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Revista de imprensa - O passado, o presente e o futuro de um país no fio da navalha

Domingo, 30.11.14

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“Sempre foi claro que a rotação do regime começaria pela economia mas não era evidente como ela chegaria à política. Na economia, a falência generalizada trazida pelo sobreendividamento público e privado rebentaria – e só Sócrates insistia que não, enquanto lançava obras, rosnando a quem o questionava e dando braço a bancos (CGD, BCP e BES) dominados ou domados. Três anos e meio depois do grande estoiro, estamos a fechar o ciclo das “desnacionalizações” – falta a TAP e pouco mais. O poder económico saiu do casco empresas/bancos/Governo e passou para um entre abstrato chamado investidor estrangeiro. É ele que manda – veja-se a PT, estropiada por compradores que a querem vender.

(…) Em 2010, os números 1 e 2 dos ´Mais Poderosos` eram Salgado e Sócrates. Um faliu, o outro está preso preventivamente – ambos são arguidos. É preciso dizer mais para mostrar o colapso?

(…) É através do sistema de justiça que se está a fazer a passagem da economia para a política nesta queda do sistema que devemos desejar se ela significar o fim da corrupção alargada que esmagou meio país, drenando impostos em favor de privilegiados. O poderoso Sócrates e o endinheirado Salgado estão hoje irremediavelmente condenados a defenderem-se. Profissionalmente, estão acabados. E o país está excitado na esperança de que tanta escandaleira leve à regeneração quando é agora que tudo pode degenerar. O sistema já não pode implodir – está a explodir. Será a força das instituições (judiciais e políticas) sobre quem as quer manipular que determinará se seremos um país aniquilado ou um país mais livre. Sócrates tem razão, ´este processo só agora começou´.”

 

Lido no “Expresso”, pela pena de Pedro Santos Guerreiro, provavelmente o melhor jornalista/cronista português da actualidade.

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publicado por bolaseletras às 15:04

Trabalhar p´ró bronze - outras paixões de Verão

Sexta-feira, 28.11.14

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Dos melhores momentos que passei na praia, longe de tudo e de todos, submerso em universos paralelos, passeio-os a sentir o sol amolecer-me o corpo, a entregá-lo, leve e liberto das grilhetas terrenas, às musas da literatura. O som do mar mergulha-nos na sensação de que tudo o resto está para sempre enclausurado numa cela especial para aborrecimentos, de que habitamos agora um horizonte sem fim, azul e amarelo, em que a areia é a nova espuma dos dias e o mar a renovada relva na qual rebolamos como crianças esfaimadas de sentir. Viramos as costas ao mundo e navegamos em palavras e parábolas, namoramos os sons com que as mesmas ecoam dentro de nós. Quem não se apaixonou por um livro num dia de praia nunca amou verdadeiramente. 

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publicado por bolaseletras às 17:15

Rescaldo da jornada da liga dos Campeões, enquanto masco uma pastilha elástica

Quinta-feira, 27.11.14

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Espicaçam-me alguns amigos e espantam-se outros por não terem lido por estas bandas comentários aos feitos leoninos na Liga dos Campeões, bem como às vergonhas vermelhuscas na mesma competição. Já aqui disse algumas vezes que me irrita sobremaneira seguir cegamente a carneirada e ter que escrever, quase por obrigação, o que todos os outros escrevem sobre os acontecimentos mais fresquinhos do dia. Não estava para aí virado, pelo que não o fiz. Agora, com alguma distância, talvez perceba um pouco porque não o fiz relativamente ao Sporting. Provavelmente, de forma inocente e inconsciente, custa-me perceber que o nosso bom comportamento nesse jogo e noutros nesta época se fica a dever, em grande parte, a esse extraterrestre no que ao universosinho do futebol português respeita, o fenómeno Nani. Como tanta coisa neste país, o Nani parece ser bom e caro demais para o nosso futebol e para o meu Sporting, pelo que por vezes me custa saber que para o ano já cá não estará. Se calhar foi por isso que não escrevi sobre a ótima exibição leonina contra os rapazes de Maribor e, em particular, sobre a estratosférica exibição de Nani - terá sido certamente um instintivo movimento defensivo com que o meu subconsciente me brindou.

Quanto ao Benfica, tal como o grande Jorge Jesus tendo a não lhe atribuir grande importância. Pelos vistos, é para consumo interno que JJ prepara as suas equipas, pelo que os insucessos externos são mero reflexo dessa pequenez de pensamento. O homem percebe de facto de bola, mas quando se trata de gerir (jogadores, treino, esforço, condições físicas e psicológicas, etc.) para isso já é preciso saber um pouco mais do que de bola, mas para esse peditório não contem com a esmola do mestre da chewing gum. Em alternativa, podemos sempre refletir sobre o facto de lá por fora, sem os limpinhos limpinhos do costume, a coisa piar mais fininho para os apaniguados milhafrenses.

Quanto ao Porto é um aborrecimento. Estão tão certinhos na liga dos Campeões que até enerva. Se a tripalhada não se põe a pau este tiki taka da ribeira ainda os torna mais maçadores do que o Barcelona dos bons e velhos tempos.

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publicado por bolaseletras às 15:22

Se o Adolfo tinha tantos projectos, porque é que eu não os posso ter?

Quarta-feira, 26.11.14

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Há fases da nossa vida em que estamos constantemente a comprometermo-nos com novos projectos externos ou internos, significando estes últimos decisões que tomamos quanto ao que vamos fazer com a nossa vida, o nosso tempo, com a forma como melhor ou pior o ocupamos. Depois, há uma fase muito concreta, que é aquela por onde tenho andado (crianças, crianças que nos sugam até ao tutano e a que não resistimos entregar o melhor dos nossos minutos, horas, dias e anos), em que o tempo e a disponibilidade mental para abraçar novos projectos realmente escasseia mas, porque queremos sentir-nos vivos, não deixamos de o tentar. É por isso, com uma grande dose de irrealismo e optimismo, que partilho a minha decisão de voltar com afinco à leitura, mas agora direccionada para uma área muito específica. A história, mais especificamente a história e as estórias que antecederam e originaram a I Guerra Mundial. Depois, tomado o balanço para o mergulho nas trincheiras da loucura humana, dar o salto para I Guerra Mundial propriamente dita, pulando sem hesitar para o período entre as duas grandes guerras e, qual jovem que sonha em perder a vida pela pátria arriscar tudo e entrar na alucinada chacina da II Guerra Mundial. Caso sobreviva a tudo isto, partirei então para o pós guerra, a guerra fria e sabe-se lá mais o quê. Como isto me parece um projecto de anos virei aqui dar nota dos progressos efetuados. Porquê este interesse, agora? Sempre existiu, sempre fui lendo e pesquisando sobre o antes, o durante e o pós-guerras, mas nunca de uma forma contínua. Há muito que acredito que a história e as guerras que a fizeram mostram o porquê do que hoje somos, porque é no mal que os homens fizeram a si mesmos que nos arriscamos a encontrar a semente do que temos que mudar em nós e no mundo. Não percam os próximos capítulos, poderão demorar mas um dia hão-de chegar!

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publicado por bolaseletras às 17:52

Uma ténue luz ao fundo do túnel

Terça-feira, 25.11.14

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Acreditem que queria! Queria não me debruçar sobre esta propalada ameaça ao regime democrático, este pré-anunciado cataclismo da crença do povo nas suas instituições e representantes, sobre esta que muitos classificam como a mais grave perseguição justicialisto-justiceira dos tempos da luso democracia. Por outro lado, por mais tentador que seja fugir aos soundbytes do momento, não vivo, por mais que o desejasse, numa torre de marfim envidraçada, imune aos despautérios da excitação mediática. Procurando extirpar deste cancro noticioso alguma pepita de optimismo, tenho a dizer que vejo ali ao fundo do túnel uma ténue luz, uma secreta esperança de que tudo isto sirva para que quem exerça cargos influentes ou detenha, num determinado momento histórico, uma boa dose de poder, perceba que além do imperativo moral e cívico de se conduzir pela lei e pelo interesse público, tem também, a partir de agora, caso lhe falhem esses imperativos cívico-morais, a espada da lei sobre o pescoço. Em última instância, pode ser que isto afaste da política aqueles que a vêm como o paraíso da trafulhice e convide gente cada vez mais séria a participar nela.

P.s. – Não, isto não é uma condenação prévia ou uma violação gritante do princípio da presunção de inocência, é apenas e só, independentemente da sentença definitiva que venha a ser proferida pelo tribunal, uma mera opinião e uma secreta esperança.

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publicado por bolaseletras às 17:53

Vale do Silêncio - Olivais Sul

Terça-feira, 25.11.14

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Andar em dia de chuva pelo Vale do Silêncio vazio, entregue apenas ao cheiro da relva molhada e dos sons quase inaudíveis da natureza que rejubila com a água da vida, talvez seja esse o ambiente perfeito para escutar, refletir e nada dizer. Talvez seja este o ambiente perfeito para agendar visitas guiadas aos comentadeiros, jornaleiros e trauliteiros deste país, para tanta gente que sem nada saber tudo prevê, tudo sabe, gente que vê o futuro sem sequer saber às quantas anda no presente. Sim, podia dizer tanto sobre os últimos eventos do mundo da Justiça, mas sou daqueles que preferem conhecer a realidade para refletir, agir e opinar. Esquisitices!

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publicado por bolaseletras às 15:45

Banho de desespero e vergonha depois de perceber que afinal não lhe levantaram a suspensão da subvenção

Sexta-feira, 21.11.14

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publicado por bolaseletras às 22:33

Até à última gota

Quinta-feira, 20.11.14

by Anders Petersen_Café Lehmitz_Hamburg_ 1967_197

Por entre o rebuliço que se vivia no café Lehmitz, na cidade de Hamburgo, algures entre o ano de 1967 e 1970, o fotógrafo Anders Petersen imortalizou este momento mágico. Velhos com sangue quente na guelra, com a marotice da juventude, com uma agressividade erótica que muitos pensavam morta, nomeadamente uns certos julgadores deste país de brandos e mornos costumes. Os prazeres da vida não deviam ter prazo, sob pena de os sonegarmos a quem disfruta da idade da sabedoria. Para abdicar das loucuras que nos fazem sentir vivos mais valia reduzir a esperança média de vida e poupar uns cobres aos cofres da Segurança Social. Vejam lá isso, amigos da terceira e bela idade, não se esqueçam de sugar o tutano do osso da vida até ao fim da viagem!

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publicado por bolaseletras às 17:34

Sobre a seleccção e sobre como lidar com vedetas ingratas

Quarta-feira, 19.11.14

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Depois da exibição de ontem da nossa selecção da bola que rola no relvado apetecia-me escrever muita coisa. Como não tenho tempo e porque já tanta gente escreveu tanta genialidade e patetice sobre o tema, vou resumir as ideias fortes:

- Ontem, mais ainda que contra a Arménia, não tivemos fio de jogo, não acertámos três passes seguidos, tivemos muita sorte e excelentes centrais que evitaram o descalabro.

- Olhando para este futebol diria que o Paulo Bento foi, mais uma vez, um génio incompreendido.

- Se é para jogar mal e porcamente e ganhar jogos por 1-0, a la Grécia, digam desde logo que tenho muitas séries televisivas em atraso para pôr em dia. 

Por último, quanto ao caso Nani que decidiu “largar” a bombinha que isso de sair “não dizia que não, vamos ver” tenho a seguinte reflexão a partilhar com o universo em geral e a turba leonina em particular. Como o Sr. Nani saberá, no dia em que saiu do Manchester ninguém estava a dar meio chavo por ele. Aqui, na nossa casa, integrado numa equipa e estrutura técnica que o valorizaram, motivaram e souberam potenciar as suas faculdades, mostrou que é ainda um excelente jogador, tendo atingido um belíssimo momento de forma. Se lhe apetece cuspir no prato de quem lhe deu a sopa a comer, se é ingrato, se acha que o Sporting planeou toda uma época contando com ele como peça fundamental e que agora vai abdicar disso, tire desde logo o cavalinho da chuva, Sr. Nani. Por mim, se ele quiser forçar a saída ou se fizer birra nesse sentido, fica o resto da temporada sentado na bancada a contar os pingos de chuva. Pode ser que depois regresse a Manchester no mesmo estado em que veio.

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publicado por bolaseletras às 18:14

Confesso que me preocupam mais os truques photoshopianos nas ninfas que nos povoam os sonhos, mas também está bem

Terça-feira, 18.11.14

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publicado por bolaseletras às 18:19


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