Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Calma, muita calminha
Lembro-me da sofreguidão que me perseguia na tenra juventude, no afã que me consumia em busca da maturidade. Queria crescer depressa, soltar amarras, ir à aventura sem grilhetas na porta e nos horários. Que jovem não o sonhou, que natureza rebelde não quis partir à conquista do mundo como ser adulto e completo? Tenho mil ideias que julgo boas e que gostava de implantar na cabeça do meu filhote, mas desta não abdico. Hei-de convencê-lo à força da razão, de exemplos passados e presentes que a melhor fase da vida é a da tenra juventude, a da doce irresponsabilidade material. Nada de contas, de mensalidades fixas e crescentes, de PEC´s domésticos, de preocupações com o fim do mês que persegue o fim do ordenado, de empregados mentecaptos, de chefes ignorantes, nada de nada disto. Só disfrutar, aprender, beber sabedoria todos os dias, conhecer miúdas e amigos p´ra vida, errar, sofrer por amores que nunca se esquecerão, rir sem parar, chorar sem razão. Vou-lhe dizer que tem tempo para estupidificar na idade adulta, para ter calma. Com calma, Miguel, com calma.
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1 comentário
De Teresa a 02.04.2012 às 23:38
Contraria a corrente que te diz "o meu filho, com três meses, falava Francês e tocava Piano"

Em vez de estigmas e medos é incutir-lhe a razão. E assumir as idiossincrasias.
Felicidades

Teresa