Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Uma vergonha estas televisões apimbalhadas e vendidas às audiências. Estou chocado.
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Nani - O regresso do filho pródigo aos caminhos do sucesso?
Pouco me importa se o golo de Nani hoje contra o Arsenal foi fruto da sorte ou de um cruzamento falhado. A jogada é fantástica, o remate/cruzamento se não resultasse em golo era uma assistência perfeita para o sul-coreano do Manchester (não me obriguem a escrever o nome do simpático asiático...). Fiquem com a sequência do lance, com a magia do futebol.
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Longe de ti e de mim
Fotografia de Abbey Drucker
Já não preciso de abraçar aquele copo para te esquecer. Afogar-me nos seus soporíferos vapores já não me distrai a dor. Todo eu já esquecimento de ti e de mim, a pureza desta eterna sonolência dispensa agora um estado de superlativa bebedeira. O copo sou já eu, o veneno que me polui entranhou-se no meu sangue. Basta-me estar aqui sentado, recordar e sofrer recordar e sofrer recordar e sofrer. Todo este ciclo de auto-destruição dispensa mais acções, o trabalho está feito e bem feito. Canonizei-me nos meus queridos rituais de auto-mutilação da alma, fiz de ti a minha cruz, o meu monte dos vendavais. Emigrei para um país distante de mim, esqueci a língua mãe, penetrei na raíz dos pesadelos, abracei esta morte lenta lenta lenta. Já posso pedir a conta e entregar nas tuas mãos a gorjeta de uma vida sem sentido. Bom proveito.
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Espelho meu, este fogo que me consome, quem o conseguirá domar?
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Ruben, Carlos, Silvestre e a esperança que o professor não tenha medo de arriscar
Vi os jogos de Benfica e Porto aos bochechos, que o moçoilo de 7 meses cada vez mais apela à atenção e dedicação paterna. De qualquer forma, depois de 2 ou 3 lances de génio do Senhor Carlos Xistra na Madeira, vi logo que o destino estava marcado e que o Porto só sairia da pérola do Atlântico com a vitória no bolso. No Porto muito faro de golo de Falcão, muita rotação de Álvaro Pereira, um bom e aconselhável Varela e, ao segundo jogo pelo Porto, a prova de que um jogador pode transfigurar uma equipa. Ruben Micael é esse jogador, um médio intelegentíssimo e que transborda classe, um homem que Carlos Queiroz não se pode dar ao luxo de desperdiçar. Varela também poderá ser útil à selecção, estude bem a coisa professor!
Quanto ao Benfica, só consegui ir espreitando a segunda parte. Destaca-se inequivocamente Carlos Martins, um enfant terrible do futebol português que o Sporting não conseguiu domar, um médio como não há em Portugal, como o comprova o facto do poder de fogo ser um dos grandes défices da nossa selecção. Queira Deus (e, já agora, Jesus) que o benfica continue a dar-lhe minutos, para que possa finalmente afirmar-se e provar que é, definitivamente, um jogador especial e indispensável para o Benfica e a selecção. Sublinho ainda a vergonhosa agressão de Javi Garcia a um jogador do Guimarães, que, mais uma vez, passou incólume aos senhores do apito. Mais uma sem vergonhice a somar, no final do ano vamos ter um saco cheio, meus senhores.
A terminar, reforçar a vontade de que o professor Queiroz não tenha medo de arriscar. Não duvido que ninguém como ele saberá que jogadores fazem falta à selecção e ao seu sistema de jogo, só espero que as habituais opções e a historieta de manter o "espírito dos que já pertencem ao grupo", afastem jogadores que podem dar um novo fôlego a uma selecção ainda órfã de Luís Figo, Rui Costa, etc. Vá professor, o nome do Ruben é ridículo mas o seu futebol é precioso!
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Adeus campeonato, até breve amigo!
Antecipando pouco avisados comentários sobre a ausência de faladura quanto ao jogo de ontem na pedreira, apenas referir que importantes e inadiáveis festejos me impediram de assistir ao jogo. Grande festa de despedida do amigo Charles, grande profissional, excelente homem, folião de primeira água, tripeiro de sete costados, enfim, tirando esta última, qualidades que me fazem ter um enorme orgulho em chamá-lo meu amigo. Quanto ao jogo, sigo o pensamento deste avisado tripeiro: em prol de um bem maior, as derrotas de Porto e Sporting em favor do Braga, terão de ser assumidas com um sorriso nos lábios. Não havendo já condições para lutar pelo campeonato (Sporting devido ao grande atraso, Porto pela baixa de qualidade face aos anos transactos) o objectivo é agora, em defesa da verdade desportiva e da saúde e higiene no desporto, fazer do Braga campeão, impedindo a equipa do demo de quebrar o jejum dos últimos anos. Todos juntos somos poucos, FORÇA BRAGA!
Amigo, como te disse e como já uma vez me disseste, as palavras podem perfeitamente ser substituídas pelo que de facto interessa. Assim, brindando a ti e ao teu sucesso, aqui fica a Laetitia Casta, um género de MFA espalhando seus loucos devaneios pelos bares do Cais Sodré!
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Espelho meu, a Gwyneth está extasiada com o seu próprio reflexo ou é impressão minha?
O poder que nasce com ela. O suave vale que lhe aparta os seios. As rendas que lhe tecem a interminável sedução. Percebemos no ofuscante olhar toda a confiança de uma força ancestral, um fogo que percorre todo o corpo, que diaboliza o contorno dos lábios. Centelhas que lhe afagam os cabelos, fios de ouro que esmagam a massa de homens a seus pés. Sabe-o. Sabe-o com a certeza de um inabalável dogma. Sabe-o na indesmentível verdade do límpido reflexo. Afoga-se no fascínio do espelho mágico. Afogamo-nos, enfeitiçados, na voluntária submissão. Entrega, devoção, perdição. No seu eterno reflexo.
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O inexorável decurso do tempo e a sua implacável influência na volumetria abdominal de um cidadão sueco
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Espelho meu, a três, será pecado?
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Da série o nome deste blog não é completamente idiota (prova 2)
Nada sei, nada pesquisei sobre o livro em causa. Pelo título poucas dúvidas tenho de que nos submergirá sob sociológicas teorias da bola, uma estucha Luís Freitas Lobística à antiga. A capa, a capa é fantástica. Sentimos que aqueles três loucos estão nas nuvens, enebriados, bêbedos de futebol. Para quando, para quando meu Sporting nos levarás de novo às nuvens? Flutuar na juba do leão, sentir o êxtase da glória.