Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Bente Wesselink e a beleza única que reside nas mulheres (#perolasdoinstagram)
Perguntaram-me há uns dias porque seguia tantas mulheres no instagram, se isso não podia soar mal. Respondi, sem vontade de dar grandes explicações, que gosto de beleza, que dificilmente encontro algo mais belo neste mundo cada vez mais feio do que a beleza das mulheres. Atualmente, esta descuidada postura sujeita-me às garras das políticas de cancelamento, do politicamente correto destes tempos em que tudo o que cheira a político é cada vezes menos aconselhável, facilmente me cravam na pele a etiqueta de machista, misógino, o diabo a 7. Está bem, levem lá a taça, mas deixem-me em paz com a beleza única de uma mulher bela. Ah, e não precisa de ser magra, há muita beleza nas mulheres com curvas anormalmente perigosas. Disfrutai e não chateai. Agradecido.
Autoria e outros dados (tags, etc)
We love to eat them, por Harvey Weir (#perolasdoinstagram)
“*no men were harmed in this photoshoot. We love men and we love to eat them.”
É tão isto. Estamos tão nas vossas mãos. Mesmo que pensemos que estamos assim, entregues e submissos apenas porque o queremos e permitimos, não é essa a realidade. Estamos neste estado de vegetais incapazes de quebrar o feitiço porque o verdadeiro poder está em vós. Na vossa superior racionalidade, no incomparável poder de sedução, na ponta da vossa língua, na volúpia de algodão doce desses lábios de salgado veneno, na fornalha que passeiam negligentemente entre as coxas. Estamos tão fodidos.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Amar mulheres, por Helena Coelho (#perolasdoInstagram)
“Amo corpos femininos. De todos os tipos e feitios. Amo as mulheres em todos os seus arquétipos e sinto-me feliz por ser uma mulher, uma mulher livre. Mesmo que, por vezes, nos seja dificil sê-lo com as vozes da critica a dilacerarem-nos as asas e a jogarem-nos como trapo de nojo de volta para o interior de uma jaula de portão aberto. UMA MULHER LIVRE. Esta frase soa-me sempre a um titulo de uma canção de intervenção que ainda ecoa na minha geração. Penso isto com mais vergonha e revolta do que vos mostrar a natureza do sitio onde estou e o meu corpo honesto nele.”
Autoria e outros dados (tags, etc)
Make love, not war - day 1
When the power of love overcomes the love of power the world will know peace.
Jimi Hendrix
Autoria e outros dados (tags, etc)
Da série "Amor em tempos de pandemia" - Zoom
Dificilmente conseguiria voltar a olhá-lo nos olhos. Semanas de trocas de mensagens, piadas inicialmente leves, trocadilhos que foram ganhando peso e temperatura. Foi resistindo ao habitual pedido de dar o passo seguinte dos tempos modernos, o salto quântico para a videochamada. Afinal, ele era apenas um amigo de um amigo, um like numa foto do Instagram, a curiosidade aguçada por um comentário disfarçadamente picante. Confinada há mais de 6 meses acedeu. Sem namorado, sem paciência para os seus eficazes mas gélidos brinquedos e para a melancólica e automática auto-satisfação que lhe concediam, decidiu experimentar caminhos nunca antes desbravados.
Agendou a videochamada para a hora do jantar, prevendo a necessária antecedência para os preparativos. Farta de meias tintas, decidiu arriscar tudo. No seu íntimo, não teve dúvidas que do outro lado ele procurava o mesmo, sexo virtual, sem pudores nem hesitações, algo novo, excitante, garantido. Botas de salto alto, top sexy, o assassino fio dental. Foda-se, até ela se sentia excitada em imaginar que do outro lado poderia encontrar uma mulher com esta poderosa iniciativa. Bebeu um copo de vinho, um trago de whisky e, com 10 minutos de atraso, clicou no link do Zoom. Ele estava sentado no sofá, calções de pano barato e amarfanhado, t-shirt cinzenta encardida, mini Sagres e pacote de batatas fritas entre as pernas. O cabrão estava pronto para assistir a mais um qualquer jogo de futebol, só podia. Silêncio. Mais silêncio. Riso nervoso dele, “desculpa, não estava à espera…”, interrompido por um colérico, mas frio “Vai-te foder, idiota de merda”. Desligou, deitou-se no chão frio e chorou. Chorou por ela e pela falta de tesão no mundo.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Nada de nada
Por aqui o silêncio acompanha os tempos estranhos que vivemos. Não sabemos muito bem o que dizer, o futuro é incerto, todas as palavras parecem petulantes ou desnecessárias. A vida encarrega-se de desmentir essa ideia idiota de que somos os donos de uma qualquer razão. Tenho por exemplo o hábito de escrever sobre mulheres, relações, seduções, e o que sei eu da vida ou do fruto proibido, do amor ou da falta dele? Quem sou eu para me armar em sabedor de coisa alguma?
“- Porque escreves dessa maneira sobre mulheres?
- De que maneira?
- Tu sabes.
- Não, não sei.
- Pois bem, eu acho que é uma pena dos diabos que um homem que escreve tão bem como tu não saiba nada de nada sobre mulheres”
In “Mulheres”, de Charles Bukowski
Autoria e outros dados (tags, etc)
Jones, Grace Jones
Grace Jones, no Estúdio 54, fotografada por Adrian Boot (1981)
“I was born into a very religious family where everything was about setting the right example for the community and having to obey orders blindly. I felt that everyone was growing up in the world, except me. This is probably one of the reasons why I had such a rebellious attitude towards any form of authority.”
“Women and men grow up with both sexes. Our mothers and fathers mean a lot to us, so it's just a question of finding a balance between their influences. I've found mine. And it tends to be more on the male side. I mean male side the way we understand it in the West.”
“Hiding, secrets, and not being able to be yourself is one of the worst things ever for a person. It gives you low self-esteem. You never get to reach that peak in your life. You should always be able to be yourself and be proud of yourself.”
Autoria e outros dados (tags, etc)
A beleza oculta - Los Cabos, Mexico
Autoria e outros dados (tags, etc)
A beleza oculta - Positano
Autoria e outros dados (tags, etc)
A beleza oculta - Brooklyn, Nova Iorque
"I'm from Brooklyn. In Brooklyn, if you say, “I'm dangerous”, you'd better be dangerous."
Larry King