Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Créatures de rêve, Paris, 1952, por Robert Doisneau
Sexta-feira, 02.03.18
Tiraram-lhe tudo, esvaziaram-lhe o sentido dos dias, só não lhe mataram as memórias e os sonhos que ainda se permitia. Estranhamente, os sonhos confundiam-se e perdiam-se nos suaves e quentes braços das nebulosas da memória. Os objetos oníricos que não lhe abandonavam o corpo, os sentidos e o espírito não partiam rumo ao futuro, tal a força com que se ancoravam no seu passado. Sonhar era regressar ao passado. Viver seria abdicar do passado?