Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Make love, not war - day 3
Para que queremos o amor? O que mudamos na nossa vida quando o encontramos? Cuidamos de o alimentar, de lhe atenuar as dores, de lhe retardar o inevitável definhar? Porque o procurámos em primeiro lugar? Amamos o outro como sempre sonhámos ser amados? O excesso de amor, existe? Existindo, onde nos conduz essa ausência de moderação na nobre arte de amar? Aborrecem-nos, amolecem-nos, os desregramentos do amor? Ou, em sentido contrário, o excesso de amor será o rastilho para o recrudescer da semente do ódio que miserável e irremediavelmente habita o ser humano? Será a guerra uma consequência desses excessos, uma resposta aos instintos selvagens que o amor entorpece e que, hipoteticamente, o seu excesso desperta? Para que queremos o amor?
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Make love, not war - day 2
I know not with what weapons World War III will be fought, but World War IV will be fought with sticks and stones.
Albert Einstein
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Make love, not war - day 1
When the power of love overcomes the love of power the world will know peace.
Jimi Hendrix
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Do mal
As imagens deviam surgir despidas de palavras. Estrangulados pelo incessante ribombar dos mísseis, despojados de nós pelo vazio da destruição devíamos fixar o olhar no horror da guerra. O ódio sem sentido devia calar-nos até ao âmago da dor. Não a nossa dor, a dos que assistem incrédulos e revoltados, por entre séries da Netflix e o bulício do quotidiano, ao terrífico espectáculo da crueldade humana. Falo da dor dos mortos, dos órfãos, dos que ficaram sem passado e sem futuro. Crianças e bebés mortos. Crianças e bebés mortos. Crianças e bebés que sobrevivem e não sabem bem para quê. Quando a fúria do ódio se sobrepõe à força do amor, é o sinal para olharmos fixamente para o fruto do que pode ser a maldade humana. É altura de abdicarmos do conforto e de tomar atitudes. De cessar o mal, de combater a dor. É o momento de não ter medo da mudança, pois ficar onde estamos é aceitar que o mal pode vencer.