Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
We love to eat them, por Harvey Weir (#perolasdoinstagram)
“*no men were harmed in this photoshoot. We love men and we love to eat them.”
É tão isto. Estamos tão nas vossas mãos. Mesmo que pensemos que estamos assim, entregues e submissos apenas porque o queremos e permitimos, não é essa a realidade. Estamos neste estado de vegetais incapazes de quebrar o feitiço porque o verdadeiro poder está em vós. Na vossa superior racionalidade, no incomparável poder de sedução, na ponta da vossa língua, na volúpia de algodão doce desses lábios de salgado veneno, na fornalha que passeiam negligentemente entre as coxas. Estamos tão fodidos.
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Amar mulheres, por Helena Coelho (#perolasdoInstagram)
“Amo corpos femininos. De todos os tipos e feitios. Amo as mulheres em todos os seus arquétipos e sinto-me feliz por ser uma mulher, uma mulher livre. Mesmo que, por vezes, nos seja dificil sê-lo com as vozes da critica a dilacerarem-nos as asas e a jogarem-nos como trapo de nojo de volta para o interior de uma jaula de portão aberto. UMA MULHER LIVRE. Esta frase soa-me sempre a um titulo de uma canção de intervenção que ainda ecoa na minha geração. Penso isto com mais vergonha e revolta do que vos mostrar a natureza do sitio onde estou e o meu corpo honesto nele.”
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A lenta morte (#perolasdoinstagram)
Fotografia por Daria Belikova
De que nos serve a beleza quando jaz nua e fria? O que fazer com a sedução, a tesão, quando os corpos já não se querem, quando o orgasmo se limita ao cumprimento da função biológica de um qualquer cão selvagem? Mergulhar no poço do prazer animal não será entregar a alma ao diabo do desejo cego e gélido? Não fará de nós mais máquinas do que humanos, mecanismos que cumprem funções de forma enérgica e rotineira? De que nos serve a beleza quando a mesma jaz no regaço do fim do amor? Não será esse o lento caminho para a morte de nós?