Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
O mundo é um lugar estranho - olhar sem ver
Conheço demasiada gente que se recusa a ver os sinais, que olha sempre na direção onde não se encontra a verdade, que se debruça apenas sobre as perspectivas confortáveis e isentas da mínima possibilidade de conflito. Também por isso, cada vez menos me surpreendo quando me anunciam aquelas grandes hecatombes, como divórcios, separações, saídas de casa sem pré-aviso ou, num campo profissional, uma avença que se perdeu, um emprego que se esfumou ou um contrato que foi à viola. O conforto de virar a cara à luta deveria ser, à nascença, considerado contranatura. Por luta entendo o debate de ideias, a busca da melhor forma de esbater diferenças, a assunção de compromissos que permitam que o conjunto funcione melhor do que as partes. Recusar esse saudável combate é fazer do mundo um lugar ainda mais estranho.
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6 comentários
De Teresa a 28.05.2014 às 21:38

De bolaseletras a 28.05.2014 às 22:26
De Teresa Faria a 29.05.2014 às 20:42
Parece-me que apontas na direcção certa, mas penso que tens de ir ainda mais fundo. Sugeres que se olhe para dentro do conjunto; eu digo-te que tem de se ir mais longe e olhar para dentro da parte – É lá que encontras a verdade.
Continuamos a querer que o conjunto que funcione “melhor”, sem nos preocuparmos se as partes, por si só, funcionam bem… Ora o conjunto é o somatório das partes… Estás a ver o problema?
Olha lá melhor para a coisa... No que toca a gerir conflitos dentro do conjunto somos nós mestres: a culpa é do outro! Easy...
O nosso medo não é perceber o que vai mal no conjunto e entrar em conflito com o(s) outro(s)! O verdadeiro medo é que isso pode trazer à tona o que vai mal cá dentro e entrar em conflito connosco mesmos! Porque quando descobrimos a nossa verdade… percebemos que já não nos chega sobreviver (ou sub-viver). E lá vêm as hecatombes…
Quanto a isso de tentarmos esbater as diferenças, creio que é muitas vezes o mal dos nossos pecados. É na diferença que está a riqueza! Esbatê-la é esbater as partes, e elas são muito mais bonitas no seu estado natural: nítidas e vibrantes! A questão é sabermos rodear-nos das diferenças que nos enriquecem e apreciam as nossas diferenças, e não das que nos “esbatem”.
Sou fã da estranheza do mundo.

(Mais um comentário maior que o post… sorry, entras em áreas que me fascinam, está o caldo entornado!

De bolaseletras a 30.05.2014 às 10:20
De Teresa Faria a 31.05.2014 às 11:43


De alarves e de sensíveis todos temos um pouco!


Bom fim de semana!
De bolaseletras a 01.06.2014 às 12:15
Bom fim de semana!