Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
O génio de Messi, da Adidas e um odor que anda no ar
Lionel Messi subiu a montanha do quase impossível e colocou-se à altura dos inalcançáveis. Como português e admirador de Cristiano Ronaldo deveria tentar argumentar no sentido de não deixar que o último fabuloso recorde de Messi beliscasse CR7 e a sua desesperada perseguição pela bola de ouro. Mas não é fácil, Cristiano. Tudo o que alcançaste deve-se ao teu talento inato, à tua tremenda exigência, a um perfeccionismo quase doentio, a uma capacidade de treino inigualável. Tudo o que Messi alcançou deve-se ao seu talento inato. Sinceramente, creio que ele não precisa de metade da tua exigência com ele próprio, de um décimo da tua busca da perfeição, de 10% da tua capacidade de treino para ser o génio que é. O mérito por teres aliado todas essas forças ao teu talento é inegável e superlativo. O mérito de Messi pelo seu excesso de talento inato pode ser comparável? Não sei, mas creio que o povo e quem vota na tal bola de ouro deixa-se encantar mais pela arte pura do que pela arte a cheirar a suor. É justo? Provavelmente não.
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2 comentários
De Teresa Faria a 11.12.2012 às 22:59
Somos formatados assim desde cedo. Ainda nos tempos de escola, já os meninos super-dotados são enaltecidos e sobejamente mais valorizados do que as mentes menos brilhantes mas extraordinariamente disciplinadas e empenhadas... O que esperavas?...
Lá está... o talento puro deslumbra-nos. Mas a admiração, essa é devida a quem se esforça e se entrega na busca de um sonho.