Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
A EUROPA, UNIDA, JAMAIS SERÁ VENCIDA!
Não gosto de fazer de velho do Restelo mas isso não significa que o estado geral da Nação e arredores por vezes não me tornem num desses insuportáveis pessimistas. Não gosto sequer de pensar que toda esta linda história de um projecto europeu, de uma grande nação solidária constituída por nações que se pelam por se ajudar umas às outras, tenha brotado da mente de génios maquiavélicos que queriam apenas favorecer as grandes potências e tornar ainda mais fortes estados já de si tão poderosos. Mesmo a ideia de que o projecto nasceu direito e só mais tarde entortou causa-me espécie, custa-me a creditar que existam responsáveis de topo que realmente acreditam que o bem dos nossos pode ser alicerçado no mal dos outros. De igual modo, abomino quem passa a vida a queixar-se de que a culpa dos nossos males é sempre dos outros sem sequer se dignar a olhar para o seu umbigo. Ainda assim, nisto, estou como os galegos sobre as bruxas. Não acredito em conspirações, Pero que las hay, las hay.
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O gato preto
O túnel já era suficientemente escuro para lhe vergar a vontade de vencer o medo. Em simultâneo, no mesmo paralelo que habitava essa alameda de temor passeava-se uma voz rouca que lhe suspirava às meninges para recuar, para evitar o desconhecido cor de breu. Pensou que só faltava um gato preto para que todos os seus terrores de infância se reunissem naquela passagem, naquele trajecto que em tempos sonhara a conduziria do conforto bucólico mas enfadonho para uma vida real, a cheirar a flores reais, nada de plásticos ou de artifícios sem espinhos. Num repente, enredada na crescente convicção de que novamente se forçaria a desistir, sorriu, sentiu-se mulher, sentiu-se forte e ferozmente feminina, e dançou, dançou, dançou, dançou até rir estridentemente nas barbas do medo.
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F.C.Porto 3 - Sporting 0
Foi por demais evidente que 3 dias foram mais do que insuficientes para recuperar física e animicamente da eliminação com os alemães. Para dificultar, decidimos fazer o pior jogo da época. Em paralelo, e para dificultar ainda mais, Tello fez o jogo de uma vida e Jackson foi o verdadeiro Jackson com mais uns requintados pozinhos de número 10. Melhores dias virão, rapazes, baixem a cabeça só para beijar o símbolo do leão, vejam lá isso.