oitavos de final. Esperemos que os vizinhos do norte não estejam assim tão desenvoltos, porque se assim for, we´ve got a problem, mister Queiroz.
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1 comentário
De Anónimo a 12.06.2010 às 17:23
jogo de abertura do euro 2004