Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Vamos lá cambada todos à molhada, que isto é futebol total!
Aproxima-se mais uma prova de fogo para a nossa selecção. As receitas milagrosas são apenas esperanças mal direccionadas, precisamos, nesta fase do campeonato do mundo, de uma liderança consciente e focada. Se nos maus momentos da selecção em que jogámos muito abaixo das possibilidades (vide Cabo Verde) faltou uma chamada de atenção robusta - pelo menos esse alerta não se sentiu para fora - essa tomada de posição da equipa técnica deve, imperativamente, ser adoptada internamente. Os jogadores têm de sentir que podem e devem fazer mais quando não o fazem, têm de perceber que lhes é cobrado o máximo rendimento. A defesa incondicional do grupo não pode ser feita à custa de critérios de exigência e do cumprimento de objectivos.
Quero apenas realçar a importância de que nos maus momentos sem culpa (vide jogo com a Dinamarca em casa, na fase apuramento) os jogadores devem ser apoiados e defendidos por Queiroz, porque se esforçaram mas não foram felizes, mas nos maus momentos por culpas próprias a responsabilidade deve pesar-lhes nos ombros. Lembre-se de Mourinho, professor. Da defesa acérrima que faz dos seus jogadores quando sente que eles dão tudo. Mas também do que exige deles e como os espicaça quando sente que o grupo não é a sua prioridade. É essencial uma cultura de excelência e exigência e essa passa por se cobrar nada mais do que o devido, nada mais e nada menos do que os jogadores têm para dar. Não escondam nada rapazes, mostrem e dêem tudo o que têm, vamos lá esmagar essa malta de nomes esquisitos!