Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Sou da opinião que, apesar de todos os argumentos em sentido contrário, seria importante ter acesso à cara da moça
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A silly season em tons vermelhuscos
Um tipo lê o esclarecimento prestado pelo Benfica à CMVM sobre a incrível venda, em 2011, por mais de 8 milhões de euros de uma vedeta que passou a época a encher o aviário da Luz, o grande guardião Roberto (Benfica esclarece negócio Roberto), lembra-se que este artista tinha sido antes comprado pelas sabedoras elites vermelhuscas também por perto desses 8 milhões (isto depois de uma brilhante época como suplente) e não deixa de pensar que a silly season é quando um homem quiser, sobretudo se esse homem for vermelhusco. Com Vale e Azevedo engoliam as patranhas de olhos fechados e ainda faziam vénias ao novo Messias. Com este artista continuam a ver a banda passar e a assobiar para o lado enquanto a banda enche os bolsos, tudo com a esperança de ganhar mais uma taça da liga. Epá, já sei, que só falo de Benfica e tal, lalalalalala, mas é a silly season, deixem-me falar de coisas e gente parva.
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Maravilhas do fundo do mar em tempos de silly season
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A eterna silly season de Jorge M.
Já não o via há uns tempos valentes, ao Jorge M., aquele que os amigos chamavam do 2.º tipo mais porreiro do mundo, isto porque o 1.º era sempre quem assim o apelidava. O Jorge casou-se com a Joana, a miúda mais gira, mais doce, mais querida do nosso curso. Todos gritávamos nos jantares anuais de celebração de mais um ano em que passavam os saudosos anos de fim de curso que o Jorge tinha uma sorte filha da mãe! A Joana, um casal de gémeos lindos (um rapaz e uma rapariga, há lá algo mais perfeito!) e o Jorge, sempre bem-disposto, o 2.º gajo mais porreiro do mundo! Mas o Jorge era um fraco, o sacana não podia ver um rabo de saia, segundo ele dizia “era um crime para a humanidade privar todas as outras mulheres do mundo de tanto prazer que ele tinha para lhes dar”. A Joana, querida e eternamente apaixonada, perdoava-lhe uma a seguir à outra, desesperando que o amor que sabia que o Jorge sentia por ela o redimisse. Encontrei o Jorge numa viagem de comboio para Coimbra e o maduro contou-me que era desta, que a última facada tinha de facto sido a última. Depois de uma interminável exposição sobre a mudança que o amor eterno que sentia pela Joana nele operara, o Jorge sorriu e contemplou a paisagem que fugia pela janela. Naquele momento seráfico o Jorge parecia um monge budista convicto do seu equilíbrio espiritual e físico. Foi então que no banco em frente se sentou uma inesperada passageira. O Jorge mirou-a de soslaio, olhou para mim a medo e deixou escapar um “dassss, assim é difícil…”.
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Sporting 2 - Real Sociedad 0
O Sporting não terá provavelmente melhor equipa que no ano passado, terá até menos rotinas e automatismos (eu sei, eu sei, isto é linguagem de comentador manhoso da bola, mas é o que temos). Mas este Sporting, ao contrário do que sucedeu nos últimos tempos, tem uma liderança directiva forte a sustentar a equipa e a dar-lhe confiança, tem muita alma da academia leonina, muita gente que acredita que o futuro é seu. Em termos tácticos, de organização da equipa em campo e de estratégia de jogo, Leonardo Jardim está bem lançado para confirmar tudo o que se tem vindo a dizer sobre as suas capacidades. A nível individual um enorme trinco todo o terreno a revelar-se ao mundo leonino (William Carvalho), um central duro e goleador a gritar “este lugar é meu, pô!”, dois manos de que gosto muito a darem perfume ao futebol leonino (William Eduardo e João Mário), Cédric a jogar para assegurar a titularidade na direita da defesa, Jefferson também bastante bem (muito importante nos desequilíbrios ofensivos) e Adrien a dar um belo ar da sua graça. De negativo nada me apetece dizer, quero que a esperança renasça nos corações leoninos sem sombras negras. Embora lá rapazes!
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Hasta la vista, baby!
Esta fotografia tirei-a à hora de almoço pelos lados da Expo. Diria que podemos olhar para esta imagem desoladora e ver nela um pouco do actual estado da nação: enevoada, acabrunhada e em permanente processo de remodelação. Não que isto signifique que a pátria se tem vindo efectivamente a repensar ou a reconstruir, apenas que se vão dando umas pinceladas ali, apertando uns parafusos aqui, mas o conjunto da nação permanece sempre manco numa perna ou noutra. Porque a silly season não é só para os estúpidos, também eu parto em digressão para o sul, onde espero que as nuvens se dissipem, que as filhas e os filhos da pátria se deixem de acabrunhamentos e sorriam sem limites, que eu próprio me reconstrua no sentido de mergulhar no embrutecimento temporário da silly season. Vou por cá passando, que há que ir despejando parvoíces para a blogosfera sob pena de fenecer pela mordida de tanto veneno. Beijos e abraços!
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Se a inveja matasse caía já aqui fulminado
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A silly season e as necessidades inadiáveis ao equilíbrio na natureza
É próprio da silly season sentirmos que as temperaturas se elevam a dimensões absurdas, que as matas, florestas e seres vivos (racionais e irracionais) do nosso país desesperam por um aguaceiro, por gente civilizada e que pratique desportos ao ar livre que não sejam o lançamento de beatas incandescentes. Sente-se a ansiedade no ar, a desesperança pela frescura salvadora, bombeiros precisam-se!