Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
A distância na linguagem dos clichés
Terça-feira, 03.01.17
“A distância não a encontramos no espaço que nos separa mas sim no silêncio com que povoamos esse espaço.”
Era capaz de ganhar a vida a inventar clichés quase tão geniais como este. Ou a ter a arrogância de pensar que os clichés com que interpreto a vida podem sequer roçar a genialidade.
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4 comentários
De Teresa Faria a 03.01.2017 às 17:44
Só encontrará distância no silêncio aquele para quem silêncio significa distância.
Poderá ser que ela sinta uma imensa proximidade daquele homem com quem partilha o silêncio e que ele, por sua vez, sinta uma distância aterradora - dela, daquele espaço, daquele tempo, de si mesmo?
A distância não existe noutro lugar que não dentro de cada um.
Ela assumirá a forma que cada um lhe der - tempo, espaço, silêncio, ausência, alheamento,...
Todos os clichés têm um fundo de verdade.
As verdades repetidas por muitos tornam-se clichés.
A genialidade será, talvez, olhar para lá da verdade comum.
_________
Bom ano!
E obrigada pela oportunidade de reflexão.
Poderá ser que ela sinta uma imensa proximidade daquele homem com quem partilha o silêncio e que ele, por sua vez, sinta uma distância aterradora - dela, daquele espaço, daquele tempo, de si mesmo?
A distância não existe noutro lugar que não dentro de cada um.
Ela assumirá a forma que cada um lhe der - tempo, espaço, silêncio, ausência, alheamento,...
Todos os clichés têm um fundo de verdade.
As verdades repetidas por muitos tornam-se clichés.
A genialidade será, talvez, olhar para lá da verdade comum.
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Bom ano!
E obrigada pela oportunidade de reflexão.
De bolaseletras a 03.01.2017 às 20:49
Obrigado eu pela reflexão, Teresa, e pela beleza e profundidade da mesma. Eu sei que se diz que duas pessoas estão em perfeita harmonia quando sabem e conseguem partilhar os seus silêncios sem constrangimentos. Mas o silêncio, que prezo muito, gosto mais de o partilhar comigo do que com os outros. Não sei, acho que a vida é demasiado curta para não se partilhar mais do que silêncios, por mais significativos que eles possam ser.
Obrigado e bom ano!
A.
Obrigado e bom ano!
A.
De Teresa Faria a 03.01.2017 às 21:38
Bem, "não se partilhar mais do que silêncios" também me parece excessivo e possivelmente representativo de distância... 
Encurtemos distâncias nesta vida curta, seja lá de que forma for para cada um. Parece-me uma boa proposta para 2017.
Já tinha saudades de opinar aqui pelo Bolas!
Beijinhos

Encurtemos distâncias nesta vida curta, seja lá de que forma for para cada um. Parece-me uma boa proposta para 2017.
Já tinha saudades de opinar aqui pelo Bolas!
Beijinhos
De bolaseletras a 03.01.2017 às 22:49
Boas propostas para 2017 precisam-se!;-). O Bolas também tinha saudades tuas e da tua sabedoria, volta sempre!
Bjs
A.
Bjs
A.