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Que saudades da televisão a preto e branco

Quarta-feira, 26.10.11

 

 

A mensagem que acima se transmite é uma impossibilidade, um grito desesperado contra a maré que nos esmaga contra as rochas do soundbyte. Nos dias de hoje o que acontece é o que passa na televisão, as mortes que o povo em uníssono chora são as que têm direito a horário nobre, os crimes que nos atormentam e fecham em casa são os que “cheiraram” a audiência certa aos donos do canal que brilha no fundo da sala. As próprias decisões dos políticos são condicionadas pela notícia que abre o telejornal das 20h, quer seja a reprimenda aos rapazes mal comportados que recebem pensões vitalícias para juntar ao pecúlio auferido no privado, quer sejam compensações para apoiar os desgraçados que vivendo longe da terra precisam de um pé de meia extra, pouco interessando que tenham casa montada logo ao lado do palácio de S. Bento. Longe vão os tempos em que antes da notícia se anunciar nos ecrãs dos nossos lares já os senhores que nos governavam (que nos tempos que correm se dedicam a cortar-nos as asas, a marimbarem-se para o facto das suas decisõeszinhas irem ou não dar cabo de uma vida, de uma família ou de um punhado de sonhos), como dizia, longe vão os tempos em que esses senhores, percebendo a iniquidade ou imoralidade do privilégio que a lei lhes concedia, dele abdicavam voluntariamente. Longe vão os tempos da televisão sem cor e dos políticos com valor.

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publicado por bolaseletras às 18:35


2 comentários

De Teresa a 26.10.2011 às 20:44

Também nós (ou os que estavam na nossa posição na altura) eram diferentes a preto e branco. E isso fazia toda a diferença.

As pressões hoje em dia são demais. Eu preferia trabalhar numa empresa de vão de escada a ser Primeiro Ministro. Eu preferia ser Treinador de uma equipa de juvenis na Cedofeita do que Treinador de um Grande. Eu preferia ser apresentadora de TV a casar com o Herdeiro da Coroa Espanhola e ter a minha inventada, reinventada e sodomizada semanalmente nas revistas.

Acho que foi no blog do Pedro que eu comentei isso - até o Presidente da República está com medo que as bocas a que (nos) habituou possam não fazer efeito... é o partido dele, o delfim pode ser outro mas não haja dúvidas que ele quis dar o País a quem deu e para isso não se escamoteou ao comentário - antes do PEC IV - que havia um limite dos sacrifícios a serem pedidos aos Portugueses... se fizermos um exame de memória relembramos uma altura em que ele se sentou no prato da balança que lhe interessava com o comentário da boa e má moeda.

E também nós sonhamos com esse poder - são os lenços brancos no estádio, dsão os comentários no blog, são os mails que se repete, pela wwwtrosfera...

No tempo a preto e branco eles governavam, mas também eram deixados governar. O descontentamento quando estava, aguardava, esperava pacientemente, confiava. Hoje perdeu-se a confiança e cada um pega na foice mais à mão. Valioso mas não deixa de condicionar as acções de quem sabe que tem de governar mas precisa de agradar a gregos e troianos. E a Cores :)

Abraço,
T

De bolaseletras a 26.10.2011 às 21:56

Também nós, arraia miúda, mudámos. Mas nós não somos responsáveis por um país. E sim, com o tempo todos queremos passar a ter uma voz, e alguns loucos querem aparecer nas parangonas, nos ministérios, na casa dos segredos. De génios e de loucos todos temos um pouco, mas há quem perca a vergonha e tudo faça olhando só para o seu umbigo. A preto e branco parecia que ainda havia um certo pudor...a cores a vergonha foi-se. Eu sei lá o que é que esta gente procura, mas sei bem que quem nos governa devia vestir fato preto e camisa branca. A ver se lhes voltava o pudor.

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