Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Portugal 3 - Hungria 3
Portugal confunde-se cada vez mais com Cristiano Ronaldo. Confunde-se a parte boa, a de uma assistência perfeita, de dois golos salvadores - um deles de antologia - e um microfone a gritar ao vento que quem não se sente não é filho de boa gente. A parte má da selecção é em boa parte responsabilidade de Fernando Santos, chego hoje a essa conclusão depois de muitos benefícios da dúvida. Moutinho e André Gomes têm, no seu actual estado de forma, bem melhor sentado no banco a vê-los jogar. Os dois laterais foram abaixo do mediano, a defesa vacilou demasiado e, mais do que tudo, esta equipa sofre por não ter fio de jogo, por pressionar mal e de forma desorganizada. CR7 leva a equipa ao colo, com a ajuda de alguns bons jogadores (Nani, Quaresma, João Mário e Pepe hoje), mas isto é pouco, muito pouco para um discurso tão ambicioso, Sr. Engenheiro. Sinto que a equipa pode render mais mas desconfia de si própria, provavelmente da sua estratégia de jogo. A equipa daqui para a frente tem que melhorar, mas para isso o nosso treinador tem que saber o que fazer e quem meter em jogo para permitir essa subida de forma e melhoria de jogo. Veja lá isso, Sr. Engenheiro.