Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Deixar de fumar também pode matar
Aqueles momentos que se seguem ao turbilhão de sensações, a indecisão de abraçar o parceiro da loucura ou de procurar refúgio num cigarro solitário. A busca da compreensão, a fuga da confusão. Parar e estabilizar, deixar o ritmo cardíaco abraçar a normalidade, devorar golfadas de fumo para lançar no corpo o nevoeiro do mistério que não se quebra, só se adensa. Cada momento que se segue é especial e único porque é sempre a primeira e última vez. Nada permanece, nada se repete, como se “monotonia” fosse uma palavra banida do léxico dos nossos corpos. Não quero que este cigarro se extinga, não quero que deixe de arder.