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Leitão à moda de xutariiiii!!!

Quarta-feira, 12.07.17

 

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No passado fim de semana teve lugar mais um encontro da Confraria Etnográfica dos Olivais (bonum vinum laetificat cor hominis), realizado na mui nobre aldeia bairradina de Samel. Os afazeres foram os costumeiros, marcados por bons vinhos, iguarias de comer e chorar por mais (o leitão, ai o leitão que se derretia na boca), suecadas, vólei ao pé, piscina, matraquilhos, conversas leves e debates acalorados sobre o estado da Nação. A certa altura o tema mudou para aquilo que realmente interessa: sim, as memórias da vitória lusitana no europeu do transacto ano, vídeos e mais vídeos sobre a repetição da patada do Éder, da festa, da reação de todas as televisões europeias no momento do golo (destaque para a Grécia com o já famoso “Éder xutariiiiiiiiiii!!!”), enfim, quase melhor que ser feliz é recordar com gosto, saudade e aquelas lagriminhas marotas no canto do olho esses momentos de felicidade. A grande pergunta fica: como conseguimos contornar tantas improbabilidades e ganhar? Muitas teses, mil hipóteses levantadas e eu cá continuo com a minha: o nosso Engenheiro foi iluminado por algo que nem ele sabe explicar, talvez só a sua inabalável fé em Deus e naqueles 23 homens explique. Colocar em campo, no momento certo, nos jogos certos, nos minutos certos, Renato Sanches, Quaresma, Adrien, José Fonte. Dizer as palavras certas que transformaram a cabeça e a crença dos rapazes e de toda uma nação que os apoiava. E bolas, Fernando, como guardaste todo o Europeu o Éder até àqueles minutinhos finais, sabias tão bem que ele ia explodir contra tudo e contra todos. Só isso explica que nos segundos antes do Éder entrar em campo, isto se tenha passado, como tão bem descreveste: “Estava a explicar-lhe o que ele tinha de fazer e ele não ouvia nada. Só dizia para eu ficar descansado que ia marcar”. Xutariiiiiii, gggoooooooolllooooooooooooo!!!

 

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publicado por bolaseletras às 11:33

Cabedal, cetim e taninos

Quarta-feira, 14.06.17

 

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Na esplanada sem graça e sem jeito dois amigos discutiam o porquê de se apaixonarem sempre pelas mulheres erradas, na sua muito particular visão do que era certo ou errado. Um alegava saber a razão de tais desgraças sentimentais, as mesmas se justificando porque sempre, mas sempre contra o bom senso que lhe falava mais baixo do que a luxúria, optar pela beleza exterior em detrimento das qualidade que fazem das mulheres as mais perfeitas mães e amigas. O outro amigo ria-se e abanava a cabeça como que aceitando que a desgraça revelada era afinal partilhada, pois afirmava convicto que a sua paixão existia por flashes. Isto é, quando o objecto da sua paixão reluzia a grande altura, concorrendo com o astro rei e não permitindo que aos seus olhos nenhuma outra mulher fosse tão sexy quanto ela, não conseguia resistir-lhe, mas quando se dava a descida à terra e ao reino dos mortais perdia-lhe o interesse, provocando nela um efeito reflexo até que a paixão esfriasse ao nível do abandono por comum acordo. O outro, percebendo a semelhança das cruzes que carregavam questionou-o, ainda assim, intrigado: “Mas olha lá, o que é para ti uma mulher sexy? Como é que vais fazer para que aos teus olhos ela seja eternamente sexy?” O parceiro na dor, parando 3 segundos para pensar, respondeu sem grandes cerimónias: “Epá, para mim basta-me que ela se vista sempre de blusão de cabedal negro e cuecas vermelhas de cetim e que, de preferência, tenha sempre à mão um copo de vinho, para apresentar sempre um sorriso nos lábios e esconder na mala as existenciais questões do eterno feminino!

 

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publicado por bolaseletras às 17:27

Pelas margens e encostas do Douro global

Sábado, 06.05.17

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Subir o Douro, visitar quintas, matar saudades da pureza e hospitalidade genuínas das gentes do norte, comer bem e beber melhor e, acima de tudo, celebrar a amizade e alargar os horizontes à filharada. O Douro está fabuloso, as gentes cada vez melhores, as quintas magníficas, e o prazer de comer e beber como se estivéssemos em casa atingiu o zénite no restaurante de um chef austríaco que assentou arraiais em Tabuaço. No restaurante Tábua d'aço o chef Thomas Egger inventa magnífica comida, brinda-nos com a sua história e as suas histórias e envolve-nos no abraço que o dono de um café lá perto tão bem define: "O Thomas tem tudo o que têm as boas pessoas". A globalização não é isto mas devia ser isto: ser bom e fazer o bem sem olhar a quem em qualquer ponto da terra.

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publicado por bolaseletras às 11:14

Blowing in the wind

Sexta-feira, 14.10.16

  

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How many roads must a man walk down

Before you can call him a man?

How many seas must a white dove sail

Before she sleeps in the sand?

Yes, and how many times must cannonballs fly

Before they're forever banned?

The answer, my friend, is blowin' in the wind

The answer is blowin' in the wind.

 

Yes, and how many years can a mountain exist

Before it's washed to the seas?

Yes, and how many years can some people exist

Before they're allowed to be free?

Yes, and how many times can a man turn his head

And pretend that he just doesn't see?

The answer, my friend, is blowin' in the wind

The answer is blowin' in the wind.

 

Yes, and how many times must a man look up

Before he can see the sky?

Yes, and how many ears must one man have

Before he can hear people cry?

Yes, and how many deaths will it take till he knows

That too many people have died?

The answer, my friend, is blowin' in the wind

The answer is blowin' in the wind.

  

Nunca liguei muito ao prémio Nobel da Literatura. Para mim um bom livro e um bom escritor são bons se seguem os mesmos critérios que me fazem eleger um vinho como bom: um bom vinho é aquele que eu gosto. A excitação por já ter bebido um livro de um nobelizado não me habita as meninges e não corro esbaforido à livraria mais perto após ouvir o anúncio do Nobel da literatura. Bom, neste caso teria de correr para um loja de CD´s, porque a academia sueca decidiu armar ao moderninha e surpreendente. Confesso que não embalo nas críticas primárias pelo Nobel dado ao Bob Dylan, mas também não tenho orgasmos prematuros como muitos dos que defendem a justiça do prémio a esse monstro do que chamam “o expoente máximo da tradição musical norte-americana” ou coisa que o valha. Não tendo portanto muito a dizer sobre o assunto tenho no entanto a dizer que as linhas acima, mesmo que não acompanhadas pela fantástica melodia Dyliana, são dignas de um qualquer prémio Nobel, que não sendo da paz, também não desmerece a literatura.

 

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publicado por bolaseletras às 10:15

Da amizade e do vinho

Quarta-feira, 20.07.16

  

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Ontem foi dia de rever amigos de sempre, de convívio, de orgia gastronómico-vínica com um dos maiores sabedores de vinho do país. A desconfiança que já tinha de que os vinhos portugueses estão hoje por hoje num patamar de qualidade fantástico foi mais do que confirmada por provas inesquecíveis de néctares lusitanos. Apesar da paixão pelo que é nosso, tão único e brilhante, houve ainda espaço para provar alguns néctares dos finalistas derrotados do Euro 2016 e até para beber uma bela pomada proveniente da China. Os pratos que acompanharam o repasto proporcionaram ligações harmoniosas e inesquecíveis, mas o fio condutor de toda esta experiência única, que dá sentido a tudo e que tornará este repasto eterno nas nossas memórias é a amizade sem limites, imune a distâncias longínquas e a tudo o mais. Obrigado amigo B., volta sempre que cá estaremos para te acompanhar nestes penosos trabalhos que carregas sobre os ombros!

 

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publicado por bolaseletras às 14:16

Guia para um fim de tarde naquele bar

Sábado, 05.09.15

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No conforto da penumbra. Primeiro um café. Quente, forte, um shot de energia que não deixe o corpo moldar-se preguiçosamente à madeira do assento. Depois, um whisky velho, sem gelo, quanto muito uma colher de café com água a pingar-lhe a cor de ouro velho, velhos truques para libertar aromas escondidos. Os lábios a beijarem a borda do copo, um beijo longo, um namoro sem regras mas sem precipitações. O calor do álcool a compor o cenário. O banco da ponta do bar, mais perto das mesas, da entrada. Vislumbrar despreocupadamente quem entra. Deixar as vozes dançarem na cabeça, dirigir o foco para uma ou outra conversa menos enfadonha. Trocar sorrisos serenos e despreocupados com a rapariga do bar, se o for, ou frases cúmplices e compinchas com o barman, se for esse o caso. Evitar conversas de bêbedos ou de solitários em busca de o ser. Aguardar. Não baixar a guarda. Ela acabará por entrar.

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publicado por bolaseletras às 18:36

Rescaldo do 19.º encontro da Confraria Etnográfica dos Olivais

Quarta-feira, 15.07.15

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Passou-se mais um encontro da confraria etnográfica dos Olivais onde se reencontraram onze amigos, alguns que há muito não se viam. Como dizia um confrade para outro ”até ao próximo encontro, se calhar para o ano”, ao que retorqui, “mais vale revermo-nos ano a ano na Confraria do que no funeral de um de nós”. Provavelmente, foi este o pensamento mais profundo do fim-de-semana. Poder-se-ia pensar que perante tantos e tão geniais homens juntos dificilmente não se delineariam projetos inovadores para a nação, a cura dos males da Grécia moderna, quiçá um esquema alternativo à euroburocracia. Não, nada disso. Baboseiras, muitas baboseiras, piadas sem nexo e trocadilhos inexpugnáveis para quem os ouve que não nós, bola, muita bola, mergulhos e barrigas ao sol, comer, beber, comer e beber até ao corpo dizer chega. Sentado na relva a beber um copo de vinho comentava com um amigo que se as nossas mulheres se juntassem ali, sem companheiros e sem filhos dois dias seguidos, ou se matavam ou nunca mais se falavam. O homem é o bicho mais simples do mundo: dêem-lhe amigos, uma bola, uma garrafa de vinho e um baralho de cartas e o universo estará então equilibrado e os dramas da condição humana nada mais serão do que uma brincadeira de crianças. Enquanto a moça da imagem acima enfrenta os problemas relaxando com um banho maravilhoso e um vinho anestesiante, os homens sabem que o vinho só cura os males da alma se partilhado com bicharada da sua igualha.

Esperem, lembrei-me! Afinal houve reflexões profundas e sabedoras dos ditames da condição humana, aqui as deixo para a posteridade:

- “Elas escolhem-nos porque somos rebeldes e depois passam a vida a tentar domesticar-nos”.

- “Os filhos são como os peidos, só toleramos os nossos”.

- “Agora vou beber um copo e a seguir para a piscina – se morrer, morro feliz”.

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publicado por bolaseletras às 09:57

19.º Encontro da Confraria Etnográfica dos Olivais - em Samel, em Samel!

Sexta-feira, 10.07.15

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É tempo dos adultos virarem crianças e resgatarem o oxigénio mais puro da existência. É tempo de bombas para a piscina, de remates em folha a seca a fazerem inveja ao maricas do Beckham, é tempo de duelos fratricidas de sueca, de derbies inigualáveis pela mesa de matrecos. É tempo de leitão e de muitas mais iguarias de fazer salivar top models anoréticas, é sobretudo tempo de louvar a pinga portuguesa e descobrir novos milagres produzidos pelo Deus Baco. Bora lá cambada, todos à molhada, que isto é futebol total!!

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publicado por bolaseletras às 10:21

O pós CEO e o Sporting a dizer presente (Gil Vicente 0 - Sporting 4)

Segunda-feira, 22.09.14

 

Dois dias de prazeres gastronómico-vinícolas excelentemente acompanhados por horas de rabia, mergulhos na piscina, suecadas, jogos de tabuleiro e afins, souberam magnificamente. Dois dias em que os homens voltam a ser crianças e em que as suas responsabilidades retrocedem aos tempos da irresponsável adolescência, dois dias em que arrotar à mesa, deixar a louça suja por algumas horas e adormecer na relva do jardim não é pecado capital. Depois, o regresso embalado pela arte de João Mário, pela certeza de que Nani não é desta liga mas que é um deleite ter um aninho inteiro para degustar os seus petiscos, tudo bem embalado na suspeita de que este Benfica tem ainda muito por onde desabar e de que no seio deste Porto anda ali bicho da madeira a querer roer os alicerces. Ainda falta muito caminho, a esperança mantém-se verde, rapazes, vamos a eles!

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publicado por bolaseletras às 10:37

18.º encontro da Confraria Etnográfica dos Olivais (CEO)!

Sexta-feira, 19.09.14

 

Inicia-se hoje, quando o sol estiver a baixar e a lua a espreitar, o 18.º encontro da Confraria Etnográfica dos Olivais, a já afamada CEO. Mais uma vez o encontro terá lugar no altaneiro lugar de Samel, terra bem escondida por entre os vinhedos da viçosa Bairrada (ah, o cheiro a Baga molhada pela manhã!!!). Fugindo ardilosamente aos deveres familiares e parentais, 12 garbosos e corajosos confrades tomarão as rédeas do seu destino nas mãos e assumirão não ter medo de enfrentar a inclemência da chuva, a gordura rejuvenescedora que escorre pela pele estaladiça de um imponente par de leitões e, claro, a força do vinho e os segredos que nele se escondem. Entrementes, jogar-se-ão inesquecíveis duelos de sueca, partidas de vida ou de morte sobre a mesa de matraquilhos, e inevitavelmente, esgrimir-se-ão argumentos fatais sobre a superioridade moral da nação leonina face aos infiéis vermelhuscos e a escassa mas aguerrida tripalhada mui bem representada por dois tresmalhados elementos da CEO. Falar-se-á também das mais recentes condenações de políticos da nossa praça e serão gizados planos megalómanos para ocupar as cadeiras do poder, expulsar à vergastada os vendilhões dos templos da adormecida democracia e, de uma vez por todas, clamaremos da necessidade de pegar nas rédeas da nação para a tirar do atoleiro em que tanta gente inábil a tem vindo a afundar. Tranquem as vossas filhas em casa, amordacem o bardo ao tronco mais grosso daquela oliveira e iniciem-se as hostilidades do 18.º encontro da CEO!

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publicado por bolaseletras às 09:24





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