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Do mal

Terça-feira, 15.03.22

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As imagens deviam surgir despidas de palavras. Estrangulados pelo incessante ribombar dos mísseis, despojados de nós pelo vazio da destruição devíamos fixar o olhar no horror da guerra. O ódio sem sentido devia calar-nos até ao âmago da dor. Não a nossa dor, a dos que assistem incrédulos e revoltados, por entre séries da Netflix e o bulício do quotidiano, ao terrífico espectáculo da crueldade humana. Falo da dor dos mortos, dos órfãos, dos que ficaram sem passado e sem futuro. Crianças e bebés mortos. Crianças e bebés mortos. Crianças e bebés que sobrevivem e não sabem bem para quê. Quando a fúria do ódio se sobrepõe à força do amor, é o sinal para olharmos fixamente para o fruto do que pode ser a maldade humana. É altura de abdicarmos do conforto e de tomar atitudes. De cessar o mal, de combater a dor. É o momento de não ter medo da mudança, pois ficar onde estamos é aceitar que o mal pode vencer.

 

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publicado por bolaseletras às 09:32

Devolvam-lhes os joelhos esfolados

Quarta-feira, 03.03.21

   

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Hoje a escola do mais novo promoveu uma visita virtual, em direto, ao jardim zoológico. Não foi fácil esconder a emoção pela alegria do rapaz, como se estivesse a viver a experiência ao vivo. Também não foi fácil conter no peito a raiva por esta puta desta pandemia lhe ter tirado as sensações reais, o cheiro dos animais, a proximidade, os gritinhos de excitação em pleno jardim zoológico. Somos dos países que mais fechou as crianças em casa, na prisão das aulas virtuais, para proteger a sociedade (???), como se os decisores tivessem esquecido as conhecidas e vincadas fragilidades do nosso sistema educativo. Salvámos o Natal e tramámos o futuro próximo dos nossos filhos, esperemos que não irremediavelmente. Os senhores da razão e das leis defendem-se com o factor imprevisibilidade, esquecendo por completo tudo o que podia ter sido previsto e antecipadamente combatido com planeamento. Gere-se ao dia e em cima do joelho, porque, alegadamente, o vírus é imprevisível. As filas de dezenas de ambulâncias à porta dos hospitais desapareceram uns dias depois, quando alguma alma iluminada se lembrou de fazer a triagem dos doentes que vinham nas ambulâncias dentro das próprias ambulâncias, evitando as filas de luzes e sirenes de espera para se entrar na triagem do hospital. É tudo tão poucochinho, meu Portugal, as nossas crianças mereciam tão mais dos senhores que os seus paiszinhos sentaram nos vetustos cadeirões das decisões.

Quando isto acabar lembrem-se de devolver aos vossos filhos tudo o que lhes foi tirado. Correrem na rua, caírem na calçada e na relva, pegarem em tudo o que são paus e pedras, esfolarem os joelhos sem dó nem piedade, chutarem a bola sem parar, rirem que nem loucos alucinados na sua inexplicável felicidade. Quando isto acabar amem os vossos filhos e dêem-lhes não menos do que eles merecem, devolvam-lhes esta parcela de infância que lhes foi roubada. Vejam lá isso.

 

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publicado por bolaseletras às 17:43

Senhoras e senhores eleitores, uma atençãozinha...

Quinta-feira, 24.09.20

 

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Ontem foi um dia bem demonstrativo dos tempos estranhos que vivemos. Ontem, ao fim de 75 anos de existência, pela primeira vez os membros da ONU reuniram-se virtualmente, gentileza dessa nova sala de estar universal que é o Zoom, disseminada por obra e graça dos medos e efeitos da pandemia Covidiana. O que em tempos foi a mais relevante organização internacional, criada para colocar os países a falar uns com os outros e os afastar do mal, das guerras, do diabo a sete, é hoje uma organização minada por dentro, carcomida pelos egoísmos nacionalistas dos seus membros. Se tudo isto já não fazia antever a tomada de decisões corajosas e declarações inspiradoras saídas deste fórum global, o que por lá se ouviu foi um alarme divino, um concerto de trompas de anjos desesperados. Trump e Bolsonaro resolveram bradar aos céus a gestão exemplar que fizeram da pandemia, Putin choramingou pela falta de bondade e humanidade neste mundo cruel em que vivemos, o iraniano Rouhani criticou as maldades que grassam no mundo (colocando para trás das costas as atrocidades do regime que chefia), Macron disparou qual caçador possuído por litros de medronho, atacando tudo e todos.

O mundo está perigoso e líderes mundiais teimam em lançar achas para a fogueira, guiados por uma perigosa mistura de incompetência, ignorância e excesso de focagem nos seus nacionais umbigos. A democracia, a pior forma de governo, com exceção das demais (ah, Winston, tu é que a sabias toda) parece tornar-se efetivamente ainda pior na sua versão de democracia representativa, abrindo brechas para que outras formas de governo possam ganhar força. Minhas amigas, meus amigos, o Trump se fosse nosso colega de escola seria justamente vítima de bullying ou pior, o xor Jair chumbaria com mérito na primeira classe. Somos democraticamente representados por estas anémonas, o que significa que votámos neles. VEJAM LÁ ESSA MERDA, DASSSSSSSS!!!

 

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publicado por bolaseletras às 12:10

A fábula moderna da formiga e do elefante

Sábado, 04.04.20

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O que mais faltava à humanidade, o que todos ansiamos escutar, ler, aprender um pouco mais, polemizar, atafulhar os nossos cérebros com mais um punhado de acendalhas para a fogueira do pânico colectivo, é, indubitavelmente, mais uma ladainha sobre a pandemia, o horror, o fim dos tempos ou o começo de um novo tempo. Mas não, recuso-me a enveredar por esse sentido sem retorno, a entrar nesse círculo vicioso habitado pelos coléricos donos da razão. Vou antes discorrer um pouco sobre a fábula da formiga e do elefante. A formiga somos nós, patéticos grãos de areia neste deserto de incertezas. Os elefantes, os pesos pesados que hipotecam os velhos tempos e nos conduzem, cegos e dilacerados pelo medo, a caminho de um novo futuro, o futuro perfeito, pois desconhecido e opaco. Se há arte em que os nossos líderes se tornaram peritos nesta modernidade sensaborona e desajeitada foi o de nos fazerem ignorar o elefante no meio da sala, da aldeiazinha, da vila, da cidade, da pátria, do mundo inteiro. Biliões de letras depois, milhões de palavras gastas, milhares de artigos científicos discorridos, opiniões sem fim à vista passadas e os elefantes crescem e esmagam-nos, cheios de si, alimentados pela nossa permissiva passividade.

De que elefantes falo? Meus amigos, a título de exemplo, permitam-me soletrar três nomes próprios, três elefantes gordurosos que as patéticas formigas colocaram no leme de três das maiores nações mundiais: Trump, Bolsonaro, Boris Johnson. Trump, Bolsonaro, Boris Johnson. Trampa, bosta, burrice pura. Como enfrentaram estes “líderes” a pandemia? Desvalorizando, ridicularizando, sublinhando a primazia dos cifrões sobre o valor central da humanidade, esse mesmo, a vida humana. Hoje, claro, recuam, mesmo que timidamente, perante a alarvidade inicial das suas convicções bárbaras e ignorantes, para nos cantarem canções de embalar sobre a inevitabilidade das mortes, o horror do vírus, como se não fossem os responsáveis por futuras e evitáveis centenas de milhar de mortes que patrocinaram e que não se dignaram a proteger.

Mas há mais elefantes. As causas das coisas. Tudo tem uma origem e teimamos em olhar para outro lado. Os artigos científicos sobre a perturbação de ecossistemas, sobre a exploração, o tráfico ilegal e o comércio legal de animais selvagens, esses parecem esquecidos e pouco relevantes. As provas inequívocas de que este e os anteriores Coronavírus têm origem nesses animais, no desequilíbrio e na promiscuidade com que o homem trata a natureza, trazendo para a cadeia humana vírus inconsequentes para animais selvagens, mas mortíferos para o homem, nada disso é colocado no topo das discussões, das prioridades preventivas para travar estas pandemias que assolam o mundo e ameaçam a vida humana. A origem do mal é um elefante gigante, invisível aos olhos de quem tem que nos defender e decidir.

Temos também o elefante da receita que pode ser a nossa morte. Começamos todos a perceber, formigas e elefantes, que fecharmo-nos nos casulos para que o vírus não entre em nós é abrir as portas a que a pobreza e a miséria possam entrar no futuro próximo dos anos que se seguem. Como vamos equilibrar, rapidamente, antes que o futuro se desmorone, a necessidade de nos protegermos com a urgência em continuarmos a viver e a produzir? O elefante da falta de respostas, da ausência de coragem/imaginação para questionar as receitas atuais, esmaga-nos lentamente.

Cá pelo burgo os elefantes são mais pequenos mas igualmente ignorados. A falta de meios, o desinvestimento no serviço nacional de saúde, são ocultados por detrás de elefantes habilmente alimentados. A falta de testes passou a ser apresentada como a necessidade de apenas testar aqueles que têm sintomas, isto apesar de a OMS bradar aos sete ventos que a prioridade é testar, testar, testar. Os casos de sucesso em que a pandemia foi travada ou retardada com mais sucesso, suportados pelo uso generalizado de máscaras pela população, não valem de nada quando o elefante da falta de meios/máscaras cá pelo nosso cantinho verdejante e solarengo são transformados em alegorias elefantinas de “a máscara até pode ser contraproducente se mal usada” (como se fôssemos crianças idiotas) ou “a máscara só serve para quem tem o vírus não o passar para os outros”.

Os elefantes caminham vagarosa e pesadamente sobre o trilho das formigas. Aqueles são poucos mas poderosos, diz-se, estas são imensas mas impotentes, será? Ou apenas cobardes? Ou ignorantes? Ou confortável e cegamente confiantes naqueles perigosos paquidermes? Porque não tentamos mudar o rumo do nosso futuro, é a questão que realmente me atormenta. Ontem de noite sublinhei este trecho de “Os cus de Judas”, de Lobo Antunes. Se calhar é isto, tristemente é isto:

O que os outros exigem de nós, entende, é que os não ponhamos em causa, não sacudamos as suas vidas miniaturais calafetadas contra o desespero e a esperança, não quebremos os seus aquários de peixes surdos a flutuarem na água limosa do dia a dia, aclarada de viés pela lâmpada sonolenta do que chamamos virtude e que consiste apenas, se observada de perto, na ausência morna de ambições”.

 

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publicado por bolaseletras às 19:39

Vê lá isso, João

Terça-feira, 11.06.19

 

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“Deem-nos alguma coisa em que acreditar”, clamou o jornalista, comentador, cidadão João Miguel Tavares num debatido discurso de mais um esperançoso feriado do 10 de Junho. Para além desse pedido lancinante de quem sente a sua pátria desesperançada, o João falou ainda da necessidade dos políticos nos verem para além da fonte de receitas que somos, nós, meros porquinhos mealheiros processadores de IRS´s, IVA´s, taxas e taxinhas. Aprecio e subscrevo as palavras do João, mas como outros comentadores já enfatizaram estas são palavras, leves como as folhas que o vento leva, nada mais que palavras, apesar de genericamente bondosas e politicamente necessárias.

 

Todos - tirando casos patológicos – desejamos a paz no mundo e o fim da fome em África. Todos ansiamos por um país sem corrupção, em que o leque de oportunidades se abra de igual modo independentemente da proveniência social das pessoas Todos podemos escrever belas e inspiradoras palavras sobre esses nossos lacrimosos anseios, quiçá sem a arte e a verve do João, mas ainda assim podemos escrever, escrever e escrever. Fica por fazer o que interessa, lá está, fazer, agir, dar sugestões concretas de soluções exequíveis, originais, que nos desafiem a nós e ao marasmo da nossa política e dos nossos pensadores/comentadeiros políticos. Não quero que o João diga à Justiça como acabar com a corrupção – creio que não terá o know how para tal -, bastar-me-á que o nobre escriba, na sua área de especialidade, nos diga como pode o quarto poder ser mais incisivo na avaliação de políticas que em nada contribuem para esses altos desígnios, que nos ajude a perceber como pode a investigação jornalística dar-nos a conhecer o que é feito nas mais diversas áreas, nos mais diversos países para que essas áreas e esses países façam de quem delas beneficia, dos seus cidadãos, gente orgulhosa de o ser e de aí viver. Já agora, o João e os seus patriotas colegas e comentadeiros, que tanto gostam de bater no peito e de fazer ribombar a força das palavras nos nossos já tão massacrados ouvidos, que nos digam, melhor, que façam com que o jornalismo cumpra o seu papel e ajude a fazer deste cantinho à beira mar plantado um país do qual nos possamos orgulhar. Para floreados e grinaldas de palavras e boas intenções já demos o que tínhamos a dar, obrigadinho.

 

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publicado por bolaseletras às 14:26

Juizinho é o que nos falta

Sexta-feira, 31.08.18

 

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Um dos maiores dramas da vida moderna é passar pelo tormento de uma máquina de lavar roupa avariada. É a roupa que se acumula, é a garantia que não resolve o problema no imediato, é o canalizador que nunca tem tempo para aparecer, é a roupa a acumular no cesto e a desaparecer das gavetas. Como qualquer tarefa pendente que se eterniza, percebemos que no futuro a coisa só vai piorar, pois a pilha de roupa que cresceu nos dias anteriores irá inapelavelmente distribuir-se pelos cinzentos dias que se avizinham. Sim, há a fome em África e o drama da Venezuela, mas teimamos em ser umas bestas que não sabemos relativizar os nossos dramaszinhos mundanos. Tenhamos juízo.

 

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publicado por bolaseletras às 16:41

A rede, a sua omnipresença e a sua ausência

Segunda-feira, 11.06.18

 

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Se há prova cabal de que as redes sociais podem, se mal e desmedidamente utilizadas, constituir um perigo efetivo para a civilização, Bruno de Carvalho e Donald Trump são o espelho dessa indesmentível e lamentável asserção. Entre o imediatismo da raiva e a imparável pulsão dos impulsos poluentes que em segundos lhes passa dos fracos cérebros para os ágeis dedos e daí para o mundo através das redes que nos asfixiam e subjugam, medeiam escassos e macabros segundos. Não há conselheiros e assessores de imprensa que consigam domar a volúpia do exercício desbragado e sem rédeas do poder. A rede que nos une é aquela que não nos protegerá quando cairmos do sétimo andar do poder e nos estatelarmos, sós e desprotegidos, na calçada fria e inclemente de um mundo sem tempo para pensar, respirar e domar a voracidade infalível do ódio. Vejam lá isso.

 

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publicado por bolaseletras às 12:40

Sentemo-nos e falemos de nós

Sexta-feira, 11.05.18

 

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Creio que olhares e mentes mais atentas já terão reparado que este blog tem-se afastado, cada vez mais, dos assuntos do dia a dia da nação, das alegrias e euforias (ah, o turismo, ah a Eurovisão, que excitação, que orgulho) e das misérias profundas de um país que tarda em sentar-se numa qualquer cadeira que o obrigue a parar, a olhar para si mesmo, com vontade real de se conhecer, de colocar o dedo bem fundo na podridão das suas feridas tumorosas e, quem sabe, talvez um dia, começar esse longo e doloroso processo de quimioterapia grupal que, como em tudo, começa em cada um de nós para podermos aspirar a um tratamento da sociedade em si mesma. São muitos os nossos males? Minhas queridas amigas, meus caros amigos, falamos de um país onde cada vez que levantamos uma pedra descobrimos um bastião do nosso tecido económico ou empresarial corruptor, um representante da nação corrompido (isto, mesmo com uma comunicação social grandemente controlada ou amordaçada pelos poderes fácticos), um país que revela, ano após ano, uma incapacidade revoltante de proteger a sua alma, a matéria de que é feito, a sua terra, as suas árvores, as suas florestas e aqueles que habitam no seu interior. Um país que ama o futebol e que o entregou a salafrários, a medíocres que apenas buscam promoção ou protecção sob a enorme cúpula branqueadora dessa paixão. Falamos de um país que empurra para fora os seus melhores, para países que não amam como o seu, o nosso, por falta de organização, de visão, de vontade de fazer melhor e propiciar o melhor aos melhores para assim chegar mais longe. Falamos de um país à espera do verdadeiro 25 de abril, aquele que lhe trará a verdadeira liberdade: a liberdade de criar e crescer sem grilhetas, sem barreiras burocráticas, sem o peso asfixiante de impostos que alimentam um monstro que já só come porque nada mais sabe fazer. Falamos de um país maravilhoso – porque raio não conseguimos estar à altura dele? Vejam lá isso, minha gente.

 

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publicado por bolaseletras às 10:36

Irmão, para onde vais tu?

Sexta-feira, 26.01.18

 

Carnaval de Salvador, Bahia by Pierre Verger, Bras

 

A família não se escolhe, clama o povo na sua infinita e inabalável sabedoria. Terá sido o acaso, o destino, a maldita ou bendita providência, dependendo das épocas e da ponta do Atlântico de onde se olhe, que fizeram de Portugal e Brasil países irmãos. Olhando para os últimos anos de voltas e reviravoltas da democracia e politiquices por terras de Vera Cruz, creio que pouco mais se poderá esperar do que o crescimento das desigualdades sociais, do crime, da corrupção endémica e, muito provavelmente, de um banho de sangue pelos ódios e guerrilhas de baixa política a que temos vindo a assistir. A preocupação dos políticos brasileiros tem incidido em tudo menos no que deveria exactamente ser feito para combater as chagas culturais e civilizacionais entranhadas no tecido social e político desse país tão maltratado pelos seus.

Podendo parecer piadinha de mau gosto, defendo que um dos maiores problemas do Brasil é o excesso de sol, de boa vida, de sorrisos empanturrados em “geladinhas” e águas de coco, tão bem condensados nessas semanas de dolce fare niente e muito samba que o Carnaval oferece ao seu povo folião. Quando em 1950 Pierre Verger, por terras de Salvador da Bahia, fotografou a cena que ilustra este post, descerrou a placa que resumiu o Brasil em poucas palavras: o pecado escondido por trás da máscara, a inocência malandra e pronta para passar para lá da fronteira que a separa dessa tentadora linha que conduz ao outro lado da máscara.

 

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publicado por bolaseletras às 14:55

O pesadelo americano

Sexta-feira, 05.01.18

 

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Para lá de todos os sonhos, projetos, projeções e promessas para 2018, creio que o que realmente poderia contribuir para um mundo melhor seria o desaparecimento da face da terra de Donald Trump. Esse sumiço deveria ter ainda a capacidade de apagar da memória de todos nós as ideias retrógadas, fascistas, racistas e lesa humanidade que ele propagou e com que contaminou tantas mentes. Trump não é mau só para o mundo outside America, Trump é um quisto no coração da velha América que, no meio de tantos defeitos, tinha também muitas qualidades. O trabalho parta correr com Trump deveria por isso começar no seio daqueles que o elegeram, acreditando eu que a grande maioria dessa populaça cega tenha já aberto os olhos. Vejam lá isso, guys!

 

“El sueño americano se está convirtiendo rápidamente en el espejismo americano”

Estados Unidos, uno de los países más ricos del mundo y la “tierra de la oportunidad”, se está convirtiendo en el campeón de la desigualdad. Esta es la frase con la que comienza el comunicado del pasado 15 de diciembre de Phillip Alston, el relator especial de Naciones Unidas para la extrema pobreza. Alston acabó en Skid Row, Los Ángeles, un viaje de dos semanas por California, Alabama, Georgia, West Virginia, Washington DC y Puerto Rico para observar el estado de la pobreza en el país más rico del mundo. Su conclusión es que “el sueño americano se está convirtiendo rápidamente en el espejismo americano”.

El relator cita las cifras del censo, según las cuales 40 millones de estadounidenses viven en la pobreza y de ellos 18,5 millones en extrema pobreza. Alston se mete en política y pasa a continuación a criticar los posibles efectos de la reforma fiscal de Donald Trump sobre los más pobres. Dice que el plan “va a desgarrar partes cruciales de una red de seguridad que ya estaba llena de agujeros”.

En el problema de los sin techo, en concreto, Alston considera que las cifras oficiales son inferiores a las reales. El relator critica la “criminalización” de la pobreza por los arrestos por delitos menores de personas que viven en la calle. Alston publicó una versión preliminar de su informe hace una semana. La versión definitiva se publicará en abril.

 

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publicado por bolaseletras às 17:23





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