Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Pérolas da blogosfera: Calcio - a paixão do futebol
Este texto representa da forma mais pura a paixão que se pode sentir pelo futebol. É Bernardo Pires de Lima que o descreve no blogue http://uniaodefacto.blogs.sapo.pt/ que partilha com Pedro Marques Lopes. Uma união de facto bem modernaça, diga-se. Se a paixão que o Bernardo revela pelo desporto rei pode emocionar alguns outros apaixonados pelo fenómeno da bola, a paixão dos tiffosi da Lazio por um ídolo que será sempre deles, apesar de naquele momento vestir as cores do inimigo, diz-nos tudo sobre o que é a paixão do futebol.
"Há uns anos fui a Milão ver o Sporting e desci de comboio em Roma para assistir ao Lázio-Juventus, no Olímpico. Na altura, era Fernando Couto central laziale e um ídolo dos adeptos. Tinha a alcunda de Mafalda (a da BD). Lembro-me bem de uma corrida que ele fez numa interrupção do jogo, em que parte da sua área para vir à outra dar uma cabeçada ao Trézéguet. O estádio levantou-se todo. Mas não é de Couto que quero falar. É de um dos maiores jogadores do mundo da última década e que hoje anuncia a sua retirada: Pavel Nedved.
Esse jogo que assisti nos Irriducibli era o primeiro de Nedved com a camisola da Juve depois de alguns anos na Lázio, onde foi campeão. Antes do jogo começar e enquanto o estádio cantava o nome de Diego Simeone (na bancada), um grupo de ultras laziale foi buscar Nedved ao relvado, encheram-no de cachecóis, conduziram-no à curva norte e o estádio inteiro aplaudiu-o sem parar, de pé, durante longos minutos. Nedved, de bianconero vestido, chorava. A seguir, foi dar o pontapé de saída da partida. Isto é o calcio."
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Académica 0 - Sporting 2
Não tive acesso à SporTv para assistir à primeira vitória do Sporting no campeonato. Sim, para mim é campeonato e não liga, sou um tipo agarrado às tradições. O Liedson voltou aos golos, contam-me que o Djaló parece estar a despertar, li que o Pedro Silva voltou a ser substituído após o intervalo (porra Paulo, com tanta teimosia, quase que não merecias o que vou dizer a seguir).
Fiquei contente pela vitória que dá mais uns pozinhos de vida a Paulo Bento e de confiança aos jogadores. O Paulo é um casmurro mas é dos nossos, dá tudo pelas nossas cores e por isso temos que estar com ele, até ao fim. Criticando se preciso for, mas apoiando, sempre a combater, defendendo o mister da risca ao meio mesmo quando jogamos mal, enquanto o Pedro Silva se eterniza na faixa direita. Força miúdos, força Paulo!
p.s. - Ó Barbosa, vê lá se percebes que os reforços devem ser fresquinhos e com ângulos bons para as curvas (ver acima), e não entradotes e com os ângulos já perros!
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Nunca esquecer, ó lisboetas!!!
Coisa que me parece difícil algum dia vir a fazer, será campanha eleitoral. Este triste destino de julgar que sou independente ou de que alguém neste mundo tem a capacidade de ser independente do que quer que seja. Contudo, tal opção não me coarcta a liberdade de dizer o que penso sobre quem quer que seja. O post infra coloquei-o em Fevereiro, parece-me que é boa altura de voltar a tocar a sineta de alerta. Enjoy it.
Bom, tenho que ser honesto. A figura não me é completamente desagradável ao ponto de pretender o seu desaparecimento. Aliás, diga-se que é bem preferível deliciarmo-nos com as diatribes de Santana e a sua pandilha do que com as circunspecções de Aníbal ou com os seus sermões Marcelistas, ou mesmo com as indignações socráticas, os patéticos exercícios de vitimação em que se tornou especialista.
Contudo, receoso de que os perniciosos reflexos da crise possam convidar o ignaro povo a dar mais uma oportunidade a este resistente, temendo que as navegações socráticas por águas Freeporticas e por canudos mal explicados possam conduzir à desgraça de António Costa (e por contágio, à dos lisboetas), é conveniente vir mais uma vez botar faladura explicativa sobre as mil e uma razões porque o Pedro, não é, não pode ser, nunca será uma hipótese séria para um país, uma cidade, um bairro, uma agremiação recreativa que se pretenda mais desenvolvida e organizada que o Burkina Faso.
Os media, já de si fraquinhos e incapazes de focar as críticas no que de facto interessa, vêem em Santana um maná caído dos céus. Com ele, não é necessário analisar, investigar, procurar fontes anónimas que lhe vislumbrem os podres: todo ele é transparência, todo ele é pura matéria facilmente atacável.
Mas vamos por pontos, enumeremos as forças e fraquezas do nosso objecto de análise. Neste particular vou procurar ser imparcial, de modo a não me expor à crítica fácil de que sou tendencioso ou de que tenho ódios figadais pelo Pedro.Comecemos por aqueles que considero os seus grandes trunfos, aquilo que posso destacar de positivo na pessoa (Santana tem conhecimento destas 3 mais valias, uma vez que lhe foram transmitidas directamente, madrugada fora, em fervilhante noite de glória sportinguista, por um meu camarada com quem partilho esta opinião):
1. É do Sporting.
2. Gosta de gajas.
3. Tem raízes familiares nos Olivais.
Agora vamos às principais razões porque Santana, apesar de toda a verve, grandiloquência retórica e suposta preocupação homérica com os assuntos e a dignidade da nação, tem que ser definitivamente esmagado nas próximas eleições autárquicas. E como as minhas razões são só minhas, vamos às razões que estão à disposição de todos, que todos deveriam conhecer mas que já inúmeras vezes demonstraram esquecer. Analisemos a boa e velha Wikipedia e o que esta revela de Santana Lopes.
Depois de lerem o que se segue reflictam sobre o que pensará o resto do mundo de um país que já teve como Primeiro Ministro Santana Lopes, que poderá voltar a ter como presidente da câmara da capital esta indómita figura. O que pensarão os cidadãos do mundo dos cidadãos de um país que elegem esta prenda? Atente-se a este fabuloso currículo (o texto é da Wikipedia, os sublinhados são meus):
1. In 1986, he became Assistant State Secretary to Prime Minister Aníbal Cavaco Silva, an office he left the next year to lead to PSD list to the European Parliament, where he remained for two years of his five-year-term.
2. In 1991, Cavaco Silva called him to Government and appointed him Secretary of State for Culture. Leaving office, he successively ran for, and won, President of Sporting Clube de Portugal, Mayor of Figueira da Foz (the only time that he completed a term in office), and Mayor of Lisbon. During this period he also earned a living as a sports and political commentator and founded a weekly newspaper, Semanário. In 1998, he announced his withdrawal from politics, following a comical sketch in private TV station which presented him and his private life in a very unfavourable light.
3. After three unsuccessful attempts to become leader of his party, Santana Lopes rose to Vice-President under José Manuel Durão Barroso, who had once called him "a mix of (astrologer) Zandinga and (sports commentator) Gabriel Alves.
4. Santana Lopes himself failed to gain a reputation as a competent Prime Minister. His unusual rise to power, as Barroso's successor rather than by election, contributed to these difficulties. Although his appointment was in fact constitutional, he was not a Member of Parliament but only a municipal leader, as the Mayor of Lisbon, and many columnists thus saw him as an illegitimate Prime Minister, a view shared by a large section of the public.
5. The short career of Santana Lopes as Prime Minister began with some members of government being shuffled between departments on the same afternoon as the government was being inaugurated. His Minister of Defense Paulo Portas looked surprised during the ceremony when he was announced as the Minister for National Defense and Sea Affairs. Portas' look of surprise when the name of his office was announced was broadcast live on television.
6. Santana Lopes' period in office was also marked by chaos in the allocation of teachers to schools (more than a month after classes officially started, and resulting from alleged incompetence of the IT provider (designated during the previous Government); the problem was swiftly solved by another small provider), and by claims of pressure exerted on the press, including arranging for the replacement of the information director of the public television channel RTP, and pressing private television channel TVI to tone down the criticism of him by a political commentator, Marcelo Rebelo de Sousa, a former leader of his own party, who consequently left the channel.
7. The Government of Santana Lopes got a death sentence on 30 November 2004 when President Jorge Sampaio announced that he was calling an early Parliament election for February 2005, from which a new Government would be formed, after Henrique Chaves, a Santana Lopes loyalist, resigned after four days as minister for sport, claiming that Santana Lopes lacked "loyalty and truth".
8. Santana Lopes announced the resignation of the government on 11 December so that his Government would assume just a caretaker role until the election. He went on to lead his party to its worst result in parliamentary elections in Portugal; the election of 20 February 2005 was won by the Socialist Party led by José Sócrates, with whom Santana Lopes had debated every Sunday for one year on the public television station, RTP. Santana Lopes did not follow his coalition partner Paulo Portas and did not resign on election night, instead leaving the party leadership two days later.
9. Two days after the inauguration of the new government, he returned to complete his term as mayor of Lisbon. However, when his party failed to endorse him as a candidate for the 2005 municipal elections, he resigned his office one month before the vote, to assume his seat in the Parliament, which he immediately suspended to return to practice private law.
10. Santana Lopes is known for his Quaylesque gaffes,which include:
- claiming that the non-existent Chopin violin concertos were his favourite piece of classical music;
- having his secretary send a postcard to Brazilian author Machado de Assis (died 1908);
- calling a press conference to announce a threat on his life when in fact he had received a teaser mailing for a book titled “Cuidado com os Rapazes” ("Watch out for the boys");
- announcing that he would leave the political field in protest for his private life being parodied in a TV show, if the President didn't intervene (he didn't);
- seeming to have missed a formal reception to the Mozambican Minister of Foreign Affairs in order to attend a fashion show;
- postponing the inauguration of some of his Secretaries of State in order to attend a wedding;
- appearing lost in the middle of his inauguration speech, with long and embarrassing silences, confusing pages and looking nervous (he said in an interview to newspaper Expresso that it was hot that day, people had already fainted in the audience and he himself wasn't feeling too well, so he tried to cut the speech short).
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Dos amores obssessivos
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Portugal na A2
Na semana passada despedi-me de um bocado de mim. Sou um tipo que pouco liga a carros, marcas, cilindradas, tempos de aceleração dos 0 aos 100, mas ver partir para outro dono o meu carrinho dos últimos 8 anos é como sentir que se esfumam muitas memórias de viagens, sítios, gentes, sabores, aromas, alegrias e agonias. Conversas eternizadas naquele cubículo sobre rodas, cheiros de gente impregnados nos estofos, ondas da rádio que combateram o sono, enfim, esta será a máquina mais humana dos tempos modernos.
Bom, meti-me então a caminho, A2 adentro, para me desfazer deste fiel amigo. Uma viagem reflexiva, diga-se. Fica o sumo da coisa telegraficamente:
1. Carros. Aos milhares. Novos, potentes, caros. Pode faltar tudo aos portugueses, pode a economia familiar estar à beira do colapso, o colégio dos miúdos em risco de passar a público, a prestação da casa no red line, mas o carro topo de gama ou último modelo da marca, esse não falha. Uma casa sobre rodas, o símbolo de um sucesso que, existente ou não, se tem de alardear a colegas, vizinhos, família.
2. Regras, para violar. Limites de velocidade, para desprezar. Condutas civilizadas, para chinês ver. Toda a raiva de um povo desliza nas solas desgastadas de vidas desgastadas, os 3 pedais que os levam ao destino podem marcar todo um destino. Deles ou dos desgraçados que estejam na mira da alucinada viagem de quem pouco mais tem que um carro, que uma vida vazia.
3. Estações de serviço. Multidões ávidas por consumir, o desperdício irracional no seu mais puro estado. Pagar por uma sandes 5 vezes mais do que custaria em casa, duas vezes mais do que valeria no café da esquina. É uma procissão de idiotice económica, o sinal de que quem desperdiça no menos espatifará toda uma economia familiar nas contas maiores. Não há economia que resista a estes predadores do asfalto.
4. Entrada no Algarve, última portagem. Visão horrenda das letras penduradas na margem da auto-estrada, ALLGARVE escrito com a caligrafia dos pobres de espírito, o provincianismo de quem manda sem critério. Julgaria o Ministro Pinho dos corninhos que esta parvoíce arrastaria mais ingleses ao paraíso algarvio? Pergunto-me porque não alteraram os espanhóis a designação de Maiorca para Moreorca. Alguém que tome a decisão de acabar com esta parolice, por amor do país.
5. Ilha de Faro, ria Formosa. Apesar de todos os atentados urbanísticos o mar do Algarve compensa todas as agruras do ser português. Azul azul azul, sol sol sol. Obrigado a quem pintou este mar.
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Fiorentina 1 - Sporting 1
Antes de mais, meus parceiros de sofrimento, quero dizer-vos que apesar do céu nos ter caído em cima da cabeça, nem tudo é mau no futuro leonino. É por isso que este post está adornado por belas musas resplandecentes, envergando orgulhosas o verde da nossa esperança.
Hoje não há que baixar a cabeça, sportinguistas. O suor escorreu pelas camisolas dos nossos jogadores, a relva foi comida com esperança na vitória, não há quem não tenha dado o litro. Além das 3 razões que em seguida elencarei e que, em minha opinião, ditaram a eliminação do Sporting da Champions, pairou sobre a nossa esperança a sombra de um clube sem sorte, ou que não a soube procurar. A triste sina de um clube sempre à beira da glória, sempre a morrer na praia. Vamos então às 3 razões da desesperança.
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A Uefa emendou a mão tardiamente. Caso o jogo da primeira mão tivesse sido dirigido por um árbitro com a categoria deste Howard Webb e a eliminatória estaria no bolso.
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Há quem diga que Liedson nunca começa bem as épocas, que brevemente voltará ao seu melhor. Eu temo que o declínio de um jogador de eleição se esteja a anunciar jogo a jogo. Há também quem diga que Liedson está rico demais. O vil metal a fazer das suas.
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Hoje, quando precisávamos de marcar mais um golo, já sem soluções ofensivas de qualidade no banco (Saleiro e Tonel não podem ser considerados como tal, certamente), Paulo Bento tirou do campo Matias Fernandez. Não havendo uma razão física de força maior que justificasse a substituição, Paulo Bento tirou ao Sporting a criatividade ofensiva que tanta falta lhe fazia.
E o que falta ao Sporting para realizar um resto de época digno? Falta que estes meninos, que têm inequivocamente qualidades, joguem em cada jogo com a garra e a inteligência como o fizeram nos dois jogos contra a Fiorentina. Que é como quem diz, que não joguem só para estrangeiro ver.
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Pérolas da blogosfera - A falésia do nosso descontentamento
É preciso lidar com pinças com temas que envolvem a dor anónima mas com dono. Por essa razão, opto por não escrever quando tenho a sensação que o que me vai na alma fica aquém do respeito que merecem as vítimas e os seus familiares. Porque as culpas de todo um país são também, são sempre, as culpas de quem nele vive, de quem constrói a reputação desta "tirinha de terra" (como nos apelidavam há uns séculos os nossos compadres brasileiros). E nessa massa indistinta e sem nome não podem também deixar de constar as vítimas. Bom, mas fiquemo-nos por aqui. Fiquemo-nos pelo que inspiradamente escreve o Luís no anaturezadomal.blogspot.com/.
"Caiu a falésia, ruiu a arriba. E esmagou os pobres incautos que tinham procurado a sua sombra. Nas horas seguintes todas as fases do luto: 1. Não acreditamos 2. Não nos podemos habituar à ideia 3. O acontecimento revolta-nos. 4. Queremos culpados. Identificar e punir os culpados 5. Acalmamos e entristecemos.
Este trabalho de luto é alimentado pelas televisões, hoje. Amanhã serão os jornais e depois outra vez as televisões. Como as carpideiras, o clamor acende-se a cada ligação
Imagine o leitor que vivia na aldeia de G., na Beira. Saía de casa de manhã para a Escola, na vila de P., a 5 kms. De inverno os caminhos estavam gelados. Não havia camioneta escolar, nem seguro escolar, nem bolsas. Os meninos de G. juntavam-se para o percurso, davam as mãos nos trechos mais escarpados. No mês mais rude, os pais de G. alugavam um quarto em P. onde os miúdos ficavam a fazer os têpêcês. Houve meses de intempérie em que tiveram de lá dormir.
Imagine que tem 15 anos e vai acampar com amigos junto a um rio. Tem de escolher o terreno, limpar o mato, alisar o chão retirando as pedras, montar as tendas. De madrugada fazem uma escalada. O percurso está marcado, foi revisto umas semanas antes.
A nossa relação natural com a natureza é assim. Respeitamo-la. Tememo-la. Sabemos que ela varia com as estações, com as horas do dia, com as condições meteorológicas. Que um lameiro empapado é perigoso, mas uns meses depois se atravessa facilmente.
A cidade alterou esta relação natural, transformou as crianças em playsituacionistas obesos e os adultos em turistas de disneylândia. O mundo é hoje, para os nossos contemporâneos das cidades, um parque temático. Anulámos todos os sensores. Alguém, a quem pagámos num contrato social paradoxalmente sem propinas, estudou e anulou os perigos. Alguém vigia. Deitamo-nos debaixo das arribas. Penduramos as toalhas na sinalética de aviso.
Ruiu a falésia. Vem o Pai, o Tutor e os prefeitos. E o responsável do Parque de Diversões. E essa gente do Estado menos Estado. Quarenta carros, quatrocentos homens. Amanhã instalaremos sinalética adequada, de maiores dimensões. Depois, em acção punitiva, derrubaremos a arriba assassina. E em breve todas as arribas e todas as falésias."
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Das facilidades relativas - a vida num penaltie
Em jeito de rescaldo desta segunda jornada da lusa Liga, creio que faz sentido retomar um pensamento do Prof. Jesualdo Ferreira e adaptá-lo às principais ocorrências dos jogos dos 3 grandes. Se na jornada passada Jesualdo Ferreira sentenciou que era muito fácil expulsar o Hulk, parafraseio o mister portista para afirmar que é cada vez mais fácil marcar penalties a favor do Benfica e do Porto, e, por oposição, é cada vez mais fácil não marcar um penaltie a favor do Sporting.
Desculpas de mau pagador? Não, já aqui escrevi sobre a mediocridade do jogo do Sporting contra o Braga. Contudo, comparando os 3 penalties em causa nos 3 jogos, coloca-se a questão de saber porque foi o do Sporting o único não assinalado. Tenho cá para mim que o que está em causa é um bom, velho e sempre respeitado factor: PODER. Se o benfica continua a exercer sobre os senhores do apito o poder de um gigante adormecido, adulado pelos tais 6 milhões que impõem respeito, do Porto emana o poder das instituições do futebol que domina por entre tentáculos bem urdidos.
E o poder do meu Sporting? É o poder dos velhos aristocratas que perderam as terras e a fortuna, mas mantiveram a altivez e o orgulho de preservar os valores. Infelizmente, quando um jogo está mais difícil, daria muito jeito um bocadinho mais de predisposição dos senhores árbitros para sancionarem aquilo que os olhos vêem. E, restando a dúvida que o penaltie resultaria em golo, nada como juntar à festa uma ou outra expulsão cirúrgica. Não, isso é para os donos do poder. Fiquemo-nos então pelos valores, senhores leões, na certeza de que não é por caminharmos de cabeça erguida que os títulos chegarão. No futebol, como na vida, infelizmente.
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Venha ao diabo e ajude-me a escolher (parte V)
Estas duas musas da natação, campeãs olímpicas e da sensualidade, além de disputarem os segundos nas piscinas disputam também o mesmo namorado. Não sou de intrigas, mas quer-me parecer que as duas moças andam a desperdiçar energias que deveriam canalizar para as suas braçadas de inquietantes mariposas. Não me parece mesmo que haja necessidade de se degladiarem por um homem, quando milhões deles desejariam ser objecto do seu desejo. Parvoíces, é o que é.
FEDERICA PELLEGRINI? LAURE MANAUDOU?
LAURE MANAUDOU? FEDERICA PELLEGRINI?
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Sporting 1 - Braga 2
Porque sorriem estes maduros?
Se há clube que faz jus ao ditado futebolístico-popularucho "um dia bestial, no dia seguinte uma besta" esse clube é o Sporting. Sinceramente, apetece-me muito pouco voltar a chover no molhado e referir as fraquezas que hoje foram assustadoras. As forças mostradas contra a Fiorentina parecem ter sido apenas para grande clube e empresário de vulto ver. Ou então isto é mesmo sina leonina. Sim, é o mais provável, somos o tal clube diferente.
Só duas pequenas notas:
1. Se Liedson é chamado à selecção neste estado, o ponta de lança nacional deverá ser oficialmente declarado espécie em vias de extinção.
2. Se o Paulo Bento volta a substituir a besta do Pedro Silva pelo Pereirinha logo após o intervalo e em jeito de "és uma besta quadrada mas eu todos os dias acho que tu vais-te fazer um homem", convenço-me de que é o Pedro que lhe faz o risco ao meio todas as manhãs em Alcochete.
Um génio incompreendido ou um caso paradigmático de um atleta que escolheu o desporto errado?
Bom, na falta de motivação para analisar este fenómeno da volatibilidade futebolística que é o meu Sporting, debrucemo-nos sobre a troca de sms com algumas almas sofredoras. Acho que estas mensagens cruzadas darão para perceber em que param as modas.
"O Matias hoje vai ser o nosso pistoleiro! Ganhar C***!!"
"Hoje é Postiga´s day!"
"Eu marcava um jogo com o Atlético do Cacém para a semana"
"Este ano não gosto de futebol"
"Não é desculpa para te casares"
"Devias abraçar o projecto de finalmente teres uma família. Se o Sporting perder pensa nisso"
"Trais os teus mais profundos valores com demasiada ligeireza"
"A família é um pilar da felicidade"
"O Caicedo é redículo"
"O Skuhravy de ébano"
"Cai cedo demais"
"Caiu cedo"
"O gajo salta tanto como eu quando estou de joelhos"
"Eu metia o Djaló na frente e a Luciana na baliza da Braga. Até pelo buraco da agulha entravam"
"Entrava de toda a maneira e feitio!"
"Granda bolacha!"
"Abraça a família..."
E não é que entrou mesmo pelo buraco da agulha!!!