Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Que o espírito Viking nos abençoe, rapazes!
Se há algo de muito positivo a apontar neste campeonato da Europa é exactamente aquilo que muitos insistiram em criticar à partida: o alargamento para 24 equipas e tudo o que essas supostas “pequenas” equipas ofereceram à competição. À cabeça, na fria análise resultadista, há que destacar o País de Gales que na sua primeira participação atingiu as meias-finais da competição. Do meu lado espera-se obviamente que esse grande feito fique por aí, uma vez que anseio que a nossa selecção, a minha selecção, a minha equipa, aqueles que me representam e que apoio incondicionalmente vençam hoje a armada de Gales e passem à final. Mas isso é uma conversa para ter a partir de amanhã…
Depois, há a Islândia, a equipa e o país de quem todos falam, pois mesmo tão pequena, tão gelada, tão sem condições naturais para produzir bons praticantes de futebol, soube ultrapassar as contrariedades com a garra, o espírito guerreiro/Viking e, sobretudo, que pelo exemplo dos seus adeptos soube mostrar ao mundo que o amor por uma selecção deve ser absoluto, incondicional, imune a derrotas e a dias menos bons. Além disso, os jogadores islandeses mostraram-nos que é possível jogar com alegria, com sorrisos rasgados, com a certeza de que o que estavam a fazer era pelo seu país e pela alegria e orgulho dos seus conterrâneos. Esse foi o grande exemplo da Islândia, ensinar ao mundo que o mais belo do futebol são os laços, o sentimento de pertença, colocar no altar o sentimento em detrimento da frieza dos números. Amanhã, se Gales contrariar os meus e os nossos desejos, que saibamos, meus caros concidadãos, agradecer o que a nossa equipa nos fez vibrar, sonhar e sentir. Não esqueçam a emoção do nosso capitão nos penalties contra a Polónia, não esqueçam a alegria e energia contagiante do jovem Renato, o orgulho de José Fonte por finalmente ter um papel de destaque com a camisola de todos nós, não esqueçam o muro Pepe que lutou contra tudo e contra todos para nos fazer felizes, não esqueçam todos estes rapazes que, melhor ou pior, envergaram com paixão a camisola de todos nós. Força rapazes, sempre convosco!
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2 comentários
De mais um olivalense a 06.07.2016 às 14:44
De resto, é isso tudo.
Dêem o vosso melhor, rapazes.
E que a nossa resposta ao vosso melhor seja o nosso melhor.