Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Portugal 0 - Áustria 0
Sim, tínhamos que ter ganho. Sim, se não ganhamos à Áustria, à Islândia ou à Hungria merecemos tanto ganhar o europeu como um cão fofinho merece uma infestação de pulgas. Porque acontece isto se temos o melhor do mundo e mais uma mão cheia de vedetas? Porque somos a equipa com uma ratio de mais oportunidade/menos golos? Porque não há nenhuma selecção que se tenha apresentado neste europeu com um único ponta de lança, sendo que esse único ainda acumula a exclusividade com o facto de ser médio menos. Não há mais? O André Silva é verdinho, sim, e o Hugo Vieira foi o melhor marcador da Sérvia, campeonato mediano, sim, tudo isso é verdade. Mas era mesmo preciso levarmos ao europeu meia dúzia de médios centros semelhantes para 3 posições? Não podíamos ter as vistas um pouco mais largas, mister? Quanto ao Ronaldo, meus amigos, já o digo há muito e o Ricardo Costa explora a ideia hoje no Expresso. Os seus colegas na selecção não são os do Real Madrid ou os do Manchester United dos tempos áureos, pelo que não esperem que ele sozinho faça todos os milagres. Ainda assim, Cristiano, do lado direito do ataque deixa lá ser o Raphael a marcar os livres. Está difícil, está, mas vocês podem dar umas alegrias à malta, mesmo não sendo os 23 melhores do mundo, são os nossos 23! Bora lá, cambada!