Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
O pesadelo americano
Para lá de todos os sonhos, projetos, projeções e promessas para 2018, creio que o que realmente poderia contribuir para um mundo melhor seria o desaparecimento da face da terra de Donald Trump. Esse sumiço deveria ter ainda a capacidade de apagar da memória de todos nós as ideias retrógadas, fascistas, racistas e lesa humanidade que ele propagou e com que contaminou tantas mentes. Trump não é mau só para o mundo outside America, Trump é um quisto no coração da velha América que, no meio de tantos defeitos, tinha também muitas qualidades. O trabalho parta correr com Trump deveria por isso começar no seio daqueles que o elegeram, acreditando eu que a grande maioria dessa populaça cega tenha já aberto os olhos. Vejam lá isso, guys!
“El sueño americano se está convirtiendo rápidamente en el espejismo americano”
Estados Unidos, uno de los países más ricos del mundo y la “tierra de la oportunidad”, se está convirtiendo en el campeón de la desigualdad. Esta es la frase con la que comienza el comunicado del pasado 15 de diciembre de Phillip Alston, el relator especial de Naciones Unidas para la extrema pobreza. Alston acabó en Skid Row, Los Ángeles, un viaje de dos semanas por California, Alabama, Georgia, West Virginia, Washington DC y Puerto Rico para observar el estado de la pobreza en el país más rico del mundo. Su conclusión es que “el sueño americano se está convirtiendo rápidamente en el espejismo americano”.
El relator cita las cifras del censo, según las cuales 40 millones de estadounidenses viven en la pobreza y de ellos 18,5 millones en extrema pobreza. Alston se mete en política y pasa a continuación a criticar los posibles efectos de la reforma fiscal de Donald Trump sobre los más pobres. Dice que el plan “va a desgarrar partes cruciales de una red de seguridad que ya estaba llena de agujeros”.
En el problema de los sin techo, en concreto, Alston considera que las cifras oficiales son inferiores a las reales. El relator critica la “criminalización” de la pobreza por los arrestos por delitos menores de personas que viven en la calle. Alston publicó una versión preliminar de su informe hace una semana. La versión definitiva se publicará en abril.
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About Trump
Ainda agora estamos na ressaca da vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas e já vomito comentários, posts, artigos de comentadeiros encartados e publicações de tudo o que é anónimo ou conhecido enlouquecido nas redes sociais, vociferando contra os americanos, contra Trump, contra tudo e contra todos, que é como quem diz abominando (sem se aperceberem) a democracia que permite eleger uma aberração como Trump. Muito pouca gente parece preocupada em perceber o que se passou e porque se passou. Ah e tal os americanos estão quase em pleno emprego, não pode haver assim tanta gente descontente com o sistema e com os políticos que o sustentam e habitam há séculos. Será que alguém já se preocupou em saber que empregos são esses, que salários miseráveis são os auferidos, que vidas miseráveis vivem os milhões que votaram em Trump? Trump percebeu isso e, além de falar por um lado para uma minoria de empresários e gente rica que vai pagar menos impostos, falou também aos ouvidos dos desprezados da política e da sociedade, cantou-lhes a doce balada do bandido convencendo-os de que é contra o sistema que os levou até ali e, mesmo não lhes dizendo o que em concreto fará para lhes mudar a vida, encheu-os de chavões estudados ao milímetro pelos gurus da comunicação que lhes fizeram tilintar a última coisa que lhes resta: a esperança de que algo de diferente venha aí, porque o que sempre conheceram deixou-os no lodo de sempre. É tão simples que até dói. Deve ser por isso que tanta gente grita, de dor pela estupidez de não querer ver.