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O Braga de parabéns e o André nas bocas do mundo

Segunda-feira, 23.05.16

  

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O Braga mereceu levar a Taça de Portugal para a cidade dos arcebispos porque jogou melhor, porque soube manter a fé e a coragem depois de ter recebido dois golpes do destino que indiciavam que a derrota do ano passado se iria repetir. Saber contrariar as ironias do destino é uma qualidade que cai bem aos vencedores. Mais que tudo, o Braga merece este troféu porque há alguns anos que busca com sucesso a sua afirmação como grande e estável equipa do futebol nacional, coisa que como sabemos não é fácil fazer, num mundinho onde imperam invariavelmente os 3 grandes de sempre.

 

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Este jogo teve também a curiosidade de recuperar muita da parolice e do maldizer lusitano no que respeita à sua relação com a seleção nacional. Eu próprio, depois de ver o fantástico segundo golo de André Silva no jogo, com um pontapé de bicicleta VanBasteano, me perguntei se Fernando Santos poderia, com argumentos sobejamente justificados perante tal momento de génio do jovem dragão, revogar com efeitos retroactivos e definitivos a convocatória de Éder para a selecção em troca do miúdo André. Pensei nisto não pensando que antes desse momento o talentoso rapaz nada provara para além do seu enorme potencial, nada mostrara (para além dos golos na equipa B do Dragão) que justificassem essa aposta corajosa mas arriscada, sobretudo quando falamos de um jogador sem qualquer tipo de rotinas na equipa principal das quinas. A ponderação é já uma qualidade rara nas cabecinhas dos pensadores lusitanos, mas a coisa piora a olhos vistos quando da nossa selecção se trata. Gostei muito do futebol (não só do golo) do André, mas há que haver calma, senhores. Por outro lado, poderá haver quem diga que quem não arrisca não petisca. Eu, percebendo à distância as opções de Fernando Santos, em nome da estabilidade do grupo e da lógica das coisas, poucas dúvidas tenho que, sobretudo depois deste jogo, poucos deixariam de louvar o nosso Engenheiro das quinas se este tivesse ousado sem olhar para o lado. Ainda olhando por outro ângulo, será que ao levar Éder à selecção, um ponta de lança com um registo de prestações e de golos com a camisola das quinas muito perto do nulo, será que essa não pode ser também considerada uma opção ousada de Fernando Santos? Será que essa confiança depositada no jogador não poderá abaná-lo, convidá-lo à superação? Esperança, portugueses, esperança!

 

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publicado por bolaseletras às 10:07

Sporting 3 - Braga 2

Domingo, 10.01.16

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Um dos grandes méritos desta equipa leonina passa por, ao contrário do que se passou nos últimos anos, ter força e confiança para puxar pelos adeptos, nunca desistindo, acreditando sempre no seu valor e no objectivo final a que se propõe - a vitória. Hoje é justo centrar o mérito naquele que está para lá dos jogadores, que os estimula, lhes reforça a capacidade mental e os organiza em campo. Falo de Jorge Jesus, o nosso mister que antes do jogo entoa os cânticos da ponta sul, que no final do jogo vibra e explode como um adepto. Foi ele que soube que era o momento para pôr em campo Gelson para implodir o jogo, foi ele que soube ver que Montero tinha condições anímicas para inventar aquele segundo golo. Esta é uma equipa de sportinguistas, desde o Paulinho ao Presidente, passando por JJ e pelos jogadores e assim tudo é possivel, mesmo quando o impossível está à espreita. Parabéns rapazes, obrigado por mais esta extraordinária vitória. A jogar e a acreditar assim, a glória está já ali!

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publicado por bolaseletras às 20:52

Braga 4 - Sporting 3

Quinta-feira, 17.12.15

  

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Grande jogo de futebol ontem à noite na pedreira de Braga, o melhor da época em Portugal até agora. Parabéns ao Braga que por este jogo merece a taça. Digo-o sem queixas nem lamúrias, porque um espectáculo destes tem que fazer esquecer tudo o que de menos brilhante se passou. Os guardas redes falham defesas, os avançados golos, os árbitros, como os jogadores, também são humanos. Ganhou o Braga, ganhou o futebol. Isto também é ser Sporting. 

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publicado por bolaseletras às 10:10

Sporting 2 - Braga 1

Sábado, 01.03.14

 

O Sporting, não obstante ser o melhor clube do mundo, não deixa de ser uma tragédia grega. O primeiro golo, provocado por uma torrente de peripécias peripatéticas, iniciadas por uma falha numa saída a um cruzamento de Patrício que permitiu ao bracarense Rafa rematar para uma baliza deserta, que heroicamente Cédric conseguiu desviar para o poste. Num clube sem a constante sombra da espada da tragédia o lance acabaria com um suspiro e um agradecimento a Cédric e à sorte que conduziu a bola ao poste. No Sporting a cena terminou com a desesperada corrida de Patrício de regresso à baliza, cruzando-se inesperadamente com a bola que lhe batendo no pé, rechaçou novamente no poste, ou melhor, no lado errado do mesmo, o que a conduziu inapelavelmente para a amaldiçoada baliza. Depois disso, a desesperança por ver a falta de intensidade de Magrão, a falta de “peso” de André Martins e a aparente desinspiração de Slimani. Olhando para as duas equipas, comparando jogador a jogador, desconfia-se que talvez o Braga não seja inferior a este Sporting. Felizmente, o futebol não é só toque de bola, velocidade, remates certeiros ou capacidade física. A impulsionar tudo isso a alma é essencial, e essa vê-se nos dentes cerrados e na faca da liga de Maurício e de Rojo, na garra tecnicista e destemida de Carlos Mané, no expulsar de demónios de Jefferson naquele penalty cheio de nervos e na crença, a última a morrer, do grande Islam Slimani! Obrigado rapazes, por nos darem tanta alma, por não desistirem dos vossos e dos nossos sonhos!

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publicado por bolaseletras às 22:40

O sol de Peseiro

Domingo, 14.04.13

 

 

Num fim-de-semana em que o sol regressou em força, a modorra invadiu-me e afastou-me das lides bloguísticas. Para aqueles que torcem o nariz aos que apontam o malévolo astro rei como uma das principais causas da baixa produtividade lusa, aqui estou eu a lembrar-lhes que não são os donos da razão. Ainda assim, não queria deixar de assinalar, para memória futura, o regresso aos títulos do Braga e a justiça que foi feita a José pé frio Peseiro. Há pessoas que se habituaram a ter como tecto nuvens negras, Peseiro foi um deles mas nunca verdadeiramente o mereceu. Digo isto porque foi ele o treinador que nos últimos anos pôs o Sporting a jogar realmente à Sporting, isto é, futebol ofensivo, espectacular e ambicioso. Parabéns ao Braga e a Peseiro, que o futebol português bem precisa de lufadas de ar fresco.

 

Quanto ao F.C. Porto apenas sublinhar o que já tantas vezes disse: um clube da estirpe portista não pode deixar-se conduzir por um treinador mediano, um fraco condutor de homens e, qual cereja no topo do bolo, um homem sempre acossado por moinhos de vento. O Benfica tem em Jesus um líder ainda mais boçal e indelicado para os adversários e jornalistas, mas tudo isso se esvai na qualidade técnica de Jorge Jesus. Em Vítor Pereira pouco se aproveita, serão raras ou nenhumas as qualidades que prendem o homem ao lugar. Aliás, os arames que o seguram sabemos bem quais são, a teimosia de Pinto da Costa e a sua famosa obstinação na recusa em aceitar que errou. E era isto, que os efeitos do sol não permitem mais.

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publicado por bolaseletras às 21:12

Sporting 1 - Braga 0

Domingo, 11.11.12

 

 

Um grande clube sabe quais são os momentos em que não pode deixar de ser grande e de se superar. Os nossos jogadores encarnaram bem o seu papel, souberam honrar a camisola, sofrer até ao limite, souberam merecer a sorte. Patrício arrisca-se a bater o recorde de milagres de uma época, Wolfs afia as garras de confiança, Elias melhora com a insistência nele, Xandão supera-se com um pano a impedir-lhe o cérebro de divagar, Eric Dier sublinha o que deve ser o cerne do Sporting: jovens cheios de garra, personalidade e muita qualidade. Vercauteren está a saber mexer com a equipa anímica e tacticamente. Força Sporting, parabéns rapazes!

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publicado por bolaseletras às 22:25

Até quando?

Terça-feira, 23.10.12

 

 

Nas Antas já não mora Hulk mas ainda por lá andam a fazer truques de magia James, Jackson Martinez, Moutinho e Lucho. Na Luz, depois da debandada de Javi Garcia e Witsel restam um Aimar em pré-reforma, um Cardozo envelhecido, um Rodrigo ainda demasiado tenro e agora um Lima em idade de regredir e não de melhorar. Em Alvalade já pouco resta para além de uma Direcção patética e errante e de doses cavalares de falta de bom senso. Para os lados do Bom Jesus vivem os guerreiros, uma equipa matreira e perita no contra ataque que vai fazendo umas gracinhas mas sem estaleca para os tão desejados títulos. No futebol como no resto o país definha por falta de dinheiro, de estratégia, de líderes sabedores e inspiradores. Restam o Porto e Pinto da Costa. Até quando?

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publicado por bolaseletras às 23:20

A história esquecida e o pé frio do costume

Quarta-feira, 19.09.12

 

 

A imagem dos jogadores e do treinador do Benfica esfusiantes por um empate contra um Celtic fraquinho é bem demonstrativa do desconhecimento que estes rapazes e este senhor parecem ter da história e dos pergaminhos do Benfica. Entrar em jogo com uma equipa remendada devido à má política de contratações (defesa direito) e à venda tardia de dois bastiões da equipa (Witsel e Javi Garcia) é quase mais grave do que deixar o melhor avançado no banco (Cardoso). O Benfica entregou-se a um treinador manhoso e isso devolverá o Benfica aos feitos dos últimos anos, isto é, à míngua de títulos. Não é que isso me chateie muito, mas custa-me que em Portugal sejamos peritos a destruir tudo o que tem condições objectivas para vencer (o clube com mais adeptos é o clube que pior vende e compra). Quanto ao Braga perdeu-se na soberba dos pequenos que se julgam grandes e no pé frio do eternamente azarado Peseiro. Presunção, azar e falta de artes gestionárias, nada a que o futebol português não esteja habituado.

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publicado por bolaseletras às 22:32

PARABÉNS BRAGA!

Quarta-feira, 29.08.12

 

 

O penalty de Ruben Micael é daqueles momentos que caracterizam o futebol, isto é, no futebol um segundo, um momento, um gesto, é a ténue fronteira entre a glória ou o fracasso. Por vezes a justiça impera, por vezes a injustiça do mundo abate-se sobre as coisas da bola. Ontem a justiça visitou Udine, abraçou um treinador que privilegia o bom futebol mas que até ora caminhara com nuvens negras sobre a cabeça, ontem em Udine o inacreditável labor e capacidade gestionária de António Salvador voltou a brilhar, ontem um punhado de grandíssimos jogadores esquecidos pelos clássicos 3 grandes do futebol português riram-se do desdém a que estes o votaram (estou-me a lembrar de Hugo Viana, Custódio, Beto, Mossoró, Lima, etc.). Parabéns Braga, parabéns intrépidos guerreiros!!!

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publicado por bolaseletras às 15:19

E o Porto é campeão

Domingo, 29.04.12

 

Fotografia do site MaisFutebol

 

Adoro frases Lapalicianas, portanto, para fazer jus a essa adoração, afirmo convictamente que o Porto foi um justo campeão porque foi a equipa que conquistou mais pontos. Mas este foi sem dúvida um campeão estranho. Porque o Porto, apesar de alguma consistência na sua competência, foi demasiado modesto na qualidade das suas exibições e no seu entusiasmo exibicional, mesmo quando estava à beira do título, como ontem contra o Marítimo se pôde confirmar. Também porque o Sporting, apesar de ter equipa para dar muito mais luta aos restantes contendores, como as suas exibições na Liga Europa demonstraram, optou por enredar-se nas suas dúvidas e tibiezas, abandonando assim demasiado cedo a luta pelo título. Foi estranho este campeonato também porque viu nascer um Bragão que se colocou em posição de ser candidato, mas cujos dirigentes, equipa técnica e jogadores, afogados no discurso da excessiva humildade, auto-limitaram-se nas suas ambições dizendo assim adeus a um título que pedia mais coragem e peito feito. E estranho foi também este Benfica, indubitavelmente com o plantel mais forte, mas incapaz de se afirmar no final da época, estranhamente tímido nos momentos decisivos, como foi possível confirmar no jogo de hoje, numa exibição sem chama, como se este fosse um jogo banal e nada importante para a questão do título. A mim ninguém me tira a ideia que a vergonhosa escassez de portugueses no onze benfiquista foi uma das principais razões para alguma descaracterização do clube e para a consequente ambição amansada. Um campeonato estranho, um campeão que não foi inequívoco, mas apenas relativamente justo. É o que temos, em tempos de crise.

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publicado por bolaseletras às 22:05





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