Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Glasgow Rangers 1 - Sporting 1
Felizmente não pude ver o jogo de hoje com a atenção devida. Porque por entre os olhares roubados à palhaçada com o filhote e as demais obrigações familiares, o panorama não me pareceu de facto bonito. Penso nas eleições que aí vêm e prego a nosso Senhor José de Alvalade que os prometidos candidatos abram bem os olhinhos. Por mais milhões que tragam consigo, por mais apoios da banca ou fundos milionários que angariem, estes anunciados salvadores da pátria têm que perceber uma coisa: sem vitórias não há pão para malucos, sem títulos não há estabilidade financeira que os safe. Por isso, comecem a pensar bem nos vossos gestores desportivos, no vosso treinador, em gente que desde já comece a pensar a reestruturação do plantel.
Quanto ao jogo, dois comentários. O primeiro para Yannick Djaló, um rapaz esforçado e muito rápido que tem a inteligência táctica de um pneu e o domínio de bola de um cone invertido. Depois, o drama, o horror. Ter em campo Maniche, Cristiano e o já referido Djaló enquanto Matias Fernandez aquece o banco é um crime lesa futebol. Este demonstrou-o nos poucos minutos que esteve em campo. A esperança em ti nunca morrerá, Matishow, obrigado!