Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Um calhau será sempre um calhau, em Londres ou na Amadora
“It’s difficult to be diplomatic when talking about Jorge Jesus as a man. ‘Prickly’ is probably the most suitable term we could use to describe the Portuguese. (...) Jesus should know better and, presuming his gesture was made in the heat of the moment, should have apologised to Sherwood instead of continuing with a verbal tirade. Indeed, Jesus’ own staff remonstrated with their boss after the incident, and he responded by shoving and bawling at them. Coming face-to-face with Sherwood though, he turned away. Wonder why that is?”
Extracto de texto publicado no Eurosport online
Como já alguém disse, repetindo uma verdade tantas vezes utilizada sobre outras personagens e outros bairros ou localidades do país que marcam a ferro em brasa a personalidade dos seus autóctones, é difícil não afirmar convictamente, após mais um rol de tropelias executadas por Jorge Jesus no mítico White Hart Lane que “podes tirar o Jesus da Amadora, mas não podes tirar a Amadora de dentro dele”. Mais difícil deve ser ainda para os benfiquistas viver com a terrível contradição que é vibrar com algum do futebol espectáculo que Jesus pôs a equipa a jogar nos últimos anos, sabendo que à frente dos destinos da equipa está um tipo arruaceiro, básico, mal educado, desonesto, mentiroso e, contra todos os ditames do que deveriam ser os valores desportivos, um tipo que despreza os adversários e que no momento da vitória só se lembra de que o adversário está ali para ser humilhado perante toda a sua suposta genialidade. Não deve ser fácil aos vermelhuscos explicar aos filhos que não se dão palmadas nas mãos de agentes da autoridade, que não se goza/humilha um colega de profissão quando se está por cima, que não se empurra colegas que tentam evitar que se faça mais uma vez figura de urso, que não se masca pastilha de boca aberta, que não se fala como um selvagem que toda a vida parece ter vivido debaixo de uma pedra. Ganhar não é tudo, não pode ser tudo. O Benfica não é isto, não pode ser isto.