Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Still about Charlie
Dou comigo a prestar cada vez mais atenção a representações visuais em detrimento das palavras. Além do já conhecido efeito meteorológico que o vento sobre estas exerce (nota: figura de estilo só ao alcance mentes superiores) esses hieróglifos dos tempos modernos tendem a criar dentro de si um espaço oco que provoca um interminável e irritante eco. Tanto se escreve e debate sobre os valores e os propósitos salvíficos de crenças e religiões e basta surgir este cartaz mordaz e certeiro para, num só flash, nos pormos a pensar na utilidade de tanta tinta e saliva gasta a pregar as velhas e as boas novas. Não fora o meu jeito para a ilustração ser mais rupestre que os rabiscos de Foz Coa e este blog assistiria ao assassinato lento, planeado e definitivo das palavras. Têm sorte, as sacaninhas.
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O passado foi lá atrás
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Pawel Kuczynski, artista satírico
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Ao cuidado de uma data de gente
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Vladimir...
…Pára, escuta e absorve esta pérola de sabedoria, antes que te e nos desgraces. Nunca a merda da guerra fez a luz brilhar no fundo do túnel da desesperança e das ingénuas esperanças, nunca o sangue jorrado nos páteos dos palácios dos czares ajudou a parir uma criança, não há memória de que as foices bolcheviques tenham feito germinar louras espigas de trigo. Desde os sonhos colectivistas de Estaline, das suas purgas assassinas, do degredo dos gulags e das grandes fomes provocadas pela alucinada ambição de Josef Vissarionovitch Stalin até aos dias de hoje, sentimos que a loucura grassa e prolifera nos líderes daquele desgraçado povo que habita as geladas terras soviéticas. Vê lá isso, Vladimir, a história há-de servir para alguma coisa.
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Sobre o príncípio da igualdade de tratamento
Há dias encontrei por terras facebookianas este interessante cartoon, postado e assim comentado pela competentíssima e giríssima pivot/jornalista Cristina Esteves:
“O outro lado da moeda das condições impostas às Grécia são 'grotescas' na severidade das medidas de austeridade exigidas e na 'decapitação' da pouca autonomia financeira que lhes restava... Chegará invocarmos o princípio da igualdade de tratamento?”.
A este assomo de controlada indignação respondeu um amigo da Cristina Esteves com o seguinte comentário:
“Cara Cristina, antiga colega, acho que o único princípio que podemos invocar é o da igualdade de sofrimento…”.
A minha reflexão final sobre tudo isto é também isenta de esperança. Pior do que cair no buraco é entrar numa espiral de descrença sobre a existência de soluções para de lá sairmos. E neste momento é nesse buraco sem fundo que nos encontramos.
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Uma singela explicação para a crise mundial
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Vida moderna
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Curiosity killed Teixeira, the cat.
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Generation gap e esta depressão que me anima
As férias a acabar, a suave depressão que se instala. A silly season ameaça abandonar-nos os dias, o peso, o terrível peso de nos fazermos úteis é o fantasma que espreita de esguelha pela inevitável janela de Domingo. Não há forças para escrever muito mais, até os cadernos do Sudoeste estão de molho. Fica um cartoon, com mediana piada. Um sinal de que os dias menos luminosos se aproximam. Que os raios de sol vão perdendo a força. Que o mar já não sabe ao mesmo.