Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
It´s the end of the world as we know it
A sensação de fim do mundo que regressa na mala de férias é mesmo isso, uma sensação. Teimamos em lutar contra o inelutável, estraçalhamos na nossa cabeça factos consumados até consumirmos o nosso corpo e espírito em dores e sofrimentos indizíveis. Um dia abriremos os olhos à luz e perceberemos que a constante revolta contra as certezas da vida são nada mais nada menos do que um ténue e preocupante sinal de loucura. Não daquela loucura boa, mas da asfixiante loucura, repleta de angústias e de medos. Se tem que ser assim porquê sofrer com isso? Se é preto porque nos contorcemos no irreprimível desejo do branco? Se chove porque insistimos em chorar pela ausência do sol?
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Work in progress
Nada nunca está terminado. O início de cada novo projecto, a luz, a ideia inicial são a chave para o sucesso, o parto é sempre o mais valioso e custoso. O que se segue é porém uma obra para a vida, tudo a que nos propomos fará para sempre parte do que somos e do que fazemos. Por mais que fechemos a página ela estará sempre lá, com a marca dos nossos dedos, com as impressões digitais e sensoriais que nela deixámos. Nada nunca fica para trás, o que se segue terá sempre a indelével marca do que já passámos. As páginas de um livro não se fecham a cadeado, os nossos dias não se encerram no arquivo da memória. Conhecer e aprender com o que já foi é a chave para melhor saborearmos o que hoje é e para nos deleitamos mais sabiamente com o que amanhã virá. É tudo tão simples que até parece complicado.
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Different balls, same game
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A rotina nas nossas mãos
Ia escrever sobre rotinas. A rotina laboral que dá lugar à rotina das férias, sendo que inevitavelmente esta acaba por ceder o seu rotineiro pedestal à labuta que alimenta essa possibilidade de mudar de rotinas. Mas isso já não é assim, se estivermos atentos e valorizarmos as pequenas e valiosas mudanças. Já não é uma noite recheada noite de copos e de corpos que me faz lamber os beiços de umas férias à grande. Gosto agora de acordar cedo e de andar, a pé ou de bicicleta, embrenhado na natureza ou no cheiro a mar. O meu filho já não me pede a mão para o levar ao mar, mas implora que o liberte nessa batalha de David contra Golias, ele contra as ondas, o meu medo contra a liberdade dele. No regresso ao trabalho também tudo muda lentamente, embora tudo pareça igual. A forma como o sinto e o enfrento, as soluções que busco e por vezes encontro para os problemas outrora insolúveis. A rotina está em nós, basta querermos acabar com ela, dentro e fora de nós.