Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Enquanto isso, no Parlamento russo...
Apetecia-me escrever sobre o estado da Nação mas o bom senso, a decência e o facto de não gostar de chover no molhado impedem-me de gastar mais alguns chavões incrédulos e pré-revolucionários. É certo que nem tudo é fastio, nem todas as historietas são cinzentas e aborrecidas, basta recordar as últimas tropelias de banqueiros com estratagemas de larápios e com conceitos de ética profissional semelhantes aos que o Mozer e o Fernando Couto punham em campo quando por lá se cruzavam. Podia estar aqui horas, dias, até mesmo anos a perorar sobre as alarvidades que se dizem, se fazem e se omitem na nobre arte de administrar a coisa pública, mas hoje é sexta-feira e nem eu nem vocês merecemos esse exercício de flagelação própria e alheia. Aliás, se todos focássemos as nossas preocupações no que realmente interessa, teríamos uma postura perante a política, a alta finança e os altos desígnios da nação ao nível do comportamento dos deputados do Parlamento russo, que colocam num altar a harmonia das relações parlamentares em detrimento da chicana política.