Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
E para o reveillon, diverti-vos mas evitai a confusão (cena de 8 ½, de Federico Fellini)
Autoria e outros dados (tags, etc)
No fim
Carrie Fisher aguarda pela mãe, Debbie Reynolds, no seu território, o palco. Uma fotografia que confirma que, mesmo no fim, tudo valeu a pena.
Autoria e outros dados (tags, etc)
"Always watch your back", mesmo na ceia de Natal
Autoria e outros dados (tags, etc)
Da série "prendas que não nos caíram no sapatinho"
Autoria e outros dados (tags, etc)
Da série "bons conselhos para a ceia de Natal"
Autoria e outros dados (tags, etc)
Na falta de saco meu, aqui fica o saco do pai Natal
Como dizem os nossos irmãos brasileiros, já não tenho saco para os votos de Boas Festas e festinhas, para a repentina harmonia e bondade natalícia que assola os corações dos frequentadores facebookianos, dos colegas de trabalho, dos familiares e amigos que não se encontram há anos. Eu percebo que estamos todos a tentar compensar as nossas falhas, muitas das vezes de coração aberto e sem segundas intenções, mas não sei pá, acho que me irritam os 41 anos em que repetidamente assisto a este fenómeno sem assistir a esforços para que algo semelhante se propague pelas restantes semanas do ano. Gostava de dizer algo de eloquente que esmagasse este estado de coisas mas não me vem nada à pena, maldita pena esta que se deixa amansar sob os meus dedos, na forma deste teclado frio e mecânico, como se nada valesse a pena pois centenas de milhões de pessoas usam esta mesma pena para inundar as redes sociais com votos maravilhosos, que repetidamente se disseminam pelos écrans que idolatramos, como se o brilho dos pixéis pudesse substituir o brilho que devíamos sentir dentro de nós, pois só esse brilho pode realmente iluminar quem queremos.
Ok, pronto, já desabafei. Mas, não podendo vencê-los, junto-me a eles: façam alguém feliz, sejam felizes. Feliz Natal.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Café da manhã - a importância de 1%
Arrisco-me a banalizar o tema do café aqui por esta humilde tasca. No entanto, todavia, contudo (já valeu a pena ter um blog para poder escrever esta sequência idiota de palavras) conviria que quem bebe café pudesse perceber que aqueles 30 segundos, o tempo despendido no nobre acto de bebericar o negro líquido demasiado quente, pode constituir o único momento do dia em que, embalados pelo shot de adrenalina da cafeína, nos olhamos ao espelho do dia que vai começar e, mesmo que por um segundo, mesmo que por uma fracção minúscula do tempo em que parimos esta nossa existência, podemos ter um relance de quem verdadeiramente somos. Em 99% das vezes que somos bafejados por esse relâmpago de clarividência não teremos a sabedoria ou a capacidade para apreender o significado dessa revelação. O que interessa é o 1%, o que realmente interessa é estarmos preparados para abrir os olhos no momento preciso em que a revelação se faz. Mantenham-se atentos, vai valer a pena.
Autoria e outros dados (tags, etc)
"The dancer", por Gustav Klimt
Dançar, propriamente, não era arte que ela colocasse à disposição da humanidade, dos admiradores secretos, dos seus amantes passados, presentes e futuros. Era a forma como os seus olhos bailavam, felizes mas assustados, curiosos mas omniscientes, na face de princesa adolescente em corpo e mente de mulher que os enfeitiçava. O andar, não mais do que um deslizar de pezinhos de Cinderela, com uma tocante graciosidade envolta em coxas de chorar por mais, eram a mais bela valsa, um bailado de amor eterno e sedução irresistível. A voz, como que o canto de uma sereia se as sereias cantassem como deusas. As palavras bailavam-lhes nos ouvidos, conduziam-nos por entre caminhos de flores de mil cores, intermináveis viagens de sonho, mergulhos noutros paralelos da existência entrecortados por espasmos de realidade aquando da subida à superfície, como se beber demasiado da fonte de tão sedutora beleza fosse incomportável para o ser humano. Dançar era como ela passava pela vida, como se cada valsa fosse a última e a última tivesse a inocência da primeira.
Autoria e outros dados (tags, etc)
De quem é a culpa?
Jogadores cansados, espremidos, sempre as mesmas 11-12 caras, jogos a meio da semana, gritante falta de qualidade dos restantes elementos do grupo de trabalho. André o baladeiro não embala a bola para dentro da baliza, Castaignos pouco pisa a relva e quando o faz não engana nem a mãezinha, Petrovic deve estar ainda a adaptar-se não se sabe bem a quê, Melli não é certamente Messi, Alan Ruiz foi um excelente negócio para alguém mas infelizmente não para o Sporting, o guarda-redes Beto poucas oportunidades tem (com tudo o que isso tem de negativo para manter o Rui Patrício bem atento e a 100%), o central Douglas parece estar a anos-luz dos titulares, and so on and so on. Depois há ainda os problemas do habitual 11. William não chegou ainda ao nível do ano que passou, sendo muito bem secundado nisso por um Bryan Ruiz que, temo, começa a acusar o facto de a idade não voltar para trás. Adrien está de rastos. Bas Dost é bom quando a bolinha lhe chega redondinha, mas não esperem que ele vá em busca dela. Os laterais não estão à altura do nosso clube e das exigências que lhe estão associadas. De quem é a culpa? Dos árbitros, da bola que bate na trave, da Federação, da Liga, dos vouchers, do diabo a sete? Anda por aí colinho a mais às águias tresmalhadas, não tenho dúvidas disso. Nós, que já não somos bebés e gostamos de dizer que não precisamos de colinho, devíamos assumir a nossa parte das culpas, perceber o que está mal e necessita de ser rapidamente resolvido e fazer pela vida, sem desculpas e bodes expiatórios. Vejam lá isso, caro presidente, treinador e jogadores. Para que o Natal não seja sempre para os mesmos…
Autoria e outros dados (tags, etc)
Da série pensamentos profundos para o fim de semana