Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
As costas do tempo
Terça-feira, 29.01.13
O peso do tempo que ocupa os sonhos sobre as mulheres que não temos. O pensamento que divaga nas pernas que passeiam na praia, o olhar que se perde no brilho daquele pedaço de pele, a saudade de cheiros que se perdem nos escolhos do tempo, nas memórias de mulheres que o tempo não apagou. O tempo virou-nos as costas e riu-se dos sonhos que o tempo eternizou.
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4 comentários
De Teresa Faria a 30.01.2013 às 21:26
"É tempo. É tempo de ainda ires a tempo. Tempo de esqueceres as palavras e seres o que as palavras dizem; tempo de esqueceres os poemas e seres o que os poemas são; tempo de esqueceres as promessas e seres o que as palavras demandam. É tempo de seres palavra, poema e promessa. Porque o tempo, se não sabes deverias saber, apenas se mede em suspiros. Há quanto tempo deste o teu último?"
Pedro Chagas Freitas, in Eu sou Deus
Juro que o Pedro não me paga para andar a divulgar a sua obra!
Mas achei que faziam todo o sentido lado a lado estas duas preciosidades - a tua e a dele.
Pedro Chagas Freitas, in Eu sou Deus
Juro que o Pedro não me paga para andar a divulgar a sua obra!
Mas achei que faziam todo o sentido lado a lado estas duas preciosidades - a tua e a dele.
De Teresa Faria a 30.01.2013 às 21:59
Errata: Onde se lê "tempo de esqueceres as promessas e seres o que as palavras demandam", leia-se "tempo de esqueceres as promessas e seres o que as promessas demandam".
As minhas desculpas pelo lapso.
As minhas desculpas pelo lapso.
De bolaseletras a 30.01.2013 às 23:03
Estás desculpada;). Belas palavras, as do Pedro. Tempo de se dar um passo em frente, quando esse não é um passo para o cadafalso. Mas o Pedro deve saber isso.
De Teresa Faria a 30.01.2013 às 23:46
E é justamente por isso que achei que se complementam de forma perfeita.
Duas versões brutais da realidade de todos nós:
O peso do conformismo de "O tempo virou-nos as costas e riu-se dos sonhos que o tempo eternizou" e a leveza de nos aventurarmos, melhor, nos atrevermos a viver aquilo que pensamos e sonhamos.
Dois estados de alma, que julgo patentes em todos nós. Todos vivemos o tempo de nos conformarmos e o tempo de sonharmos. Mais, creio que grande parte do tempo eles andam de mão dada; vivemos divididos entre os dois, numa corda bamba que uns dias balança mais para o lado do racional, do sensato, do seguro, e noutros dias nos atira para a avidez do mergulho no desconhecido, do emocionante - para a vertigem de realizar sonhos e viver a verdade do que pensamos.
Fantástico, o ser humano!
Duas versões brutais da realidade de todos nós:
O peso do conformismo de "O tempo virou-nos as costas e riu-se dos sonhos que o tempo eternizou" e a leveza de nos aventurarmos, melhor, nos atrevermos a viver aquilo que pensamos e sonhamos.
Dois estados de alma, que julgo patentes em todos nós. Todos vivemos o tempo de nos conformarmos e o tempo de sonharmos. Mais, creio que grande parte do tempo eles andam de mão dada; vivemos divididos entre os dois, numa corda bamba que uns dias balança mais para o lado do racional, do sensato, do seguro, e noutros dias nos atira para a avidez do mergulho no desconhecido, do emocionante - para a vertigem de realizar sonhos e viver a verdade do que pensamos.
Fantástico, o ser humano!