Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Se o Adolfo tinha tantos projectos, porque é que eu não os posso ter?
Há fases da nossa vida em que estamos constantemente a comprometermo-nos com novos projectos externos ou internos, significando estes últimos decisões que tomamos quanto ao que vamos fazer com a nossa vida, o nosso tempo, com a forma como melhor ou pior o ocupamos. Depois, há uma fase muito concreta, que é aquela por onde tenho andado (crianças, crianças que nos sugam até ao tutano e a que não resistimos entregar o melhor dos nossos minutos, horas, dias e anos), em que o tempo e a disponibilidade mental para abraçar novos projectos realmente escasseia mas, porque queremos sentir-nos vivos, não deixamos de o tentar. É por isso, com uma grande dose de irrealismo e optimismo, que partilho a minha decisão de voltar com afinco à leitura, mas agora direccionada para uma área muito específica. A história, mais especificamente a história e as estórias que antecederam e originaram a I Guerra Mundial. Depois, tomado o balanço para o mergulho nas trincheiras da loucura humana, dar o salto para I Guerra Mundial propriamente dita, pulando sem hesitar para o período entre as duas grandes guerras e, qual jovem que sonha em perder a vida pela pátria arriscar tudo e entrar na alucinada chacina da II Guerra Mundial. Caso sobreviva a tudo isto, partirei então para o pós guerra, a guerra fria e sabe-se lá mais o quê. Como isto me parece um projecto de anos virei aqui dar nota dos progressos efetuados. Porquê este interesse, agora? Sempre existiu, sempre fui lendo e pesquisando sobre o antes, o durante e o pós-guerras, mas nunca de uma forma contínua. Há muito que acredito que a história e as guerras que a fizeram mostram o porquê do que hoje somos, porque é no mal que os homens fizeram a si mesmos que nos arriscamos a encontrar a semente do que temos que mudar em nós e no mundo. Não percam os próximos capítulos, poderão demorar mas um dia hão-de chegar!