Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Quem guarda os nossos guardas?
Os 18 (18!!!) agentes de uma esquadra da PSP de Alfragide, todos os agentes dessa esquadra (todos!!!) foram acusados pelo Ministério Público, entre outros crimes, pela prática de crimes de tortura e racismo contra alguns jovens de etnia africana. Independentemente da punição exemplar, disciplinar e criminal, que venha a ser aplicada a estes elementos - caso as acusações venham a provar-se em sede de julgamento, claro está - é preciso, por uma vez, irmos mais longe. Quem, como, com que critérios são recrutados os agentes de autoridade que confiamos defenderão as nossas vidas e bens e a segurança dos nossos filhos? Estes 18 agentes de autoridade (custa tanto escrever isto, considerar que esta gente é agente de alguma coisa, quanto mais de autoridade) são sujeitos a que provas que comprovem a sua honorabilidade, humanidade, educação, etc. e tal, para o exercício de uma das missões mais nobres do Estado? Ou importará apenas a sua destreza física e conhecimentos técnicos? Quem são os responsáveis máximos por validar os critérios e regras que regulam o recrutamento desta gente? Quem permitiu esta desbunda total? Por uma vez, foquemo-nos nas questões por trás das questões imediatas e retiremos consequências sérias de mais uma vergonha nacional. O que é demais é demais.
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17 comentários
De Marta Elle a 11.07.2017 às 18:47
Imagina que eras tu um desses agentes. Chegavas àquele sítio e do nada insultavam-te ou agrediam-te só porque eras polícia. E no dia seguinte mais do mesmo, e no outro...um dia a tampa salta.
Depois, também creio que enviam os menos experientes para os sítios mais difíceis.
De bolaseletras a 11.07.2017 às 20:14
De O ultimo fecha a porta a 11.07.2017 às 23:12
De bolaseletras a 12.07.2017 às 09:57
De jabeiteslp a 12.07.2017 às 14:09
vejo que acreditas no Pai Natal e nas Botinhas
da Geringonça... Pfiiiiiiiiiiiuuuuuu pivete
De Anónimo a 12.07.2017 às 10:03
De Markinho a 12.07.2017 às 11:36
De Como? a 12.07.2017 às 14:28
De Anónimo a 12.07.2017 às 15:33
De Anónimo a 12.07.2017 às 11:47
ASSIM ... SÓ SE PERDERAM AS QUE CAÍRAM NO CHÃO. PARABÉNS A TODOS OS AGENTES DE AUTORIDADE DESTE PAÍS E OBRIGADA POR EXISTIREM!
De s o s a 12.07.2017 às 12:48
Nem é preciso gastar palavras para o obvio : os policias lidam com gentinha, nao é vida facil para tantos policias.
Mas do que estamos a falar, como aconteceu em tantos casos e no caso que foram ao ponto de cortar a cabeça a um prisioneiro na esquadra, e fizeram-na desaparecer !!!, , é de arbitrariedades, prepotencia, uso ilegal de força, o MP diz mesmo tortura.
Basta isto : alteraram, cometeram fraude nos inqueritos, coisa normal praticada , no caso pelos policias, mas em todas as classes, grupos.
Deixo esta pergunta : precisamente a adulteraçao dos inqueritos foi para se safarem, oou faz parte do esquema habitual para em sede de tribunal, escaparem ?
De Como? a 12.07.2017 às 14:27
De OLP a 12.07.2017 às 19:47
De Marco Antunes a 12.07.2017 às 13:00
A ser assim temos 18 policias com conduta imprória e uns quantos santinhos que nada fizeram e foram mártires.
Desculpem, mas não cola.
De Como? a 12.07.2017 às 14:30
De Teresa a 12.07.2017 às 13:55
Todos nós!?!?!?!
Na educação de cada um. Dos guardas e dos civis.
Uma educação que vá da gestão do conflito mais básico - como em criança aprender a dizer não quando é não, mesmo que isso o transforme em "mariquinhas" - até ao mais avançado nível que é vetar todos aqueles que provocam, empolam etc - com, e por, palavras, actos e/ou omissões - todas as situações que nos tornam em bestas quadradas.
Na educação desenvolve-se a empatia. Pelo outro. Essa empatia vai fazer sentir que, em momentos de conflito, nada justifique que esmagues a cabeça de outro ser com a bota ou o bastão.
Essa empatia vai fazer entender que os que zelam pela tua segurança não merecem ser apedrejados quando em ronda nem ser emboscados para que o teu maior número e o factor supresa os apanhe desprevenidos e te dê a vantajem que achas que te dará a vitória.
Sei lá quem guarda a guarda.
Deveríamos ser todos nós.
Até a CS, que se delicia em lançar debates para o quais se está, verdadeiramente, marimbando.
Se formos sinceros vende ser contra os que representam a autoridade. Não vês casos do anónimo tanto tempo (se é que chegas a ver) em antena como vês de uma "autoridade": professor, polícia, padre, advogado, banqueiro, figura pública... tudo para, ridiculamente, provar que todos somos o "outro". Quando não somos. Quando não podemos ser...
Sei lá...