Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
E os meus singelos votos para 2015 são...
Autoria e outros dados (tags, etc)
V. Guimarães 0 - Sporting 2
Tenho demasiadas dúvidas, certezas, suspeitas e horrores para dizer desta inenarrável novela que se criou entre Bruno de Carvalho e Marco Silva. Hoje, depois desta bela demonstração de querer, tomates e qualidade dos reforços que o Presidente diz estarem pela equipa B, este último marcou bastantes pontos face ao treinador, que continua a irritar-me pelo ar de enfado e pouca expressividade nos momentos de vitória. O Sporting está acima dos dois, pelo que os dois têm de saber dignificar e servir o Sporting. Vamos lá a isso, meus Senhores!
Autoria e outros dados (tags, etc)
Ora aqui está uma boa prenda natalícia, vem em boa hora!
Há dois anos era esta a capa de Natal da New Yorker, a imagem de um Pai Natal desesperado pois as suas fiéis renas tinham trocado a dedicação à causa natalícia pelos seus interesses, vícios e prazeres. Para o meu Natal e os dias que se seguem gostava que todos os restantes seres do planeta que tanto me fazem esperar, que acham que isso da pontualidade é coisa de idosos desocupados, que não percebem que fazer alguém desperdiçar tempo é a maior prova de desrespeito que lhe podem prestar, gostava, dizia eu, que esses seres para quem um relógio é um mero adorno decorativo sem ponta de utilidade chegassem, um dia que fosse, à porra da hora que combinámos! Era só isto, o Natal também serve para desabafarmos.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Da série "Excelentes candidatas a mães Natais para fazerem companhia ao velhote das barbas"
Autoria e outros dados (tags, etc)
O nosso Cristiano Ronaldo, apesar de alguns "poucochinhos"
O Luis Pedro Nunes disse tudo nesta sua publicação facebookiana sobre Cristiano Ronaldo. Ao ser “poucochinho”, que é a atitude daqueles portuguesinhos que sem argumentos válidos apregoam não gostar do homem (que do jogador, então, não há argumentos que a inteligência humana permita atender), adita-se a miserável invejazinha do sucesso alheio, o criticar por desporto, a raivinha de não lhe chegar aos calcanhares, à carteira e à namorada, enfim, esses sentimentos tão infelizmente lusitanos que tantos compatriotas insistem em tornar afamados. Fiquem com o Luis Pedro, que o diz melhor do que eu:
“Ronaldo é o Português mais conhecido e amado de todos os tempos. Não tenho particular paixão por futebol mas gosto dele. Acho que os portugueses deviam e podiam ser um bocadinho mais como ele. Não no talento – que não depende do próprio – mas na atitude. É o anti-Fernando Mamede que tinha tudo para ganhar mas desistia a mil metros da meta por questões psicológicas e “dor de burro”. Mas Ronaldo é outra coisa. Em locais (muitos) que ninguém faz ideia do que é Portugal todos sabem quem é Ronaldo. Ronaldo igual a sorriso. É o melhor que temos. E há muitas coisas boas. E um tipo como deve ser, já agora. Não gostar de Ronaldo “O Português”, uma estrela maior que este planeta ... ia dizer é “tão português” mas acho que é mesmo ser poucochinho.”
Autoria e outros dados (tags, etc)
"Papá, quero dois doberman!" - Da série "prendas que os miúdos nos pedem e que recusamos com uma lágrima no canto do olho"
Autoria e outros dados (tags, etc)
Felizmente, há mais beleza para além delas...
Não conheço a pessoa que dá pelo nome de Ravi Vora, mas percebo numa rápida pesquisa que é fotógrafo, editor, realizador e certamente muitas coisas mais. Cruzei-me com ele no Instagram e encontrei um mundo simples e irresistível. Gente que flutua como um sonho num mundo palpável, tempestades que ameaçam explodir em harmonia de tão belas que são, o mundo que de tão belo se apresenta desfocado (talvez não saibamos vê-lo assim, talvez não mereçamos a nitidez das coisas belas), o corpo em harmonia com os elementos.
P.s. – Dedicado a uma amiga que me acusou de andar a abusar de fotografias de moçoilas boazudas, parecendo esquecer que há mais beleza para além dessa óbvia beleza.
Autoria e outros dados (tags, etc)
"Papá, quero uma mota!" - Da série "prendas que os miúdos nos pedem e que recusamos com uma lágrima no canto do olho"
Autoria e outros dados (tags, etc)
Nacional 0 - Sporting 1
Antes de me debruçar sobre o jogo do meu Sporting hoje na Madeira, queria apenas dar uma palavra ao presidente Bruno de Carvalho. Senhor Presidente, se não está satisfeito com o seu treinador e com a equipa diga-lhes isso directamente, de preferência no recato do balneário. Dizê-lo para fora para que eles o oiçam demonstra pouca inteligência emocional, não muito digna que alguém que até tem demonstrado boas qualidades de liderança. Esses recados públicos destabilizam a equipa, como bem se percebeu na primeira parte do jogo de hoje contra o nacional. Aliás, nesses 45 minutos fiquei com dúvidas que os jogadores, contrariamente ao que têm deixado entender, estivessem de alma e coração com Marco Silva. Por outro lado, tão pouca concentração e duvidosa intensidade fizeram-me igualmente duvidar que Marco Silva, como diz, estivesse a exigir tudo dos seus jogadores.
Na segunda parte tudo mudou. Marco arrumou a equipa, sobretudo as ideias da equipa e a forma de as executar, e a melhor qualidade do nosso futebol e dos seus melhores jogadores sobressaíram finalmente. Paulo Oliveira, depois de alguns meses de adaptação a outra realidade, afirma-se já como um muito bom central com promissora margem de progressão. William Carvalho melhora todos os jogos, estando bem mais perto de fazer o que tão bem faz: jogar simples e fazer dessa simplicidade o motor da equipa, a ligação oleada entre a defesa e o ataque. Slimani, aquele a quem chamam tosco, dominou bolas impossíveis, assistiu, foi um martelo pneumático incansável, decisivo em todos os momentos ofensivos, o homem que tanto porfiou até que um remate seu fosse bem recargado por Carlos Mané. A esta equipa falta agora um companheiro de qualidade para o lado de Paulo Oliveira, um João Mário que perceba que a equipa necessita, além da sua qualidade ofensiva, que seja mais intenso a defender, que faça com que o seu pé de pelúcia seja também de betão na hora de recuperar a redondinha. A equipa precisa também que Nani regresse e que Carrillo, com as saudades que sente dele, não exagere nos lances individuais mas sim que ponha toda a sua arte ao sentido da equipa. Parabéns rapazes, precisamos que os segundos 45 minutos passem a ser 90.
P.s. – Enquanto isso, pelo lado errado da segunda circular, assistiu-se a bonita homenagem conjunta do sr. Capela e do Benfica ao clube chileno Colo Colo. Para quem não apanhou a piada, em alternativa enalteço a nova aposta de Jorge Jesus em Bebé, como que justificando o colinho com que o sr. Capela deu mais 3 pontos aos vermelhuscos.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Ah, o Natal...