Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Apesar do mal, teremos sempre Paris
Tenho alguma dificuldade em alinhar um discurso coerente quando as emoções não abrandaram ainda para lume brando. Creio que é humano, embora cada vez menos saiba o que é ser hoje razoavelmente humano. Oiço em silêncio os discursos securitários de experts nisto e naquilo, as promessas de acções e planos infalíveis dos líderes do mundo que passa nas televisões e pergunto-me se ninguém percebeu ainda que massacres como este, com maiores ou menores motivações religiosas ou ideológicas, vão estar sempre ali, na curva, ao espreitar da esquina. O corvo negro que nunca deixará de turvar-nos a esperança paira sobre sobre as nossas incertas existências. Não adianta temê-lo, nao adianta não viver para adiar a sua descida dos céus. Loucos, fanáticos, gente genética ou "ambientalmente" má existirá sempre ao nosso redor. Podemos ter mais ou menos sorte em não nos cruzarmos com esses cruzados do ódio, podemos erguer barreiras, tentar amaciá-los ou educá-los, mas o mal nunca deixará de existir. Ter esta consciência pode ser ainda mais doloroso do que a não ter. A ignorância é uma benção. CONTIGO PARIS!
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5 comentários
De Teresa a 16.11.2015 às 16:45
Quando estive lá duas coisas me chocaram sobre tantas e tão erradas - a indiferência do Francês Franciu (autoctone) para com tudo e todos. Até para com a cidade e o seu modo de vida. E a intimidação e falta de gosto pela mesma cidade por parte de quem não é Francês. Nem quer. E detesta tudo o que aquilo representa. Mas que governa. Que ocupa bairros atrás de bairros tornando qualquer Boulevard numa rua de barracas que só não cai porque os Europeus fazem para durar.
Esta equaçao - francês que não se importa nem impõe + quelqu'un que não se importa mas impõe a sua vontade pareceu-me - até para quem é desligado de politiquices como eu - uma mistura em ebulição pronta a explodir.
Uma daquelas vezes que queria IMENSO não ter razão.
Para resolver - que se pode. DEVE! - involveria muito politicamente incorrecto e atentado às liberdades e garantias de quem está a ganhar.
Não soube do que ocorrera até terminar o movie night (que temos em casa à 6ª f) mas quando voltámos à realidade o meu grande trabalho foi convencer a teenager que estava enganada: "não, não são pessoas que entram com os refugiados." "não filha, se nós dermos condições a que sobrevivam e venham para o nosso País não nos arrependeremos" mais umas horinhas e fiquei sem argumentos para os medos dela.
De bolaseletras a 18.11.2015 às 17:48
Em tempos escrevi que percebia o porquê daqueles narizes altivos dos parisienses - porque tinham a mais bela capital do mundo. Hoje não sei se não os obrigaram a baixar os narizes da pior forma possível;-(.
De Teresa a 18.11.2015 às 22:14
Toda Paris está MINADA de bairros à la Saint Dennis.
O comércio já pouco ou nada está nas mãos do franciu. E eles vão crescendo. E tendo 3, 4, 5 vezes mais filhos.
Tens visto televisão? O que aparece a falar tem pouco de Alain Dellon ou Catherine Deneuve...
E já há muito tempo que fugiram ou desistiram. Não pensaram era que essa mauvaises personnes se conseguissem, ou tivessem capacidade para, organizar como organizaram. O último a sair que apague a Torre Eiffel, s'il vous plaît Dali sairá o Apocalipse para toda a Europa...