Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Sporting 0 - Benfica 2
Seria mais fácil encontrar hoje uma agulha no palheiro do que um sportinguista cheio de fé para o jogo com o Benfica. Claro que há sempre por ali uma fezada irracional, mas uma época fraquinha e sempre a descer não ajuda a grandes esperanças. Depois, o Paulo, o Paulo tem sempre uma na manga. Apesar dos azares das ausências de Evaldo e Carriço, não viu melhor solução do que colocar no lado esquerdo um inepto e pouco rodado Grimi. Por outro lado, se Torsiglieri é para mim um central que deveria ter sido bem mais utilizado ao longo da época, lançá-lo assim às feras pareceu-me temerário, não pelo seu desempenho, que até me agradou, mas sobretudo pela sua ligação com o resto da equipa. Quanto a Cristiano é um caso de pura demência, tendo em atenção que o rapaz, além de ser novo na equipa, é claramente um jogador para aquecer o banco da Naval 1.º de Maio. Diga-se que o Paulo teve o bom senso de colocar Matishow em campo, mas esse rasgo de lucidez ficou prejudicado por toda uma época em que o desaproveitou e afastou da equipa, não lhe permitindo criar rotinas com a mesma.
Depois Djaló, por vezes perigoso, quase sempre inconsequente, ingénuo e tacticamente miserável. Postiga, que se tem vindo a afirmar, decidiu fazer daqueles jogos em que 90% das vezes está em fora de jogo. Patrício ofereceu a oportunidade para o primeiro golo num pontapé desleixado. Pedro Mendes, o mais experiente, revelou várias vezes um inexplicável descontrolo emocional. Enfim, um problema de treinador, de jogadores e dos dirigentes que escolheram estes rapazes. O Benfica tem melhor equipa, melhor treinador e melhores jogadores. Apesar de não ter feito um grande jogo, foi uma equipa mais eficaz e adulta. Gaitan e Javi Garcia para mim dividem o trono de melhor em campo, o primeiro confirmou a arte para aliar velocidade à técnica, o espanhol a antecipar jogadas adversárias e a efectuar cortes cirúrgicos. Com trincos destes, basta um médio defensivo numa equipa, mais um indicador para se perceber a diferença de armas entre as duas equipas. Parece-me claro o que há a fazer, excepto se quem aí vier decidir complicar. Ficam as sugestões, simples e clarinhas como a água: a equipa tem que ser fortemente reforçada, os novos responsáveis pelo futebol têm que ser competentes, experientes e analisar bem os erros do passado, a formação tem que voltar a ser uma forte e consistente aposta, sendo os seus frutos sabiamente integrados numa equipa forte e equilibrada. Parabéns aos meus amigos benfiquistas, hoje foram melhores.
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1 comentário
De fredeu a 22.02.2011 às 19:18
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deviam ser processados. benfiquistas