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Aquilo com que devíamos andar preocupados

Domingo, 09.10.11

 

 

"When I was 5 years old, my mother always told me that happiness was the key to life. When I went to school, they asked me what I wanted to be when I grew up. I wrote down «happy». They told me I didn’t understand the assignment. I told them they didn’t understand life." — John Lennon

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publicado por bolaseletras às 20:58


6 comentários

De Pedro Nogueira a 10.10.2011 às 13:46

Teresa, neste caso penso que é um bocado diferente. Essas pessoas de que falámos e que perguntam como estamos mas não param para ouvir a resposta não são pessoas felizes nem em busca da felicidade. São alienados e egoístas que vivem dentro do seu casulo. Podem até julgar que são felizes mas, coitados...
Esta frase do John Lennon, é capaz de ir um bocado num outro sentido até porque podemos ser felizes a ouvir e ajudar os outros.
Digo eu, mas se calhar até estamos os dois a falar do mesmo :)

De Teresa a 10.10.2011 às 14:08

Estamos. Acho... e se não estamos, lá chegaremos ;)

Ao escrever "Happy" e ao receber como resposta que ele não tinha percebido o que lhe tinha sido pedido, a professora está, implicitamente, a dizer-lhe que não deve sair da corrente do politicamente correcto e sociavelmente explicável.

Ela só tem resposta para:

- ser uma grande estrela de rock (oh my, that's great. Next, please)
- casar com uma chines (wow, that's interesting. Next)
- passar uma semana nu deitado na cama (oh my. Let me get back to you on this in 20 years in sexual orientation classes)
- compor as mais belas canções que serão admiradas por gerações (grandeur syndrome. ok, time to throw the guy in cold water and bring his parents. Monday first thing in the morning please. Class dismissed :D)


Happy não estava previsto para o assignment. She didn't really cared... she just wanted him to throw kids a subject they could discuss in class and get on with ;)


(a tal história do Padre Jorge que já contei aqui, tem a ver com o facto do P Jorge ter sido repreendido pelo pai, pois na adolescência respondia invariavelmente à pergunta "Jorge, como estás?" com um "mais ou menos" e as pessoas começaram a fazer reparos ao pai "o que se passa com o Jorge que nunca está bem?!" e o pai para cortar caminho instruíu o Jorge que a resposta passaria a ser SEMPRE "Estou bem obrigada" e resolveu-se (????) assim um drama para os que perguntavam)



Quando sabemos o final que Lennon teve é bom saber que, durante a sua breve estadia na Terra, ele foi, de facto, Feliz! "Mission Accomplished" :flower:

De Pedro Nogueira a 10.10.2011 às 15:30

Eu também respondo sempre com "Estou bem, obrigado!" mesmo que na altura até possa não ser verdade. Pelo menos para aqueles que sei que não querem verdadeiramente ouvir a resposta :)
Os ingleses falam da metereologia porque acham que não têm o direito de incomodar os outros com os seus problemas e se calhar é o melhor que fazem. Escusam de dar de caras com a indiferença dos outros.

De Teresa a 10.10.2011 às 16:31

Mas os próprios Britânicos já se preocupam com esse "grin and bare it"... é que as explosões têm-se mostrado dantescas, como vimos recentemente.

Por isso é sempre melhor ir deixando escapar o vapor, mau humor e infelicidade aos poucos do que deixar apodrecer o todo e aí não há quem (n)os valha...
E se leres o nosso "amigo" Dailymail diáriamente ficas abismado com a agressividade de alguém que só se interessa pelo tempo e sempre se despede com um "Cheers, Mate"... e se o Football segue a senda do Rugby nem um Verão Indiano de Agosto a Maio lhes serve ahahahah


Agora temos de desamparar a "loja" do Mané.

De bolaseletras a 10.10.2011 às 16:56

Teresa e Pedro,

Nunca me desamparem a loja, é muito interessante perceber que as conversas são de facto como as cerejas, a seguir a uma vem uma fiada delas. Acho que estamos mesmo todos a falar do mesmo. Esta manhã, pedi a uma colega para passar na minha sala, não sem antes perguntar "está tudo bem?" ao que ela respondeu com um fugidio e clássico "mais ao menos". Quando chegou à minha sala, perguntei-lhe: "Então, porquê o menos". Pois é, seguiram-se 20 minutos da história de uma sinusite que os sacanas dos médicos não resolvem e uma ladainha por aí fora. Se calhar a chave está em perguntarmos o "como estás" às pessoas que realmente nos preocupam e que, já agora, não são hipocondríacas;). Mas lá está, também posso estar muito enganado, ninguém disse que isto era fácil.

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