Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
A silly season está aí!!!
Que saudades da silly season! Revistas cor de rosa, corpos embeiçados em bronzeadores a tresandar a óleos de coco e afins, o Bolas a aparvalhar e a dar um miminho às suas fiéis seguidoras fazendo com que as moças surjam acompanhadas pelos moços, a apostar tudo em moças a fazer poses ao lado de Vespas. These are the days! Enjoy!
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Modo de verão: cérebro desligado/voyeur
Sejamos sinceros, curtos e grossos. Ninguém no seu perfeito juízo quer queimar as pestanas em pleno verão, refletir sobre as causas das coisas ou sofrer com a decadência da nação. O estado natural das meninges atingidas pelo torpor do astro rei é o de voyeur, toda a prioridade do corpo e da mente incide na mera contemplação. A poucos dias das merecidas férias o Bolas entrega-se nos braços do dolce fare niente, arma-se com a câmara a tiracolo e assume a posição de voyeur. As palavras passarão a escassear, as imagens de ninfas ao sol salpicadas pelo mar tomarão as rédeas desta tasca com o cérebro amolecido pelo calor. Quem alinha disfrute, quem não gosta meta férias do blog. Começo pela jovem modelo Rafaella Consentino, jovem prendada e dada aos prazeres de verão, que não deixa mentir todos aqueles que defendem que uma imagem vale mais que mil palavras.
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Com a benção de D. Eva e de S. Patrício!
A Eva Herzigova está presa aos seus desejos ou aos seus pecados, de mãos atadas mas com a raiva e o espírito não domados. Eu estou preso a múltiplos projetos e trabalhos em paralelo, sem tempo para postar, mas com algumas partes de mim ainda não domadas. O blog resiste e não morrerá, minhas amigas e meus amigos, as correntes que nos prendem à realidade não matarão os sonhos e a vontade de escrever, dizer baboseiras e afins! Como diz o nosso grande São Patrício nas horas difíceis, agora é levantar a cabeça, vamos a eles pessoal!
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O mar, sempre o mar
Summer Cruising in the South Seas, por Wallis Mackay, 1874
E quase sem se dar por ela chegam as férias. Três semanas de mar e sol, muita brincadeira e trabalheira com crianças esfaimadas de mar, mar e mar, muita vontade e pouca certeza de conseguir pôr para trás das costas o trabalho, o tanto que se fez e o mais que fica por fazer. Nadar, mergulhar, nadar, mergulhar, o brilho da água salgada mesclada pelo sol, o calor que me faz voltar ao mar, voltar sempre, como se tivesse cinco anos e nunca cessasse de ir em busca do primeiro mergulho. Não sei com que frequência virei aqui ao blog, não sei se me vai fazer falta ou nem por isso. Sei que voltarei sempre a ele, como voltarei sempre ao mar. Sejam felizes, até já.
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Verão e mais Verão - porque sim. E porque não?
Este é já um clássico aqui da tasca. Todos os anos, aproximando-se a época do sol em todo o seu esplendor, aquela em que o seu abraço docemente viciante mergulha no mar e no sal, começam os posts sobre praia, mar e, até parecia mal não o ser, sobre magníficas e sabiamente desnudas moças. É verdade, é preciso muita sabedoria para que um corpo se liberte das vestes com gosto, em harmonia com o azul do céu e em guerra aberta contra o cinzento dos dias que ficaram lá trás. Essa sabedoria resulta depois numa tímida e desafiante entrega ao mundo como só este o viu nascer – o corpo, a mulher no molde original - ou, de uma forma um pouco mais condizente com os tempos modernos, modestamente coberto por uma tira aqui e acoli, habitualmente intitulada de biquini ou afins. Não é por nenhuma razão especial que este fenómeno estival se repete invariavelmente. É porque eu preciso disto enquanto não mergulho eu no mar e na areia, é porque todos nós precisamos de contemplar a beleza nua e crua, de não pensar, de nos entregarmos à lassidão do calor, ao inocente pecado que nele se adivinha, à preguiça original e sem mácula. É tudo isto e nada disto, mas isso pouco importa pois o sol tarda em se deitar.
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Um ganda Natal para todos nós e um 2016 ainda mais à grande!!!
Fotografia por Raymond Depardon, Santiago do Chile, 1971
Amanhã arranco de férias para o sul e supostamente deveria vir aqui dar-vos as Boas Festas e afins e avisar que o blog hibernará durante uma semana. As Boas Festas mantêm-se, de alma e coração, mas a hibernação provavelmente não ocorrerá. Porque é nas férias que o meu cérebro por vezes tem tempo para desenvolver um bocadinho mais ou, simplesmente, porque postar uma simples fotografia é mais férias do que trabalho. O Bolas e Letras é uma pausa no turbilhão da vida, das azáfamas laborais e pessoais, um rasgo de silêncio por entre a barulheira de petizes excitados, felizes ou birrentos. Qualquer destes estados conduz à doce chinfrineira, pelo que o barulho é garantido e as pequenas pausas Kit Kat que o Bolas me concede uma bênção. Por isso tudo e mais ainda, um até já, um Santo Natal para todos e um 2016 ainda mais fantástico do que esperávamos, agora que comprámos um banco para todos nós.
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Obrigado Sapo, até já Sara
Sinto que atingi um qualquer zénite que não sei bem definir. Quando o Sapo distingue o meu post de ontem sobre o Mourinho ao lado da foto da special one Sara Sampaio não há muito mais a fazer nesta vida, estará quase tudo feito. Faltará apenas a Sara reparar e combinarmos o tal café numa esplanada com vista para o rio. Depois o resto logo vemos, Sara, não nos precipitemos. Se já esperámos tantos anos não vale a pena ir agora com toda a sede ao pote. Até já, Sara, não ligues muito tarde que eu sou moço que se deita cedo.
p.s. – Obrigado Sapo, ganda prenda de Natal!;-).
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Café da manhã
Adrenalina ritual pausa despertar contemplar abstrair cheiro sabor doce forte manhãs. Noites mal dormidas, sonhos adiados, fuga ao silêncio. Olhar-te nos olhos escondido na chávena que sorvo, fio condutor de prometedoras conversas, desbloqueador de silêncios incómodos. Energia sem a qual tudo esmorece. Tesão. Sangue a palpitar. Ir além do que o corpo permite e a mente concede. Vigor. Sentir mais força do que a que realmente se tem. Negar a entrega. Dominar o jogo. Café. Quente e grátis, como se quer. A partir de hoje. Aqui. No Bolas e Letras. Todos os dias, ou dia sim, dia não, ou quando um homem quiser, ou quando houver tempo para o sorver, ou simplesmente quando os teus olhos encontrarem os meus. A solo ou demolhado em frases supostamente inspiradoras. Acompanhado de uma torrada barrada com enfadonhas banalidades ou abandonado à sua sorte. Café da manhã, a partir de hoje, aqui, no Bolas e Letras.
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É oficial, o sul está já ali!
É oficial! As férias estão a chegar e o Bolas vai a banhos, contemplar o nada, correr atrás de crianças e evitar afogamentos precoces. Não digo que nas próximas 3 semanas o silêncio se instale aqui pela tasca, mas a coisa vai acalmar. Eu preciso de descanso da torrente criativa bloguística, vocês precisam de descanso de mim. Enquanto as trutas desaguam pelas bandas de Alvalade, vou tentar limpar a mente e o espírito por entre grãos de areia e minis fresquinhas. Fiquem bem, minhas queridas amigas e amigos, até já!
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Pausa para...mudança de casa, de ares, de vista, para o regresso aos meus Olivais! Até já!