Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Novidades sobre a minha paixão pelo Carnaval...
Em contraste com o optimista e cor de rosa post de ontem, relembro que nesse maravilhoso e solarengo dia de Carnaval, depois de enfrentar o trânsito nulo, de largar os miúdos numa escola semi-vazia, decidi ir almoçar a terras de Moscavide para afastar o pensamento de que a troika conseguiu um feito extraordinário: fazer com que no dia de Carnaval trabalhem os funcionários públicos da administração central - aqueles que não faltaram, que não ficaram convenientemente engripados ou que não meteram férias. O que isso contribui para a produtividade e para o PIB nacional não interessa nada, mas lá que se moralizou esse bando de bandalhos como eu ai isso moralizou. Depois de uma belíssima vitela estufada acompanhada de uma geladérrima imperial (ai estes sacanas, continuam a gastar à tripa forra!) decidi ir fazer arte e tirar a maravilhosa fotografia que encima este post, reveladora do contraste entre o novo e o antigo, entre a Lisboa moderna e a Loures de um passado que queremos para sempre escorraçar (ai estes madraços, que em vez de devorarem um papo seco com manteiga à frente do PC para pouparem tempo e dinheiro ainda se põem a passear à hora de almoço).
Moral da história? Logo a seguir à captura deste quadro real, intemporal e inesquecível, senti o bolso do meu estimado casaco prender no corrimão da escada que conduz à passagem de Loures para Lisboa, com o triste e consequente rasgar de boa parte da bombazina que me cobria o pelo. Confirmo horrorizado o pior cenário e profiro as libertadoras palavras: “Ó Angela, se te fosses é %&#$%%#”&%!”