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Be prepared

Sexta-feira, 30.04.10

 

 

Chegado o fim de semana é tempo de alimentar expectativas. Ambiciosas ou modestas, espera-se sempre algo. Um derby decisivo, a queca do século, a jantarada das nossas vidas. Uma bebedeira memorável, aquela viagem que nos esgotará o álbum da memória. Anseia-se, não se desiste, procura-se ir mais além. O sobrenome dos homens é o sonho, que lhes comanda a vida, que lhes desfaz as tristezas. Be prepared, be always prepared. 

 

 

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publicado por bolaseletras às 20:23

O pequeno Gaúcho

Quinta-feira, 29.04.10

 

Fala-se de Messi já esquecendo Maradona, idolatra-se Ronaldo como se Eusébio tivesse sido um fogo fátuo de tempos antigos. É o agora que vale, o momento impera, como se o que ontem foi se desvanecesse na ingrata memória dos homens. Mas como esquecer o Ronaldinho que sorria quando falhava, sabendo tão bem que o jogo mais não é que uma fatalidade, o miúdo que ria quando marcava porque o prazer era o que sabia oferecer aos seus. A bola era um brinquedo só seu do tamanho do que era para ele a vida. Até que o menino Ronaldinho cresceu, abriu os olhos, esqueceu o brinquedo e abriu os braços. À vida.

 

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publicado por bolaseletras às 22:02

No topo da gravata, no topo do mundo

Quinta-feira, 29.04.10

Arte por Mark Bryan

 

Dê-se a volta que se quiser à natureza humana, perscrute-se todos os recantos da racionalidade humana, investigue-se a fundo os mais profundos desejos do homem. Ela lá está. Imanente, permanente, escorrendo nas gotículas de suor que lhes sustentam a vida. Acossados pela sombra da mulher feiticeira, enredam-se no novelo da trama infinita, entregam-se tementes a uma religião maior, a fé na toda poderosa mulher é a divindade que idolatram. No topo da gravata a razão. De uma vida.

  

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publicado por bolaseletras às 20:43

O mestre, o louco, a muralha e o regresso do filho pródigo

Quarta-feira, 28.04.10

 

 

 

 

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publicado por bolaseletras às 22:54

Este homem é, indubitavelmente, o melhor treinador do mundo (Barcelona 1 - Inter de Milão 0)

Quarta-feira, 28.04.10

 

 

Haverá certamente quem irá dizer que a não passagem do Barcelona à final da Liga dos Campeões é injusta, um crime lesa futebol, uma grande desilusão para os adeptos que gostam de futebol. Esquecem-se que o jogo tem dois lados, quem ataca e quem defende. O Inter atacou na 1ª mão o que devia, trouxe uma vantagem de 2 golos para Barcelona e mostrou ao mundo como se defende. Com menos um jogador durante 60 minutos, Mourinho e os seus bravos rapazes manietaram as fantásticas combinações do Barcelona, trancaram o talento dos melhores do mundo, exibiram um virtuosismo táctico defensivo assombroso. Ajudou o talvez melhor guarda-redes do mundo, mas também ajudou a inteligência de Mourinho. Quem manteria contra a melhor equipa do mundo, após a expulsão de um jogador, dois pontas de lança puros em campo? Ninguém a não ser este monstro da táctica, da motivação, da provocação aglutinadora de vontades. Parabéns Zé!

 

 

 

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publicado por bolaseletras às 21:55

De saltos altos não há mulheres anónimas

Terça-feira, 27.04.10

 

 

Vai ser difícil terminar esta série mulheres e saltos altos. Por nada de especial, apenas porque no alto do anonimato dos saltos altos a mulher ergue-se em todo o seu esplendor. Contra a vida, a tristeza, a comodidade, o conformismo. Renegar a vida rasteira, em bicos de pés, subir até onde a vida não as deixa. Furar o esquema, contornar o destino. Sempre do alto dos altos saltos. Redundâncias de uma vida que não se repete.

 

 

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publicado por bolaseletras às 23:56

Crime (pérola 4) - O outro lado do espelho

Terça-feira, 27.04.10

  

 

"- Você é diferente dos outros - declarara ele pomposamente. - Eles só querem saber como. Como é que eu atraí, dominei, fodi, matei e ocultei. Mas você está verdadeiramente desesperado por saber porquê. Você quer que eu lhe diga que fui abusado pelo meu pai ou pelo padre da paróquia ou por outra pessoa qualquer. No seu espírito tacanho tem sempre de haver uma causa e um efeito. Mas você só está a proteger gente tão fraca como você próprio, Lennox. Você não consegue aceitar que o homem é um caçador, um predador. A sociedade civil foi constituída para proteger os fracos e os cobardes, sejam eles ricos ou pobres, dos fortes e virtuosos que têm a coragem de cumprir o destino da sua espécie. Que têm a gana de fazerem o que querem".

 

 

 

 Termina aqui, desta forma dura, abrupta e doentia, o lançar de pérolas sobre "Crime" de Irvine Welsh. O fulcro do livro é a podridão do universo em que se movem os pedófilos, as suas artes de dissimulação, as suas razões ou falta delas, todo o lodo que, para nós, gente supostamente normal, é absolutamente inexplicável. Mas há razões. Profundas e entranhadas no mais negro breu da natureza humana, extirpadas de macabras histórias passadas ou, como a que acima se apercebe, nascidas de uma genética assustadora mas real. Ray Lennox, o polícia incrédulo, somos nós. O criminoso, o ser que explica o que para nós é uma conjunto de razões inexpugnáveis para a nossa capacidade de entendimento, é o mundo já ali ao virar da esquina, que, a qualquer momento, nos pode engolir. "Crime" dá-nos um vislumbre desse entendimento. Não é para todos, essa assustadora percepção. A ler, com as naturais reservas.

 

 

 

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publicado por bolaseletras às 21:22

Uma paisagem de cortar a respiração...ah, e a Natalie Sulliman

Segunda-feira, 26.04.10

 

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publicado por bolaseletras às 22:16

A propósito do dia de ontem, liberdade e tal

Segunda-feira, 26.04.10

   

Revista Egoísta de Junho de 2008. Reflexões de João Lopes sobre os 50 anos de Madonna. O autor divaga, tergiversa, foge do mundo da diva pop e entra-nos pelo país adentro. Pego nas suas palavras, bebo-as, deparo-me com o sentido que a liberdade tem para João Lopes, com o seu valor intrínseco naquele preciso momento, enfim, com a sua actualidade como ele a sente em Junho de 2008. Um texto difícil. Mas é uma palavra difícil, a palavra liberdade.

 

"A palavra política é, hoje em dia, a mais degradada. Falo não da política como arte superior de dirimirmos as perplexidades do nosso destino colectivo, mas da "cena política", esse espaço de narcisimo decadente induzido e gerido pelas forças televisivas. A mediocridade instalada arregimentou mesmo uma palavra, "tabu", para sugerir a suspensão informativa sobre a política. É assim o nosso tempo: políticos que nunca leram Freud e falam de tabu. 

 

Quando a palavra "tabu" se banaliza, isso quer dizer que o tecido social já não tem noção dos seus próprios interditos: somos levados a crer que "não haver interditos" é a suprema consumação da ideia da felicidade. Em Portugal, isso traduz-se num novo pensamento totalitário que define o pré-25 de Abril como o tempo em que nada aconteceu, porque tudo era interdito. A noção de liberdade passou a confundir-se com a pose do último modelo de telemóvel.

 

Hoje em dia, nenhum discurso político propõe nenhuma alternativa "libertadora", muito menos "libetária". Não é tanto que a liberdade seja dada como adquirida (o que, em si mesmo, já é uma forma de droga intelectual). Num mundo em que, por imposição da publicidade, a festa é ininterrupta, a liberdade é entendida como um mero "gadget", disponível no quotidiano como o novo perfume da marca x ou o automóvel y com novo conceito aerodinâmico.

 

Na prática (porque tudo isto pressupõe uma prática de rotinas e métodos), a ilusão instalada de uma liberdade sem lei nem sofrimento gera um sistema de visceral menosprezo pelo radicalismo potencial de qualquer desejo. Instante a instante, os cidadãos consumidores são mobilizados para os mais variados rituais de satisfação. Mais do que isso: a satisfação esgota-se sempre em algum protocolo comunista. Não há desejo. Nem desejo de desejar.

 

 

 

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publicado por bolaseletras às 21:23

União de Leiria 1 - Sporting 1

Domingo, 25.04.10

 

 

Uma espinha dorsal, é esse o fio condutor de qualquer equipa de futebol. Partindo do que se viu hoje, mas também olhando para toda a época, qual poderá ser esssa espinha condutora do Sporting 2010-2011? Lá atrás manter a aposta Patrício, mas reforçar-lhe a concorrência com alguém mais experiente que possa alternar entre competições e ocupar-lhe o lugar nos momentos menos bons. No centro, à frente do Rui, Tonel e Carriço a manter. Polga não irá certamente melhorar, e, pelos sinais desta época prevê-se um lento definhar. Uma saída honrosa seria o mais aconselhável, levando à sua ilharga o acabado Caneira. Portanto, além destes dois, precisa-se de um valor seguro para o centro da defesa para ganhar a titularidade a um dos dois que referi, além de um jovem prometedor que também dê garantias.

 

No lado direito da defesa, João Pereira terá de ser aposta. Não pelo que mostrou, mas pelo potencial que tem e pela esperança que aquela cabecinha tenha aprendido algo com os erros desta época. Abel e Pedro Silva não são jogadores para o Sporting, precisa-se de um suplente experiente que morda os calcanhares ao João Pereira. Para a esquerda defensiva Grimi deveria ser, idealmente, um bom suplente. Precisa-se de um tipo com categoria para fechar de vez aquela posição. A trinco, estamos garantidos com Pedro Mendes. Garantindo Miguel veloso, a coisa ficava perto da perfeição. Para as faixas/zonas laterais do meio campo Izmailov sempre, a vaguear. Vukcevic tem o problema de ter mais 10 colegas a quem dar a bola, apesar dos laivos de genialidade, pelo que vendia-o bem vendido. Moutinho desenrascaria por vezes, mas o seu lugar eleição seria a 10. Posição 10 onde daria mais um ano para Matishow se adaptar de vez, explodir, ou me desiludir definitivamente. Precisamos de dois bons centrocampistas para as alas, isso parece-me inequívoco.

 

 

 

Lá à frente São Liedson, bem apoiado para não se queixar, muitas vezes com razão. Yannick tem de explodir para o ano, evite ele as intermitências sentimentais. É caso para dizer, que santa Floribela nos valha. Saleiro demonstrou poder ser um bom suplente, creio que é de manter. Postiga se tivesse que dar já tinha dado, há que saber dizer chega. De Pongolle pouco a dizer, do pouco que mostrou foi tudo muito fraquinho. Se o erro se confirmar, foi mais uma asneira demasiado dispendiosa. Precisamos então de um ponta de lança que possa ser titular, de preferência alguém com arcaboiço, que é material que não abunda lá pela frente. Enfim, para o futuro é essencial bons jogadores, reforçar as laterais e encontrar um parceiro à altura de Liedson. Haja esperança.

 

Quanto ao jogo de hoje, nada de relevante a dizer. Gostei da impressionante classe de Pedro Mendes, alguns bons indicadores de Yannick e da garra e vontade de Postiga. Ainda assim, Hélder, parece-me que já vem tarde. Quanto ao Leiria diga-se que é uma equipa muito bem orientada por Lito Vidigal, com um óptimo André Santos. Caso Miguel Veloso saia, parece-me que ficávamos bem servidos com este rapaz. O pano começa a cerrar-se sobre os placos, é tempo de começar a usar muito e bem a cabecinha para a escolha de novos actores. Porque de tragicomédias estamos nós fartos.

 

 

  

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publicado por bolaseletras às 22:19


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