Bolas e Letras
Era para ser sobre futebol e livros. Mas há tanto mundo mais, a mente humana dispersa-se perdidamente, o país tem tanto sobre que perorar, eu perco-me de amores bem para lá da bola e das letras: Evas, vinho, amor, amigos, cinema, viagens, eu sei lá!
Vê lá isso, João
“Deem-nos alguma coisa em que acreditar”, clamou o jornalista, comentador, cidadão João Miguel Tavares num debatido discurso de mais um esperançoso feriado do 10 de Junho. Para além desse pedido lancinante de quem sente a sua pátria desesperançada, o João falou ainda da necessidade dos políticos nos verem para além da fonte de receitas que somos, nós, meros porquinhos mealheiros processadores de IRS´s, IVA´s, taxas e taxinhas. Aprecio e subscrevo as palavras do João, mas como outros comentadores já enfatizaram estas são palavras, leves como as folhas que o vento leva, nada mais que palavras, apesar de genericamente bondosas e politicamente necessárias.
Todos - tirando casos patológicos – desejamos a paz no mundo e o fim da fome em África. Todos ansiamos por um país sem corrupção, em que o leque de oportunidades se abra de igual modo independentemente da proveniência social das pessoas Todos podemos escrever belas e inspiradoras palavras sobre esses nossos lacrimosos anseios, quiçá sem a arte e a verve do João, mas ainda assim podemos escrever, escrever e escrever. Fica por fazer o que interessa, lá está, fazer, agir, dar sugestões concretas de soluções exequíveis, originais, que nos desafiem a nós e ao marasmo da nossa política e dos nossos pensadores/comentadeiros políticos. Não quero que o João diga à Justiça como acabar com a corrupção – creio que não terá o know how para tal -, bastar-me-á que o nobre escriba, na sua área de especialidade, nos diga como pode o quarto poder ser mais incisivo na avaliação de políticas que em nada contribuem para esses altos desígnios, que nos ajude a perceber como pode a investigação jornalística dar-nos a conhecer o que é feito nas mais diversas áreas, nos mais diversos países para que essas áreas e esses países façam de quem delas beneficia, dos seus cidadãos, gente orgulhosa de o ser e de aí viver. Já agora, o João e os seus patriotas colegas e comentadeiros, que tanto gostam de bater no peito e de fazer ribombar a força das palavras nos nossos já tão massacrados ouvidos, que nos digam, melhor, que façam com que o jornalismo cumpra o seu papel e ajude a fazer deste cantinho à beira mar plantado um país do qual nos possamos orgulhar. Para floreados e grinaldas de palavras e boas intenções já demos o que tínhamos a dar, obrigadinho.
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6 comentários
De Pedro Nogueira a 11.06.2019 às 18:13
* já para não referir que se o petiz é contra as cunhas, como é que aparece a botar faladura num 10 de Junho, se até no minúsculo universo do Governo Sombra, dos três é o menos apto.
De bolaseletras a 12.06.2019 às 11:02
De pvnam a 14.06.2019 às 00:36
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Manifesto em divulgação, ajuda a divulgar:
1- Respeito pela Diversidade;
2- Respeito pela Justiça Social;
3- Respeito pelos Povos de Menor Pegada-Ecológica.
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--» O pessoal do sistema (tal como os construtores de caravelas esclavagistas) destilam ódio/intolerância para com os povos autóctones que procuram sobreviver pacatamente no planeta... porque... intenções Identitárias prejudicam investimentos:
- O pessoal do sistema (europeístas e afins) não respeita a existência de 'outros': não respeita NEM a diversidade, NEM a justiça social, NEM os povos de menor pegada ecológica.
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Economia neo-esclavagista: a ajuda aos pobres deve ser efectuada por meio da degradação das condições da mão-de-obra servil... e não por meio da introdução da Taxa-Tobin.
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Existe uma tripla de 'supporters' da economia neo-esclavagista:
1- a alta finança;
2- europeístas (e afins);
3- migrantes que se consideram seres superiores no caos.
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Mais:
- Os «grupos rebeldes» (daesh e outros), não possuem fábricas de armamento... no entanto, máfias do armamento fornecem-lhes armas... para depois terem acesso a recursos naturais (petróleo, etc) ao desbarato, e para depois deslocarem refugiados para locais aonde existem investimentos interessados em mão-de-obra servil de baixo custo.
Ora, em vez de chamar à responsabilidade aqueles países que estão a fornecer armas aos «grupos rebeldes», ou seja, os países aonde a máfia do armamento possui as suas fábricas... os europeístas fazem uma outra coisa: decretam sanções contra os países que não permitem a chegada de mão-de-obra servil ao desbarato (refugiados) aos investimentos interessados em tal.
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Mais:
- Em pleno século XXI tribos da Amazónia têm estado a ser massacradas por madeireiros, garimpeiros, fazendeiros com o intuito de lhes roubarem as terras... muitas das quais para serem vendidas posteriormente a multinacionais: os europeístas falam nestes holocaustos? Não!
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Urge dizer à elite deste sistema o mesmo que foi dito aos construtores de caravelas esclavagistas: a não existência de mão-de-obra servil ao desbarato não vai ser o fim da economia... vão continuar a existir muitas oportunidades de negócio (exemplo: introduzindo mais tecnologia!...).
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O MOVIMENTO-50-50:
1- defende um planeta aonde povos autóctones possam viver e prosperar ao seu ritmo;
2- defende uma sociedade que premeie quem se esforce mais (socialismo, não obrigado)... mas que, todavia, no entanto... seja uma sociedade que respeite os Direitos da mão-de-obra servil.
---» Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o seu espaço no planeta --»» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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Nota 1: Os 'globalization-lovers', UE-lovers. smartphone-lovers (i.e., os indiferentes para com as questões políticas), etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-»»» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/
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Nota 2: Os Separatistas-50-50 não são fundamentalistas: leia-se, para os separatistas-50-50 devem ser considerados nativos todas as pessoas que valorizam mais a sua condição 'nativo', do que a sua condição 'globalization-lover'.
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Nota 3: É preciso dizer NÃO à democracia-nazi! Isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles... que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros! [obs: não foi por acaso que a elite do sistema adulterou a lei das naturalizações]
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P.S
A elite financeira, e seus mercenários, são a NOVA PIDE.
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Os Partidos do Sistema (e os Media do Sistema) são financiados por pessoal que..... possui investimentos ávidos de mão-de-obra servil ao desbarato.
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Migrantes naturalizados são contra o separatismo-50-50... com efeito, o seu problema não é a integração... com a sua demografia imparável em relação aos nativos, o seu problema é serem Donos Disto Tudo.
De Teresa a 02.07.2019 às 11:34
E é exactamente este ponto que nos levou a essa "pátria desesperançada".
Que não creio que seja tão por falta de esperança - que, nisso e não só, somos tolos o suficiente para preserverar - mas porque deixámos de colocar a esperança NELES... quelquer d'eles.
E penso que é aí que reside a grande preocupação (pânico) de quem se habituou a essa "mama" de se achar o maior da (nossa) aldeia.
Sem obrigadinho pela minha parte. Acho que exageramos no uso dessa palavra abusamos dela, não parando para pensar, bem, no que estamos a dizer...
Quando com Brasileiros agradeço algo com "Obrigada" quase sempre oiço "não por isso". Somos (sejamos!) gratos. Ás vezes. Mas obrigados? Raramente.
Porque não há como retribuir obrigatoriamente o chorrilho de disparates que é a vida social/intelectual/cultural deste País.
Abraço,
Teresa